terça-feira, maio 03, 2005

Entrevista Tania Romano- Campeã - 3.ª Parte

Diz-nos qual o patinador masculino mais perfecto?
Saltos: Luca D. Alisera e Luca Lallai
Piões: Luca D. Alisera
Passos: Joshua Rhoads
Interpretação, estilo: Luca D. Alisera
Velocidade: Luca D. Alisera
Qual o patinador que gostas de estar durante as competições?
Eu dou-me bem com todos. Mas estou nervosa, e todos estamos, nos divertimos muito durante as competições.
Agora estás a trabalhar (na parte de coreografia) com Sandro Guerra. Quem te fazia as coreografias antes?
Anteriormente trabalhava com uma rapariga, uma amiga minha, que ensinava ginástica artística e que nada tinha a ver com a patinagem. E trabalhávamos juntas.
Que tipo de música gostas?
Geralmente escuto de tudo. Gosto muito de música italiana, como Eros Ramazzoti, Zucchero. E muita outra. Não ouço um tipo em particular.
Quem te desenha os vestidos?Roberta Pergola.
Lorenzo Castellarin, é um compositor de música, fez-te a seguinte pergunta: o teu porte hembra muito as baliularinas da dança clássica. Até que ponto os movimentos se converteram como uma parte tua (do teu corpo) enquanto patinadora e até que ponto são estudados e calculados?
Primero quero dizer que me agrada muito que me diga que me pareço com as bailarinas da dança clássica, porque para mim é muito importante. Eu pretendia fazer um curso de dança. Mas nunca o fiz, somente frequentei, alguns meses, com um coreógrafo quando era pequena. Tenho que dizer que me divirto muito a fazer as coreografias. Por exemplo, agora que trabalho com Sandro, sinto que gosto, que me vem naturalmente, mover-me com a música, coordenar os movimentos com a música. No entanto, custa-me muito, tenho que dizer.
Houve um tempo em que era frequente ver-te falhar nas competições. O que passou, que a partir de um determinado momento, todo começou a correr bem. Qual é o segredo?
Eu passei anos muito maus nesse sentido. Fazia os teinos, também os treinos oficiais dos campeonatos, e tudo corria bem. Inclusivamente melhor do que por vezes sabia.
Depois entrava na prova e convertia-me numa outra pessoa. Não me sentia a mesma. Mas, quando se falha uma vez e uma segunda vez. Depois cada ano falhas os campeonatos mais importantes, entras numa espiral que não sabes sair e em que tudo é negativo.
As pessoas dizem-te: “se eras a melhor, mas falhas sempre.. “.
É uma coisa tão negativa que daí é difícil sair. E eu sofria, porque não era uma situação fácil.
Nesse momento eu disse para mim: ou deixo tudo, porque eu estava mal, se posso falhar. E continuo falhando, não é agora não falhe. Mas entrar em competição e falhar tudo, em todos os campeonatos, é diferente. Por isso eu disse ou mudo ou desisto. E para mudar tinha que ser a forma de treinar. A forma de enfrentar os treinos. Desde pequena fazia um pouco os treinos como queria. E a mudança esteve em mim. Fui eu que mudei. Desde pequena que era um pouco caprichosa: se as coisas não me saíam bem, saía do ringue.
Mas chegou o momento em que mudei, não voltei nunca mais a parar nos treinos. Comecei a fazer muitos saltos e muitos esquemas (a passar muitas vezes). E isto me ajudou muito porque dá muita segurança. Chegas a um campeonato e sabes que durante os dois meses anteriores fizeste, em cada dia, 6 esquemas, os quais fizeste 4 deles tudo bem. E isto te dá segurança e tranquilidade, assim que tens os nervos normais da competição, mas consegues controlar melhor as emoções e estás mais consciente de tuas possibilidades.
Há muito trabalho por detrás.
É um questão de treino: Mas, certamente, te muda também alguma coisa na cabeça.
Fiz também técnicas para me controlar. E trabalhei alguns meses com uma psicóloga desportiva que me ensinou a técnica para imaginar o campeonato, todos os esquemas, os saltos, as pessoas e pude imaginar-me o que será e assim posso controlar a situação.
Tudo isto, o treino, o controlo pessoal, levaram-me a melhorar
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