quinta-feira, fevereiro 23, 2006

VÃO MATAR OS TESTES?

Já não é primeira pessoa que me pergunta se os testes vão acabar.
Também jà não é a primeira vez que tenho a sensação de que os senhores da federação às vezes parecem que, se pudessem, acabavanm com a patinagem artistica.

Não sei se vão acabar ou não. Estou a falar dos testes, obviamente.

O que sei é que seria um terrivel erro.
Os testes têm uma vertente de formação por etapas que, do meu ponto de vista, é importante.
Quando vejo pessoas que mal sabem deslizar e já andam a tentar duplos/triplos e que nem um pião sabem fazer correctamente, é porque algo está mal na sua formação (é quase o mesmo que não saber ler e tentar escrever um livro).

Perguntam-me: então os testes servem para quê?
Para mim os testes (desde os elementares até aos nacionais) são as provas onde o atleta vai tentar demonstrar que tem capacidade de executar todos os exercícos da patinagem artistica.
E esse tipo de prova, repito, do meu ponto de vista, é importante para o desenvolvimento sustentado de uma carreira desportiva de qualquer atleta.

A videovigilância dos juizes

Um estimado leitor apresentou esta excelente proposta:

«Uma sugestão, que pretende ser construtiva, para os juízes: experimentem filmar as provas, revê-las posteriormente conjuntamente com as classificações atribuídas a cada atleta! Há muito trabalho, muito investimento em termos físicos/ de tempo/ de horas roubadas ao lazer... por parte de cada criança/ adolescente/ jovem! Classificar é uma tarefa que se reveste de grande responsabilidade!... É ainda importante olhar para todos e cada um dos atletas com os mesmos olhos e com um olhar sempre renovado, porque a mudança acontece (já Camões a cantava nos seus poemas!) »

Os meus parabéns!

Muitos dos juizes foram patinadores. Agora na reforma fico com a sensação que esquecem-se do passado. Vejo-os a cair no mesmo erro, pois fazem a mesma coisa. Curiosamente são os que, enquanto atletas, acusavam os juizes da altura. Talvez por esquecimento, ou talvez não.

Mas a gravação das provas até deveria ser um encargo da FPP ou das Associações. Já que poderia ter muitas utilidades. Uma delas seria para formação dos Juizes e até dos técnicos. Já não vou aqui falar na classificação do juizes. Pois é urgente classificar a actuação dos juizes. Não se premeia o mérito, os melhores deveria ajuizar mais vezes, o que não acontece.

Numa outra perspectiva:
Ano após ano, deita-se fora um património maravilhoso que são os registo de imensas provas que infelizmente apenas são guardadas na nossa memória.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

OS TESTES DO APAGÃO E DO DILÚVIO - Milagres à vista de todos

Realizaram-se os testes nacionais, em Vieira de Leiria, no Sábado passado (18 de Fevereiro).

Para variar, o corpo de juízes, na patinagem livre voltou a ser o alvo de toda a polémica. O episódio conta-se rapidamente.
3.ª Classe, livres:
O primeiro patinador (do Bir) realiza a sua prova. No final: reprova, com dois juízes a aprova-lo e três a negar-lhe a passagem.
Na nota padrão, aqueles juizes demonstraram incapacidade de estabelecer um critério entre si. Instalou-se logo a confusão entre eles. Isso é mau para a imagem dos juízes. É mau para a patinagem artística.

Mas o maior erro não foi esse. Já estamos habituados a que cada um tenha o seu critério exclusivo. E até já vimos o mesmo juiz a mudar o seu critério várias vezes.
O pior foi a causa da reprovação.
Na verdade, o referido patinador não deveria ter reprovado. Afinal, tinha feito com sucesso todos os exercícios exigidos no regulamento dos testes (apesar de não estar publicado no site da fpp).
Apenas repetiu o duplo salchow que tinha feito sem errar e quando repetiu caiu.
Ou seja, tinha feito tudo o que era exigido. Para a a maioria Não - será que leram o mesmo Regulamento?
Instalou-se logo no pavilhão o espanto e a estupefacção. E não era para menos...
Entretanto, como é natural, todos comentavam o acontecimento.

