quarta-feira, novembro 30, 2005

Planificar a época desportiva

Mais um tema para reflexão:
Planeamento Anual da época desportiva
A planificação do treino desportivo representa, para López López et al. (2000), o plano o projecto de acção que se realiza no processo de treino de um desportista para obter um determinado objectivo.
Planificar é então prever com suficiente antecipação as acções de modo a que se efectue de forma sistemática e racional, de acordo com as necessidades reais, com aproveitamento pleno dos recursos disponíveis no momento e previsíveis no futuro (Mestre, 1995, citado por López López et al., 2000).
Quando os técnicos desportivos planificam uma temporada, devem decidir antecipadamente (López López et al., 2000):
O que vai realizar no futuro;
Como vai realizar;
Quando se vai realizar;
Quem o vai realizar.

Quanto treinadores em Portugal fazem isto?
É tempo de mudar de métodos

segunda-feira, novembro 28, 2005

Recorte de Notícias: Mundial de Roma- Curtos Masculinos

Os Campeonatos do Mundo são momentos fantásticos para quem tem o privilégio de assistir. Roma 2005, foi sem dúvida um desses momentos. Infelizmente não tive o privilégio de lá estar. Por isso sinto-me triste. São momentos inesqueciveis....
Depressões à parte, digo-vos que considero muito importante para os aficionados da patinagem artistica, ouvir e ler sobre patinagem.
Por isso, deliciei-me ao ler o fantástico comentário do site espanhol relativamente à prova masculina e sobre o duelo entre Roberto Riva e Luca D’Alisera (às vezes fico com raiva do Afonso Henriques). Tentei traduzir, de uma forma livre, o referido comentário. Dedico-o a todos os fanáticos da modalidade.
P.S. Gostava que o Manuel Magalhães nos dissesse (na primeira pessoa) o que sentiu durante a semana de treino e depois durante o seus programas curto e longo. Em Portugal não se fala de patinagem, não há esse salutar costume. Por exemplo, após o europeu de Séniores, num post, pedi comentários dos intervenientes e o silêncio foi a resposta.
Por isso, sonho e tenho lutado por uma mudança de atitude. Penso eu: talvez essa mudança pudesse começar pelos atletas. Será que têm capacidade para assumir essa responsabilidade desportiva? Acredito que sim!
Eles serão os precursores desta mudança - leiam, o post abaixo do público, assinado por Prado Coelho).
Agora cá vai a minha tradução, divirtam-se, como eu me diverti:
A RAZÃO CONTRA O SENTIMENTO
[26/11/2005]
Grande duelo Riva D’Alisera.
Roma, 26 de Novembro de 2005
Razão. Precisão. Correcção. Roberto Riva.
Sentimento. Força. Carisma. Luca D’Alisera.
Dois monstros da patinagem que se enfrentaram pela primeira vez em ringue.
Era o duelo mais esperado por todos e não defraudou os espectadores. Foram incríveis os programas curtos dos dois patinadores, ficando a competição totalmente aberta e à espera das suas actuações nos programas longo nesta noite.
Roberto Riva obteve duas notas 10 na Impressão Artística. Porém, D’Alisera igualou a façanha. No final, primeiro lugar (provisório) para o Roberto Riva visto que quatro juízes deram o primeiro ao milanês (de Milão), enquanto que três juízes deram o primeiro ao romano (de Roma). Poucas décimas separaram ambos os patinadores na tabela classificativa.
Roberto Riva entrou no penúltimo grupo e não falhou. Duplo Axel, Triplo Flip e uma combinação com Triplo Lutz, ritt, Triplo Rittbeger, ritt, Triplo Rittberger. Bons piões de calcanhar e em baixo. No seu programa curto patinou uma Tarantella Napolitana coreografada pelo seu treinador Michele Terruzzi.
Depois, o pavilhão transbordou com uma enorme e sonora ovação com a entrada em pista do Campeão do Mundo em título, Luca D’Alisera, nascido e habitante de Roma.
Não podemos imaginar a pressão que caía sobre este grande atleta ao entrar para defender o seu título mundial, para mais com todo o seu público presente.
Definitivamente, Luca demonstrou porque é um dos patinadores mais admirados da história do nosso desporto. De repente, transformou-se em Ricky Martin e com isso fez com que o público não pudesse perder um só dos seus movimentos.
Espectacular. Sensual. Atrevido. Brillante. Fez Duplo Axel, Triplo Flip e combinação de Triplo Lutz com Triplo Rittberger. Bons piões de Calcanhar. Grande alegria, no final, partilhada com o seu treinador Gabriele Quirini e com o seu coreógrafo Sandro Guerra.
No terceiro lugar (provisórino no curto) outro italiano: Andrea Barbieri. Foi um mundial muito duro para este patinador que, como em anteriores ocasiões, competiu também em Pares Artísticos e, atenção, poucas horas antes tinha realizado o programa longo conjuntamente com o seu par Irene Nardo. Porém Andrea, agora treinado por Anna Cocco, demonstrou que está em excelente forma física e realizou Duplo Axel, Triplo Flip e na combinação Triplo Lutz com Triplo Rittberger caindo sobre o travão. Bons piões de Calcanhar e Brocken. Para além disso, Barbieri teve uma das melhores interpretações da jornada. A sua evolução artística foi realmente incrível.
Na 7.ª posição classificou-se o patinador espanhol Carles Gasset, naquele que é o seu primeiro mundial na categoria Sénior. Carles apresentou um Duplo Axel com falha na saída e excelentes Triplo Lutz e combinado de Triplo Metz com Triplo Salchow. Também bons piões de calcanhar de com ambos os pés e em baixo. Carles é treinado por Rosa Pey e tem coreografias de Luca Lallai, ficou classificados atrás dos três patinadores italianos e dos três argentinos e no programa longo terá a oportunidade de demonstrar o seu altíssimo nível técnico.

