quarta-feira, janeiro 25, 2006

Aspectos curiosos- nas marcações das provas: nem todos são Santos

Um dia destes enviaram-me um mail com esta curiosidade, relativamente aos Santos Populares:

"Já repararou que os senhores do Comité Nacional de Patinagem Artistica, que na maioria vivem na área de Lisboa, não marcam campeonatos nacionais na altura do S. António?
Já reparou que, ao contrário, marcam pela altura do S. João? Logo se vê a razão desta escolha, como é do interesse deles não há provas. Quando é do interesse dos parolos do Porto, lá se vai o (...) do S. João. A federação lisboeta de patinagem não respeita os provincianos."

É verdade. De facto não tinha reparado. Este ano, o nacional de juvenis é no fim de semana do S. João, e realiza-se em Paio Pires.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A culpa pela "SATISFAÇÃO" dos Utentes na Patinagem Artistica

Num comentário ao post anterior, se bem percebi, foi referido que se pode analisar a questão da patinagem artística portuguesa sem se olhar para a Culpa (enquanto causa ou consequência de um mal).

Na minha humilde opinião,a analise da culpa não é uma questão despicienda, nem apenas cultural. Não é só porque temos uma formação comum assente numa matriz judaico-cristã (ocidental) que somos conduzidos à culpa e, consequentemente, a um eventual afunilamento das perspectivas. Para mim a culpa (em toda a sua complexidade e nas várias vertentes) deve ser analisada.
A culpa dos dois lados da moeda.
A Culpa dos Dirigentes:
Do lado dos dirigentes falta a consciência das obrigações que lhes estão implícitas relativamente ao serviço público que prestam.
Eles estão lá para servirem, não para se servirem.
Deste ponto de vista, quando alguém assume exercer um cargo público (que mexe com dinheiros da comunidade) deve pensar que a sua acção é dirigida aos interesses de outrem, concretamente da comunidade. No caso da patinagem deve agir em defesa dos interesses dos patinadores e da modalidade.
Nos tempos modernos todos os dirigentes devem ter um grande objectivo “SATISFAÇÃO DO UTENTE”. Entenda-se: Satisfação do maior número dos utentes.
Ora, quando alguém vai para presidente, secretário ou outro cargo vai para trabalhar nos interesses de quem os elegeram. É pois um servidor.
Raros são aqueles que aparecem com um espírito de missão em favor da modalidade.

Quem está lá não pensa no serviço e nas obrigações que estão implícitas ao cargo. Só pensa nos seus direitos (jantares de Natal a mil e tal contos, com lagosta, etc.) e no poder que tem para daí beneficiar. A modalidade não melhora por culpa dos dirigentes que tiram mais beneficios do que dão.

A Culpa dos Utentes:
Do outro lado da moeda estão os Utentes (leia-se patinadores, treinadores e demais intervenientes).
Aqui, parece reinar a insatisfação. E quanto maior fôr o trabalho e dedicação, maior será a desilusão. Quando se conhece outras realidades mais triste se fica. Quando se toma conhecimento (consciência) dos Direitos maior é a sua tristeza e a angustia.
Porém, estes Utentes nada fazem. E nada pretendem fazer. Porquê?
Há muitas razões. Não vou pela cobardia, não vou pela mediocridade. Vou pelos estados de espírito.
Há Espiritos e espiritos, alguns, poucos, exemplos:
Espírito individualista (resume-se nesta frase escutada: “quero lá saber o problema não é meu”)
Espírito vingativo (resume-se nesta frase escutada: “acho mal, a mim também me fizeram isso, agora é bom que aconteça aos outros”)
Espírito ignorante (resume-se nesta frase escutada: “ não sei de nada, não quero saber”)
Espírito confiante (resume-se nesta frase escutada: um dia vai mudar)
Espírito egoísta (resume-se nesta frase escutada: “A minha Vida não é isto”)
Espírito oportunista (resume-se nesta frase escutada: “Quando lá chegar vocês vão ver…” )
Espírito conformado (resume-se nesta frase escutada:” não podemos fazer nada, eles é que mandam).

Outros espíritos haverão…
Disse-me um amigo: “O que me aconteceu na patinagem artistica foi mau demais para ser verdade. Marcou-me negativamente a vida. Não quero, nem desejo isso a ninguém. Não posso permitir que se repita, nem para mim nem para os outros. Quando deixar de patinar tenho a obrigação de ajudar as crianças que se fascinaram pela Patinagem Artistica. Como eu,tiveram uma Paixão por um desporto tão bonito. Viveram depois esse amor com esforço, suor e lágrimas. Porém, caíram num polvo de silêncios e facadas pelas costas. Caíram só porque tinham um maravilhoso Sonho. Candidamente acreditaram nesse Sonho, depois tornado pesadelo. Porque acreditaram. Acreditaram nos adultos. Os que cobardes desistem e vão embora. Eu fico pelos miudos"

São apenas estados de espírito...porém, uma andorinha não faz a Primavera...