Segunda prova, segunda patinadora (do Entroncamento). Faz a sua prova e falha dois exercícios, repetindo-os no final (e fá-los bem).
Vai sair a nota.
Mas, tamanha era a confusão entre os juízes que o juiz-arbitro, antes da nota sair vai em direcção à mesa dos calculadores.
Quando, de repente, a luz vai abaixo.
Ficou tudo às escuras.
Houve um apagão! Não, não foi dos juízes. Esse, foi anterior.
O segundo apagão que agora estou a falar foi mesmo da Electricidade de Portugal (EDP).

A justificação é simples para ficar tudo às escuras.
A confusão estava seguramente a passar os limites, até para um Santo.
Deus, omnipotente, teve que intervir.
Assim, Deus escreveu certo por linhas tortas.
E por intervenção divina, apagaram-se as luzes do pavilhão, tamanha era a obscuridade daquela gente.
Há coisas que só mesmo com um milagre é possível mudar o rumo dos acontecimentos. Foi o que aconteceu.

Na Patinagem Artística, em Portugal são necessários vários milagres. No Sábado foi feito o primeiro.

Mas este divino e insólito episódio não acaba aqui.
Contra o mais elementar bom senso e racionalidade. Contra os regulamentos e sem qualquer fundamento honesto, alguém decidiu criar uma confusão maior.
É verdade.
Alguém decidiu criar um novo regulamento. Desta feita, primeiro, teve que decretar o seguinte:
"Portugal é uma República das Bananas. Cada um, faz o que quer".
Depois de instalar um regime anarquico, depois disso, e
enquanto estavam todos às escuras, os clubes dos dois patinadores envolvidos foram chamados à parte e por deliberação superior (talvez de santanás) foi-lhes oferecida uma maçã envenenada. Foi-lhes concedida a possibilidade de repetirem a prova no final. Não apresentaram motivos.

Ó pecado, dos pecados. Porque Deus sabe que Portugal é um estado de Direito Democrático onde há regras. Porque Deus sabe que as Bananas que temos são da Madeira e mesmo essas são pequenas. E que quem não cumpre deve ser responsabilizado. Mesmo que seja um qualquer juiz incauto.

Decidiu enviar para Vieira do Minho uma imensa tempestade com raios, trovões e muita água, mas muita chuva, que todos tiveram que sair rapidamente daquela zona.

Nem, Noé se safava com tamanho dilúvio. Eis, o segundo aviso de Deus.

Até que enfim que a patinagem vai mudar, Deus assumiu a direcção desta bagunça.

Obrigado Senhor.

P.S. os testes irão realizar-se noutra data a designar.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

SOLUÇÕES PARA A MODALIDADE?- Parte II

Outros caminhos há que devem ser percorridos, por várias razões, a primeira é por imperativo dos denominados Princípios de Vida. Princípios que devem reger qualquer pessoa de bem.

Princípios esses estruturantes, na defesa da dignidade e honra da pessoa humana, na defesa da paz social e desportiva, na defesa da qualidade e elevação das relações humanas.

Assim, há caminhos que devem ser obrigatoriamente percorridos, como sejam:
- da Ética.
- do Bom Exemplo.
- da Boa Educação.
- da Transparência.
- do Trabalho em prol da modalidade e dos patinadores.
- da Motivação de todos os agentes desportivos.
- da Solidariedade.
- do Trabalho.
- da Dedicação.
- do Reconhecimento.

Isto não são apenas palavras!

SOLUÇÕES PARA A MODALIDADE?- Parte I

Sou dos que acredita que a patinagem artistica em Portugal pode mudar. Mudar para melhor.
A primeira abordagem é intrinseca e deve-se fazer no plano dos Principios.

Existem, pois, Principios de Vida que não devem ser esquecidos. Contrariamente outros principios de acção não devem ser permitidos. Estes devem ser, pura e simplesmente, proibidos. E quem os usar deve ser criticado e até censurado.

A melhor prática é aquela que é alicerçada numa boa teoria (Aristóteles).

Como penso que todos estão de boa fé, como eu, vou começar a explanar o meu pensamento. Faço notar que não me estou a referir a ninguém em concreto. Se servir a carapuça, lamento mas é pura coincidência. Ou então, há necessidade de corrigir. para corrigirmos vamos sempre a tempo.

Primeiro há que estabelecer uma "CARTA DE PRINCIPIOS" vigente.

Porém, não há soluções mágicas. Como diz o filósofo: "O caminho faz-se caminhando".

Mas há caminhos que, manda o bom senso e a inteligência, não devem ser percorridos.