Albert Trilla (Alemanha) patinou o seu curto com a música La Stravaganza com excelentes piões de Calcanhar esquerdo e direito, também teve algumas imprecisões nos saltos. Bom Triplo Lutz e combinação com Duplo Axel, escapando, com um Triplo Salchow, e uma queda no Duplo Axel que o relegou para a 12.ª posição. Porém, Albert seguia numa boa posição no combinado
Menos sorte teve o patinador maiorquino Javier Cuesta. Javi, treinado por Paqui Guzmán, demonstrou estar num bom momento de forma durante a semana, no entanto os nervos fizeram-lhe mal no momento da sua actuação perante os juízes e caiu no Triplo Lutz e Triplo Metz. Bom Duplo Axel e piões de Calcanhar com ambos os pés no seu programa de Matrix coreografado por Luca Lallai. Javi ficou na 20.ª posição com possibilidades de subir no programa livre.


CLASSIFICAÇÃO CURTO SÉNIOR MASCULINO
(28 participantes)
1. Roberto Riva, It
2. Luca D'Alisera, It
3. Andrea Barbieri, It
4. Daniel Arriola, Arg
5. Mariano Morelo, Arg
6. Jordan Uriel, Arg
7. Carles Gasset, Esp
8. David Jacques, EEUU
9. Marcel Ruschel, Bra
10. Neil Emms, GBr
11. MANUEL MAGALHÃES, Portugal
12. Albert Trilla, Esp
...
20. Javier Cuesta, Esp