Terão os Utentes culpa pelo estado da modalidade?
Nasceu primeiro o ovo ou a galinha?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Europa pelo canudo - O Europeu na Peninsula Ibérica a milhas dos incompetentes

Desconheço o que foi dito pelo Comité Nacional de Patinagem Artistica relativamente à coincidência das datas do Europeu de Show e Precisão com o Nacional de Solo Dance.
Mas tal como já tinha previsto, tudo indica que nada vai ser alterado.
Desculpem-me mas vou ser politicamente incorrecto.

Os clubes uma vez mais demonstram que afinal não têm capacidade para alterar uma agenda (leia-se calendário de provas) em que eles são os únicos interessados (ora cá está uma das razões para a Associação Nacional de Clubes de PA entrar em acção para defender a patinagem artistica).

Confesso que desconheço todos os passos dados, mas disseram-me que o Comité Nacional disse à APP que não tinham outras datas.
Se isso foi dito, é realmente espantoso...Cambada de incompetentes...

Como é possivel que um Campeonato da Europa esteja num plano inferior a um nacional?

Pelos vistos não é por acaso que somos um país periférico. E com actos destes estamos ainda mais longe da Europa. Ó incompetência, Ó insensatez.

No ano em que o Europeu se realiza na Peninsula Ibérica, em Espanha(a meia-duzia de kilometros) a FPP marca o nacional para a mesma data. Incompetência ou má fé?

Só mesmo em Portugal. Na verdade, comportamo-nos como um país de terceiro mundo.

Mais uma vez peço desculpa por dizer isto:
mas os clubes, designadamente os seus dirigentes não têm qualquer peso negocial, e por isso tudo indica que perderam esta pequeníssima batalha.

Já apresentaram outras datas alternativas para o Solo?

No caso do CNPA continuar renitente, sugiro que façam uma rápida exposição deste caso exemplar aos jornais desportivos.

É impensável que os elementos que compõem a federação prejudiquem conscientemente os seus clubes.
É impossivel que num país mesmo periférico possam vegetar tanto tempo pessoas insensatas, tacanhas, incompetentes, incapazes e mediocres.
(É fácil de ver que estou fulo. Ano após anos erram. Mesmo assim andam todos de cara alegre como nada se passasse, cambada de hipócritas)

Vão todos comer e calar com a dita falta de data? Ó anjinhos da ingenuidade...Ó disciplos do fariseus...

Às vezes também sou tentado olhar para o outro lado da moeda e penso:
Mas a culpa será deles?
Ou será de quem não tem capacidade? Capacidade para liderar, para convencer, para evidenciar erros tão evidentes? (Afinal conseguem ver a palha no olho do outro, mas não conseguem ver o barrote no seu).

Será assim tão dificil denunciar toda esta palhaçada?

Desculpem-me toda esta acidez. Mas, ainda sofro, ainda fico indignado quando atacam a patinagem artistica e os patinadores.
Provavelmente o erro será meu...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Escuta "Zé Ninguém"

