TAÇA OU CAMPEONATO?

Li um espetacular comentário. Dirijo os meus sinceros parabéns ao seu autor(a):

«TAÇA OU CAMPEONATO?

Ao ler este texto apercebi-me de como traduziu muito bem aquilo que senti quando assisti a esta prova pela primeira vez …e os outros que ficam em segundo e terceiro lugar? Lembro muito bem do olhar e da expressão que vi no rosto de muitos atletas. Algum desalento, aquela sensação de que nada faz perdurar e perpetuar no futuro a sua participação. A memória é um dom precioso mas que com o tempo se pode perder, daí que se encontraram formas de a perpetuar. As grandes civilizações deixaram marcas físicas, majestosas. Não esqueceremos as civilizações Egípcia nem a Grega ou Romana mesmo que milenares e nas quais nenhum de nós viveu…mas conhecemo-las. E como? Pelas provas físicas, pela escrita, pela pintura, pelas obras de arte, pelos edifícios majestosos. Até os povos pré-históricos deixaram marcas do seu tempo… Como podem os atletas falar da sua história de vida para além do seu tempo. Como podem mostrar no seu espólio pessoal a sua passagem por esta Taça? As taças ficam para os clubes, os atletas a quem sempre se alude, como os principais actores desta “façanha”, resta o esforço dos clubes de, esses sim perpetuar a memória, quando os premeiam com faixas para materializar os seus palmarés.
Transformar a Taça em Campeonato parece-me imperioso. Premiar os outros lugares do podium, é indiscutível e, mais uma vez, fazer à semelhança do que se faz por todo o mundo (diga-se Campeonato da Europa e do Mundo), premiar os atletas. Ou então existe alguma incoerência quando se afirma, convicto do que se está a dizer, que os atletas são uns dos principais actores e, depois não há nada que premeie, ou perpétue, para além da memória, o seu esforço.»

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Notável...
Aproveito para fazer uma confidência:
É a memória que me faz lutar.
Essa memória de patinador.
Luto por aqueles que, sem força, partiram.
Luto por, ainda, acreditar.
Não é para todos, poucos ficaram.
Sem forças,ainda, luto pela memória do patinador.