sexta-feira, novembro 25, 2005

Distinções da Patinagem Artística em Portugal

O nosso estimado amigo da patinagem net faz este fantástico desafio:
«Gostava de saber a vossa opinião em relação ao regresso dos "Melhores do Ano" nas diversas categorias (Obrigatórias Fem. e Masc., Patinagem Livre Fem. e Masc., Pares de Dança, Pares Artísticos, Treinador/a, Coreografia, Grupo Show, Grupo Precisão, Clube, Revelação, Carreira). Estas são as minhas sugestões, podem dar as vossas, assim como a forma como deverão ser realizadas as votações e a escolha dos nomeados.
Os meus parabéns pela ideia.
Cá está um bom exemplo do Portugal que deveremos ser: dinâmicos e agir em prol da modalidade que nos une (e, por vezes também nos separa).
Se me for permitido sugeria começar com algo mais restrito que mereça ter alguma credibilidade.
Começariamos pelos atleta do ano, treinador do ano, juiz do ano, dirigente do ano, atleta revelação
Assim, começava por criar um grupo de pessoas que iria escolher os nomeados. Seriam convidados: um juiz, um calculador, um treinador, um atleta e um dirigente federativo.
O segredo está nas pessoas que irão ser convidadas para assegurar a credibilidade dos escolhidos. Depois fazia-se uma Gala nacional onde se entregaria os "Óscares" aos vencedores.
Estou a elaborar um Regulamento, apresentarei em breve para ser analisado.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Olhar no espelho

Um amigo meu teve a amabilidade de me enviar o texto que consta em baixo.
Muito Obrigado!
Por não saber dizer (escrever) melhor e da forma como faz Prado Coelho, permitia-me fazer minhas as palavras dele, pensando na Patinagem Artistica em Portugal.
Em post anterior já tinha feito esta pergunta: O que posso fazer para mudar (melhorar) a Patinagem?
Confesso que não me conformo com este triste destino deste Portugal mediocre à beira mar plantado.
Tenho a firme convicção que todos somos poucos para mudar, mudar para melhor. Para isso, não podemos viver no silêncio podre, para isso temos que ser consequentes, ou seja temos que nos disponibilizar para o trabalho e criar uma opinião pública informada e éticamente responsável. Um Abraço a todos.

Eduardo Prado Coelho - in Público:

«A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e
Tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações
médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta
muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa.
Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu
Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra
coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se
nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?....
MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO»

segunda-feira, novembro 21, 2005

A falta de transparencia

Para quando a patinagem Artistica será uma modalidade como as outras? onde o rigor, a transparência e a honestidade são a pedra de toque de credibilização de todos os agentes.

Vejam isto: http://patinagem-artistica.fpp.pt/seleccoes/

Como é que derrepente já temos mais uma seleccionadora:

Realizam-se em Roma – Itália, de 17 a 20 de Novembro e de 21 a 27 de
Novembro de 2005, o Campeonato do Mundo de Juniores e Seniores, respectivamente. A Selecção de Juniores segue viagem para Itália no dia 16, regressando a Portugal no dia 20 de Novembro e ficará alojada no Hotel American Palace, cujos contactos são: Tel - 003965913552 e Fax - 003965911740.A Selecção de Seniores realizará a viagem para Roma no dia 20, regressando a Portugal no dia 27 de Novembro. O hotel será o mesmo da equipa de Juniores. Comitivas NacionaisJUNIORES Chefe da Comitiva - José CorreiaSeleccionadora - Cristina ClaroTerapeuta - Cláudia PintoAtletas - Luisa Costa e Wilson MaltaSENIORESChefe da Comitiva - José Moita Seleccionadora - Edite ReisPrep. Físico - Nuno FerrãoAtletas Seniores - Diana Ribeiro, Liliana Andrade e Manuel Magalhães
Todas as informações no sítio oficial aqui

quinta-feira, novembro 17, 2005

Inovar na relação com a FPP: A.N.C.P.P.

Já aqui disse que a FPP tem estatutos que foram alterados por força da lei de bases do sistema desportivo, mas o espírito subjacente dos dirigentes federativos é do tempo do facismo. Um género de "Quero posso e mando".
A própria forma como a FPP se relaciona com as demais estruturas é obsoleta e, bem vistas as coisas, antidemocrática.
A este nível temos que inovar.
É necessário surgir novas ideias. Nova gente.
Está visto que os Clubes com patinagem artística têm muita dificuldade em fazer-se ouvir directamente na FPP (os directamente interessados não têm assento nas Assembleias Gerais, não têm direito de voto, só através das Associações se podem fazer ouvir), e muitas vezes quando a sua voz chega à sede da FPP já vai distorcida e muitas vezes não reflecte uma opinião legitimada pela maioria dos Clubes.
Já há muitos anos que se fala em criar uma Federação de Patinagem Artistica, mas penso que esta é uma solução inexequivel (se alguém quiser saber posso dizer porquê).