A patinagem deve estar inserida no Mundo. Para isso, a reflexão deve contemplar esse mesmo Mundo.
Revolucionar mentalidades é dificil. No entanto, o povo já diz "água mole em pedra dura...".
Aqui vai um pequeno contributo de Wilhelm Reich, nasceu a 24 de Março de 1897 nos confins orientais da Galícia:
«Escuta, Zé Ninguém!
Chamam-te “Zé Ninguém!” “Homem Comum” e, ao que dizem, começou a tua era, a “Era do Homem Comum”. Mas não és tu que o dizes, Zé Ninguém, são eles, os vice-presidentes das grandes nações, os importantes dirigentes do proletariado, os filhos da burguesia arrependidos, os homens de Estado e os filósofos. Dão-te o futuro, mas não te perguntam pelo passado.
Tu és herdeiro de um passado terrível. A tua herança queima-te as mãos, e sou eu que to digo. A verdade é que todo o médico, sapateiro, mecânico ou educador que queira trabalhar e ganhar o seu pão deve conhecer as suas limitações. Há algumas décadas, tu, Zé Ninguém, começaste a penetrar no governo da Terra. O futuro da raça humana depende, à partir de agora, da maneira como pensas e ages. Porém, nem os teus mestres nem os teus senhores te dizem como realmente pensas e és, ninguém ousa dirigir-te a única critica que te podia tornar apto a ser inabalável senhor dos teus destinos. És “livre” apenas num sentido: livre da educação que te permitiria conduzires a tua vida como te aprouvesse, acima da autocrítica.
Nunca te ouvi queixar: “Vocês promovem-me a futuro senhor de mim próprio e do meu mundo, mas não me dizem como fazê-lo e não me apontam erros no que penso e faço”.
Deixas que os homens no poder o assumam em teu nome. Mas tu mesmo nada dizes. Conferes aos homens que detêm o poder, quando não o conferes a importantes mal intencionados, mais poder ainda para te representarem. E só demasiado tarde reconheces que te enganaram uma vez mais.
Mas eu entendo-te. Vezes sem conta te vi nu, psíquica e fisicamente nu, sem máscara, sem opção, sem voto, sem aquilo que fiz de ti “membro do povo”. Nu como um recém-nascido ou um general em cuecas. Ouvi então os teus prantos e lamúrias, ouvi-te os apelos e esperanças, os teus amores e desditas. Conheço-te e entendo-te. E vou dizer-te quem és, Zé Ninguém, porque acredito na grandeza do teu futuro, que sem dúvida te pertencerá. Por isso mesmo, antes de tudo o mais, olha para ti. Vê-te como realmente és. Ouve o que nenhum dos teus chefes ou representantes se atreve a dizer-te:
És o “homem médio”, o “homem comum”. Repara bem no significado destas palavras: “médio” e “comum”.
Não fujas. Tem ânimo e contempla-te. “Que direito tem este tipo de dizer-me o que quer que seja?” Leio esta pergunta nos teus olhos-amedrontados. Ouço-a na sua impertinência, Zé Ninguém. Tens medo de olhar para ti próprio, tens medo da crítica, tal como tens medo do poder que te prometem e que não saberias usar. Nem te atreves a pensar que poderias ser diferente: livre em vez de deprimido, directo em vez de cauteloso, amando às claras e não mais como um ladrão na noite. Tu mesmo te desprezas, Zé Ninguém, Dizes: “Quem sou eu para ter opinião própria, para decidir da minha própria vida e ter o mundo por meu?” E tens razão: Quem és tu para reclamar direitos sobre a tua vida? Deixa-me dizer-te.
Diferes dos grandes homens que verdadeiramente o são apenas num ponto: todo o grande homem foi outrora um Zé Ninguém que desenvolveu apenas uma outra qualidade: a de reconhecer as áreas em que havia limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir. Através de qualquer tarefa que o apaixonasse, aprendeu a sentir cada vez melhor aquilo em que a sua pequenez e mediocridade ameaçavam a sua felicidade.
O grande homem é, pois, aquele que reconhece quando e em que é pequeno. O homem pequeno é aquele que não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la; que procura mascarar a sua tacanhez e estreiteza de vistas com ilusões de força e grandeza, força e grandeza alheias. Que se orgulha dos seus grandes generais, mas não de si próprio. Que admira as idéias que não teve, mas nunca as que teve. Que acredita mais arraigadamente nas coisas que menos entende, e que não acredita no que quer que lhe pareça fácil de assimilar
.(…)».

segunda-feira, janeiro 02, 2006

O melhor e o pior de 2005

Para começar o ano gostaria que os leitores me ajudassem a apontar o melhor e o pior do ano passado. A nivel nacional e a nível internacional.
Aqui abro o melhor e o pior 2005:
NACIONAL:
Melhor: Organização da Taça Europa/Nazaré/Fred e demais pessoas
Pior: saída de certos atletas da selecção na véspera dos europeus.

INTERNACIONAL:
Melhor: a noticia que se iria realizar um Campeoato de Show e Precisão em Portugal.
Pior: a falta de representação de Portugal nos desfiles do Campeonato do Mundo.

Espero a vossa. Obrigado

domingo, janeiro 01, 2006

Adeus 2005. Olá 2006! Operação Oxigénio

Mais um ano passou.
Nestas alturas de mudança de calendário fico mais pensativo. Mais reflexivo.
Habitualmente é tempo de balanço. Penso para mim o que fiz, o que pretendo fazer.
A mudança e a esperança voltam a saltar no meu espírito.

Fiz uma viagem ao ano de 2005. Para isso, fui ler os post de 2005 e fiquei ligeiramente deprimido.

Para mudar de astral, nada como uma "Operação Oxigénio" (está cientificamente comprovada a sua eficácia na renovação de energias).
Aqui vai (aconselho que façam mesmo, bem feito, os resultados são excelentes):
1- Vamos TIRAR TODO O AR que temos nos pulmões (bbbuuuuuuuuuuuuuuuuu).
2- De seguida, vamos ENCHER DE AR os pulmões, bem fundo (aaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh).
3- Uma pequena PAUSA (4 segundos), com o ar nos pulmões.
4- Seguidamente, DEITAR O AR FORA novamente, agora MAIS LENTAMENTE (bbbbuuuuuuuuuuuuuuuuuu) até ficarmos sem uma ponta de ar (temos que trabalhar com o diafragma).
5- Voltamos a ENCHER DE AR os pulmões LENTAMENTE e com o MÁXIMO DE AR que se puder (aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh).
6- Pausa com os pulmões cheios
7- Deitar fora

Ups!! estou tonto (se não sentirem uns piquinhos é sinal que a operação de oxigenação não foi suficientemente profunda, tentem novamente).

Um pequena pausa para re-equilibrar o corpo. E já está! Podem respirar normalmente.
Agora que já estamos absolutamente oxigenados com novo ar.

Atenção 2006, aqui vamos nós!
O passado é passado, o futuro é Esperança. Ouviram bem: Esperança.
É pois com muita esperança e com um espirito positivo que nos lançamos para 2006.
Desejo a todos um Ano 2006 FANTÁSTICO.
FELIZ 2006
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