Desde logo, existem becos que não podem ser frequentados, são eles:
- dos cargos vitalícios (limitação dos vcargos por oito anos - Principio da Oxigenação da modalidade).
- do amiguismo militante
(a amizade é muito bonita, mas não tem aqui o seu campo de aplicação).
- do compadrio (embora pareça igual ao anterior não é. É bem pior)
- dos silêncios
(o silêncio é o resultado do bater do coração de uma modalidade pré-morta).
- dos que permanecem nos cargos sem capacidade
(quem está deve mostrar serviço. Trabalhar.Trabalhar. Trabalhar em prol da modalidade.Não consegue ou não se vê o que faz, deve sair e deixar a vaga).
- do vale tudo (os regulamentos são para todos os dirigentes, que têm obrigação ética e moral de serem os primeiros a cumpri-los, religiosamente)
- dos interesses particulares contra a modalidade
(quando há conflitos de interesses devem prevalecer os da modalidade. Quem avalia? É fácil, quem tem capacidade e legitimidade para isso, devem surgir grupos de reflexão dentro das estruturas da federação).
- dos lobis exteriores à modalidade
(os lobis são uma forma legitimada de agir numa sociedade democrática, desde que devidamente constituidos, mas devem saber conviver com as regras da democracia).
- dos dirigentes corruptos e sem escrupulos
(é-se dirigente associativo ou federativo porque se é competente, capaz e sério. Não pode ser o contrário).

Estes becos ainda são muito frequentes na nossa modalidade. Há que os fechar, definitivamente.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Formação de treinadores- Antecipação dos europeus

Não vou aqui discutir, criticar ou expor a minha opinião sobre as capacidades dos treinadores de patinagem que para mim, não evoluem mais porque não existem acções de formação. Nem quem (pessoas com cargos) até à data se afirme pela positiva no sentido os orientar tecnicamente.

Não vou discutir aqui o que as Associações e a Federação não fazem em prol do desenvolvimento da modalidade e na formação e ensino dos técnicos de patinagem artística. Não digo zero, diria menos do que zero.

Não vou sequer dizer que os técnicos portugueses estão sozinhos. Sozinhos há muitos anos. E segundo parece o grupo técnico nada veio trazer de novo.
Este ano muitos dos técnicos já leram o novo regulamento técnico.
E chegaram à conclusão que existem danças esta época que nem sequer vêm no velho regulamento da patinagenm artistica. Muitos deles têm que pedir o favor a outros para lhe ensinarem as danças, porque quem de direito nada faz.

Não vou reafirmar aqui que Portugal é uma Nação da Europa e que a Federação de Patinagem alegadamente filiada em organismos europeus, e que em relação à patinagem artística trata-a como uma filha bastarda. Porque bastardos se assumem os que têm responsabilidades.

Nem sequer vou dizer que, de acordo com o artº 1.º do velho regulamento da patinagem artística, as alterações vindas dos organismos internacional têm aplicação imediata em Portugal.

Isto significa apenas que, este ano mais uma vez não há curso para treinadores no activo e já vamos em Fevereiro em Julho é o último Europeu (juniores e Seniores), faltando apenas CINCO MESES, para acabar uma parte importante da época. É verdade este ano os Europeus anteciparam-se no calendário mais de dois meses.
Por cá tudo na mesma, ou seja nada se passa.

Pior é quase impossível.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Taça de Portugal- reflexões

Relativamente à Taça de Portugal e à forma como ela se realiza, penso que se deveria melhorar.
O modelo competitivo por equipas é bom, tem diversas vantagens e estimula o espírito de clube.
Esta modalidade tem uma marca forte de individualismo e, por isso, a pontuação por equipas estimula a vertente colectiva.
Mas isso não chega, há necessidade de abrir a outras vertentes. Desde logo à formação.
Em Portugal não se trabalha a formação, nem se dá valor a quem está a iniciar um percurso desportivo.
Entendo que deveria haver duas Taças de Portugal, dois tipos de provas. Uma prova para os escalões de formação iniciados/cadetes/juvenis. E outra para os escalões maiores Juniores e Seniores.
Assim os clubes que apostassem na formação teriam um "fead-back" imediato do trabalho que estavam a realizar e uma moralização de todos.
Enquanto os consagrados teriam, como agora, a sua confirmação, ou não.
E com esta pequena mudança abríamos a um maior número de equipas que participavam com objectivos completamente diferentes.
Quem ganhava era, seguramente, a modalidade.
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