Temos que ser inteligentes e inovar.
Trago a este blog a seguinte sugestão: constituição da Associação Nacional de Clubes de Patinagem Artistica (A.N.C.P.P.).
Esta Associação deverá ser sócia da FPP (como é, por exemplo a Associação Nacional de Treinadores de Hóquei Patins), tendo como objectivo ser aceite como sócio ordinário da Federação Portuguesa de Patinagem. Assim passando a ter direito de voto nas Assembleia da FPP e mesmo, posteriormente propor alterações aos regulamentos. Deixando de haver necessidade de pedinchar ao Comité Nacional.
Os Clubes podem dar um passo importante no sentido da defesa da Patinagem Artistica.
Esta ideia é um género de "Ovo de Colombo", onde todos já tinham pensado nisso mas ninguém tinha dito nada.
Tenho já os Estatutos prontos.:Capítulo I - ARTIGO PRIMEIRO
a) A Associação Nacional de Clubes de Patinagem Artística rege-se pelos presentes Estatutos e pela legislação em vigor que regula as associações de carácter desportivo.b) A Associação Associação Nacional de Clubes de Patinagem Artística é uma associação que agrupa todos os Clubes de patinagem artística. c) É uma Associação de duração ilimitada dotada de personalidade jurídica, própria e património independente. d) Nestes Estatutos as expressões “Associação” e “A.N.C.P.A.” significam para todos os efeitos, Associação Nacional de Clubes de Patinagem Artística .
ARTIGO SEGUNDO
A Associação Nacional de Clubes de Patinagem Artística tem como objectivo agrupar o maior número possível de Clubes com Patinagem Artistica para o desenvolvimento da promoção cultural e valorização científica, técnica e pedagógica dos seus associados, bem como reflexão e intervenção no desenvolvimento da patinagem artística. Para a prossecução do seu objectivo a Associação poderá:
a) Fomentar a valorização dos seus associados mediante conferências, reuniões, publicações e outras acções consideradas oportunas.
b) Integrar a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Patinagem.
c) Prestar a máxima colaboração às Autoridades Desportivas, em geral, e à Federação Portuguesa de Patinagem e Associações de Patinagem, em particular.
d) Colaborar nos Cursos de Formação, de acordo com as directrizes da F.P.P. ou outras entidades.
e) Prestar, quando solicitada, o apoio técnico possível aos Clubes de Patinagem Artística.
f) Colaborar com outras Associações Nacionais ou Estrangeiras que tenham fins similares.
g) Promover todas as tarefas de carácter complementar às já referidas e que contribuam para o melhor cumprimento do espirito e objectivo da Associação.
...
A escritura notarial da constituição desta Associação pode ser feita a qualquer momento.
Estará alguém interessado em dar o primeiro passo? Proponho, no mínimo cinco clubes.
Vamos inovar?

terça-feira, novembro 15, 2005

Na patinagem portuguesa a regra é:"Vale tudo, menos arrancar olhos"

No post onde se diz que o Regulamento Técnico de Show viola os Regulamentos havia três provas, a saber: Quartetos, Show e Precisão.

Agora, em 15/11/2005, como que por magia o Comité Nacional altera o regulamento técnico e a pedido de várias familias acrescenta mais uma prova, a saber: Grupo de cadetes.

Não havia nada a dizer se o Comité fosse imparcial e coerente com a alteração. Ou seja, se fizessse a alteração em relação a todas as provas que faltam : quartetos cadetes, small groups e large groups

Pergunta-se porque é que foi introduzido o Grupo de Cadetes?
serve os interesses de quem? Aquando da listagem das equipas para as provas iremos ter a resposta.
É por estas e por outras que isto não anda. Cada um está mais interessado na sua capelinha e esquece-se que os outros existem. Afinal as pressões de uns valem, uns são filhos os outros enteados.
A patinagem artistica, no fundo mais parece uma coutada de jagunços onde tudo está a saque.
Esta atitude do Comité e dos respectivos beneficiados é mais uma mancha na credibilidade da modalidade.

segunda-feira, novembro 14, 2005

O Comité Nacional de Patinagem Artistica negligente?

