segunda-feira, abril 11, 2005

Histórias de outros séculos

Pensava que estava a assistir a um "re-make", mas não. Era verdade! Estava a acontecer...

Sim, infelizmente era verdade!

Eu passo a explicar:

Há muitos, muitos anos (os mais velhos lembrar-se-ão) havia um grupo de juízes, uns senhores muito, muito velhinhos (provavelmente já não habitam a terra dos vivos).
Nesse tempo, quando se sabia que eles estavam convocados para ajuizar todos ficavam na expectativa…

Durante as provas os patinadores mais novos divertiam-se muito (talvez porque, apenas praticavam a modalidade quando lhes apetecia, do tipo: uma vez por mês, e por isso, não lhes punha em causa o esforço diário do treino).

A razão para tanto divertimento era simples: os vetustos senhores, na altura, não conseguiam distinguir qual o salto que o patinador fazia, se era o toe-loop ou o flip.

Quando as notas saíam era uma risada geral.

Esta história vem a propósito de uma outra . Mais recente, aliás muito mais recente. No último fim-de-semana.
Em pleno século XXI (será verdade? Já mudamos de século?), durante uma prova assisti ao seguinte:
um juíz deu uma nota de “2.0” e outro “4.9”.
Ou seja :
Para o juiz que deu “2.0”: a prova era pobre, a cair quase para o muito pobre
[1.0 a 1.9 Muito pobre- 2.0 a 2.9 Pobre]

Para o juiz que deu “4.9”: a prova era média menos, quase média [4.0 a 4.9 Médio menos- 5.0 a 5.9 Médio]

Em Abril de 2005, alguém se importa (alguém com responsabilidades, obviamente)?
E o atleta? acredita no primeiro ou no segundo?

Afinal, o que se evoluiu na patinagem?

Será que apenas mudaram os avozinhos?

1 Comments:

Blogger patinador said...

Infelizmente erros deste tipo acontecem com muita frequência.

Fora as vezes em que estão no limite.

Deveria ser obrigatório constar no relatório do juiz-árbitro a justificação dessas notas. Ou seja, sempre que houvesse diferenças superiores a dois pontos, os juízes responsáveis pela diferença deveriam justificar por escrito a nota dada, ficando esse documento de justificação anexado ao relatório do juiz-árbitro.
Muito provavelmente, um deles não conseguiriam justificar o injustificável, ou seja a diferença que lhe tinha “apetecido” dar.
Assim, os juízes começariam a pensar duas vezes antes de errar.

É necessário dar credibilidade à modalidade. Passará também pelos juízes.

Mas pergunto, quem está à frente do Conselho Nacional tem credibilidade para dar um rumo aos juízes? Tem um calculador (ou juiz estagiário?) capacidade ao nível do conhecimento e credibilidade para instituir regras de conduta éticas e técnicas aos Juízes?

11:59 da manhã WEST  

Enviar um comentário

<< Home

Free Hit Counters
Free Counter