O Comité Nacional de PA demonstrou esta semana que há muito sérias razões de preocupação sobre a sua seriedade e rigor com que trata a patinagem artística. O atraso com que saiu o Regulamento técnico (a menos de um mês da prova) deveria merecer profunda reflexão

Após mais de seis anos no exercício de funções de dirigentes no Comité Nacional, estas pessoas não conseguem de uma forma expedita e competente cumprir os regulamentos e exercer as funções que lhe são incumbidas. De quem é a culpa?

Não é, aliás, a primeira vez que o Comité Nacional trabalha de uma forma atabalhoada e negligente. Este triste episódio é mais um, de uma longa novela de mediocridade na acção.

Impõe-se que se saiba retirar consequências. Os clubes não podem continuar no silêncio. Está visto que as Associações também não são a solução.

Não há razão para este tipo de trapalhadas no Show. Para mais quando as provas de Show já existem há mais de 8 anos.
Inclusivamente, os clubes portugueses participam em Campeonatos da Europa, pelos menos há 6 anos. A Federação, o Comité não podem andar alheados desse facto.
Os clubes têm, sozinhos, participado em Campeonatos da Europa nas várias disciplinas do Show.
Até já fomos, em 2002, Vice-Campeões da Europa em quartetos.
Há dois anos, esse quarteto ficou em 4.º lugar (perdeu o 3.º lugar no white 4-3). No ano passado, um quarteto de cadetes classificou-se no 4.º lugar muito à beira do podium.
Assim, pode-se dizer com algum fundamento que Portugal (ou melhor os clubes portugueses) já tem alguma experiência nos quartetos. Apesar de nunca, em tempo algum, ter havido uma só prova nacional desta especilidade.
O que faz, ou o que fez, o Comité Nacional da FPP? Nada!
Nem sequer pretende andar reboque... dos que querem fazer alguma coisa pela modalidade.

Só na época de 2005/2006 é que se vai realizar o primeiro nacional da especialidade de quartetos. Este atraso de anos, é a imagem bem clara da negligência a que a modalidade está votada.

Terão razão aqueles que dizem que a patinagem artística é filha bastarda da Federação? Apenas vão para os cargos os que não têm assento noutras modalidades?
Terão razão os que apontam o dedo aos nossos dirigentes federativos da patinagem artística quando dizem que estes são tratados, dentro da instituição, como sendo de 2.ª categoria? Por não fazerem nada, limitando-se a fazer figura de corpo presente?
Será hora de dizer basta? Como?
Posso dar uma sugestão? ...

Por favor. Leiam apenas um artigo do regulamento. O primeiro

É por esta e por outras que quem gosta da patinagem artistica se revolta.
Há mesmo quem pense, como a questionar as suas mentes, que os senhores do comité da FPP andam a gozar com o pessoal.

Outros há ainda que, sem papas na lingua e paciência, resvalam para o politicamente incorrecto: apelidando-os de Ignorantes.
Há quem diga que eles não olham para os regulamentos.
E, na verdade, apenas bastava ler o primeiro artigo do Regulamento Geral da Patinagem Artistica.
Assim tinham mais cuidado com os regulamentos internacionais... e pensavam que Portugal é um país, de pleno direito, europeu.

Vejam o que diz o primeiro artigo do Regulamento Geral da Patinagem Artistica:
Art.º 1.º
n.º 1- A disciplina de Patinagem Artística com patins de rodas, constitui um dos desportos enquadrados na Federação Portuguesa de Patinagem (FPP).
n.º 2- Reger-se-á este desporto quanto à sua direcção, organização e funcionamento, pelas normas contidas no presente Regulamento, pelas disposições contidas nos Estatutos e Regulamento Geral Estatutário da FPP, regras técnicas dimanadas da FIRS (Fédération Internationale de Roller Skating), CIPA (Comité International de Patinage Artistique), CERS (Confédération Européenne de Roller Skating) e CEPA (Comité Européen de Patinage Artistique) e Regulamento Disciplinar da FPP, e ainda por todas aquelas que de futuro sejam aprovadas pela FPP, ouvidas as Associações e obtida a ratificação em Assembleia Geral.
n.3- Sempre que a FIRS, a CIPA, a CERS ou a CEPA aprovem ou alterem normas técnicas desportivas que, no todo ou em parte, disponham de forma diferente das que neste Regulamento se contem, deverão as mesmas ser adoptadas pela FPP e introduzidas de IMEDIATO no Regulamento Geral de Patinagem Artística (RGPA) para vigorar na própria época, devendo ser submetidas a ratificação na primeira Assembleia Geral após a sua adopção.
n.º 4- As normas que vierem a ser adoptadas deverão constar de Comunicado da FPP a remeter ao Conselho Nacional de Juízes e Calculadores de Patinagem Artística (CNJCPA), às Associações Distritais (AD), aos Conselhos Distritais de Juízes e Calculadores de Patinagem Artística (CDJCPA) e aos Clubes e Escolas.

Mas então os que está mal? perguntam vocês.
Eu já vos digo...

O Regulamento Técnico viola os regulamentos.Logo é ilegal.Toda esta TRAPALHADA a menos de um mês da prova

Lê-se no site da FPP:
TAÇA SHOW E PATINAGEM DE PRECISÃO REGULAMENTO TÉCNICO http://fpp.pt/ficheiros/pdf/patinagem-artistica/calendarios/TacaShow.pdf
COMPETIÇÕES: (fiz copy e depois past)
QUARTETOS: Número de participantes 4. SHOW: Número de participantes, mínimo de 10 a máximo de 30, os grupos podem ser constituídos por mulheres e/ou homens. PRECISÃO: Número de participantes, mínimo de 12 atletas e máximo de 24 atletas.
CONDIÇÕES TÉCNICAS:
- Duração: Quartetos: 3m +/- 10 Seg. Show: mínimo 4m / máximo 5m +/- 10 Seg. Precisão: 5m +/- 10 Seg.

Li uma vez e não quis acreditar.
Desliguei o computador e voltei a ligar. Liguei-me à net e fui novamente ao site da FPP. É verdade. Está lá. A menos de um mês! Pensava eu que o Comité não pretendia realizar esta prova.
Alguém dizia que este ano o Comité iria, finalmente, realizar a prova de acordo com as regras da CEPA. Vejam!
Afinal é puro engano! Um total trapalhada. As pessoas do Comité, relativamente ao Show, optaram por usar uma velha táctica do futebol que é: "Tudo a monte e fé em Deus".

Só mesmo na cabeça de alguns...
Os pequenos patinadores competem com os grandes (não há, como manda o regulamento da CEPA: quartetos cadetes e quartetos. Vai-se então comparar o incomparável.
E os grandes grupos de show vão competir com os pequenos (violando o Regulamento da CEPA). Novamente vai-se ajuizar provas diferentes dentro da mesma prova.
Afinal os juizes vão aplicar que regras? Vão valorizar o quê?
Isto é o mesmo que fazer uma prova de solo dance em que infantis a seniores vão competir entre si.
É um verdadeiro disparate não é?
Há anos que erram relativamente ao Show. Já foram alertados para o erro, mas mantêm orgulhosamente o erro?

Uma verdadeira TRAPALHADA. Ao melhor estilo português. Erram e continuam como o Salazar, orgulhosamente sós...

segunda-feira, novembro 07, 2005

APP- curso de dança

Associação de Patinagem do Porto pretende realizar um Curso de Dança no mês de Novembro.

Os meus sinceros parabéns pela iniciativa que, por estranho que pareça, é inédita.

O curso é gratuito. Outro aspecto muito positivo. Renovo os meus cumprimentos. Parabéns! Até que enfim que o dinheiro que os clubes dão à Associação tem retorno pela via da formação.

Porém, quanto a mim, esta comunicação do curso carece de alguma informação muito importante, a saber:

a) O mês de Novembro tem trinta dias, e por isso era bom dizer qual o dia e hora, para que os interessados pudessem conciliar as suas vidas pessoais e familiares com este importante evento.

b) outro aspecto: é saber a quem está aberto? Se a todos. Quando me refiro a todos estou mesmo a pensar Todos. Ou seja: a todos os atletas, técnicos, dirigentes, pais, tios, irmãos, amigos da modalidade, juizes, calculadores, etc..

c) Qual o objecto do curso? se irá incidir apenas sobre danças obrigatórias, ou incidirá também sobre danças livres e de criação.

c) The last but not the least, quem irão ser os prelectores? Este aspecto, do meu ponto de vista é importante, porque os curriculuns das pessoas que administrarão o curso poderão ser um polo catalizador para se aderir ao evento, ou não. Já para não falar da credibilidade do próprio Curso e da entidade organizadora do evento (APP).

Para finalizar esta minha reflexão, sugeria que o programa do curso tivesse vários intervenientes para que não houvesse um pensamento único na patinagem.
Tenho assistido a vários cursos em Portugal em que se tenta impor ideias feitas (por vezes erradas).

A História da Humanidade diz-nos que os pensamentos únicos nunca deram bons resultados.
Vivemos tempos em que as pessoas devem ser chamadas a debater ideias.

Assim, no final do curso deveria haver um espaço de debate, onde com elevação, espírito participativo e responsabilidade, se falasse sobre a dança e o seu futuro.

P.F. adiram todos.
O dowload da ficha de inscrição em:http://www.apporto.pt/downloads/286.pdf

Enviem por correio, mail, fax, em entreguem directamente na secretaria.

Mau começo da época do Comité prejudica os clubes

Já saiu o comunicado n.º 35/2005, de 2 de Novembro. NADA.
Nada se diz, a um mês, da "Taça Nacional de Show e Precisão".
Vejam só, no referido comunicado apenas agora, 2 de Novembro, saiu o Calendário das Provas (vamos a ver se o cumprem).
Como é que a patinagem pode evoluir quando o principal orgão da patinagem não trabalha em condições?
Depois, lá vêm os senhores da FPP dizer que a culpa do estado da modalidade é dos clubes. Meus Senhores metam a mão na vossa consciência (será que existe?) e tenham cuidado com a patinagem artistica.

Este tipo de coisas danificam a modalidade.

O Comité Nacional começa muito mal esta época 2005/2006. Nota muito negativa.
Os comités distritais (que estatutaria e regularmente representantes dos clubes ), com o silêncio, são coniventes com esta trapalhada.

Estão, pois, os clubes e os atletas de pés e maus amarrados a afundarem-se por incúria dos responsáveis da modalidade.

A cruz dos Clubes

Para a Taça Show (que é de show e precisão)
O silêncio do Comité Nacional é estranho, ou talvez não...
Nos clubes ninguém pode trabalhar sem saber o que devem treinar/apresentar.
Quem é responsável por esta situação?
Por mais que os clubes se organizem e se mobilizem para a modalidade, estas areias estragam qualquer engrenagem.
Planear desportivamente qualquer época é um verdadeiro acto de loucura.
Já não basta a concorrência das outras modalidades os clubes de patinagem têm que (sobre) viver com este laxismo federativo.
Nas ostes da FPP reina a incompetência? Porque é que ninguém diz nada?

Na cauda da Europa- Comité Nacional nada diz a um mês da 1.ª prova

7 de Novembro de 2005.
É por estas e por outras que a patinagem artística em Portugal não sai da cauda da europa.
Lá estou eu a ser politicamente incorrecto. Não há pachorra, todos os anos se cometem os mesmos erros.

Vejam:
Falta quase um mês para a realização da chamada "Taça Show" (até o nome desta Taça está desactualizado) que está agendada para 10 e 11 de Dezembro. Não existe o regulamento da prova. NADA
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