Penalizações
Pois muito bem. Parabéns pelo tema.
Comentário:
É óbvio que existem regras. Objectivamente, quando não são cumpridas devem ter resultados, ou seja, deve haver penalização pela sua violação.
Mas relativamente à aplicação das penalizações, sou, uma vez mais, critico.
Porquê?
Porque sou da opinião (embora reconheça que necessito de ruminar mais este assunto - e espero que esta discução me ajude) de que se houver penalização o treinador deveria saber da existência e da causa dessa penalização.
Haverá certamente quem se julgue que sabe tudo. Esta minha opinião é para o comum dos mortais, ou seja dos que, como eu, humildemente reconhecem que não sabem tudo. E do pouco que sei, ainda assim, cometo erros de analise e de procedimentos.
Vamos discutir este assunto?
Diga lá, por favor, então... erros dispensáveis? Quais?
Do programa original? Retiram de o1.0 a 1 ponto? Como valoram isso?
16 Comments:
Olá.
Sou Juiz. Já dei uns treinitos mas não sou treinador. Já fui atleta.
Sempre me procurei informar, mesmo enquanto atleta, do que poderia ou não fazer. Também porque gosto de controlar o meu trabalho e sou bastante independente.
Sempre sugeri que existissem reuniões entre treinadores e juizes, sempre defendi uma articulação.
Sempre fui a favor de reciclagens constantes, coisa que não acontece porque alguém não permite realizá-las.
Verifico também que muitas das penalizações são atribuidas a atletas provenientes de treinadores que também são juizes.
A pergunta é: se o sabem, porque mantém a mesma postura?
Por outro lado, sempre que pude comparecer em reuniões de juizes (distritais ou nacionais) verifiquei que as pessoas não sabem separar os seus papéis pois estão convocados para uma reunião de juizes e acabam por fazer comentários do ponto de vista do treinador. Culmina com ataques, muitas das vezes pessoais, que penso não contribuirem em nada para a evolução do desporto, nomeadamente da patinagem.
Defendo a partilha, mas que seja racional.
Não percebi esta:
"fui a favor de reciclagens constantes, coisa que não acontece porque alguém não permite realizá-las"
Quem não permite?
O facto de treinadores acumularem as funções de juizes e de não existir acções de actualização, poderá explicar alguma coisa.
Mas e as penalizações? Nem uma palavra?
As reciclagens têm que ser autorizadas pelas instituições de nível mais elevado.
Penalizações: quais kerem saber? são várias...e de diferentes tipos.
Para isso é necessário ler o regulamento quase todo.
Penalizações no curto em relação à nota inicialmente prevista:
-0.3 por queda na B
-0.1 por mão no chão na B
-elemento adicional 0.5 na B
-elemento não tentado 0.5 na A
às vezes a penalização acumulada é tão grande que nao se podendo dar mais que 1.0 de diferença entre as notas A e B, quem fica a dever a nota é o próprio atleta.
Exemplo:
3 quedas + patinagem pobre + uma mão no chão =
a diferença de 0.4 entre A e B(exemplo com prejuízo para a nota B) pela patinagem pobre
3 quedas = 0.9
uma mão no chão = 0.1
Dedução final: 0.3 X 3 + 0.4 + 0.1 = 1.4
Diferença final: 1.0 pq é a máxima permitida pelo regulamento.
Penalizações em F.O. (reclamei mas estou p aqui a escrever tudo)...
0.5 ou 1.0 de penalização por pé no chão se for na figura secundária ou principal, respectivamente, por cada em relação à nota dada pela prestação.
1.0 por cada vez que se executa uma figura não requisitada, sendo que da primeira vez o J. Árbitro deve deixar recomeçar a figura correcta sem prejuízo para o atleta.
Se o mesmo erro ocorrer já não há segundo aviso.
A meu ver as penalizações (suas aplicações) são de 2 tipos:
- as regulamentadas;
- as que, de uma forma intrínseca (mas sempre baseadas num regulamento e fundamentadas), ficam a cargo de cada juíz. Esta última terá a ver com a sensibilidade; o conhecimento; o grau de sentido de justiça...até com a própria vivência do indivíduo que observa e avalia. E SOBRETUDO ( para mim o mais importante ), com o que o indivíduo ( juíz) anseia para o futuro do objecto de observação.
1-vou falar das 1ªas pois está visto que as 2ªs seriam um outro tema e bem mais extenso.
E quanto às 1ªas, estas subdividem-se em 2:
1.1- as desnecessárias:
As que, embora estando bem explícitas no regulamento da CIPA; CEPA ou o do próprio país, não são cumpridas aquando da apresentação de um atleta a uma prova. ( nº de elevações; nº de separações; prosseguimentos; tempo de música etc...)
Também nesta se enquadram as falhas desnecessárias que originam subsequentes penalizações tão somente baseadas na avidez de ganhar pontualmente uma competição ( execução de elementos com um grau de sucesso bastante baixo e que mesmo assim são incluídas numa prova nacional)
1.2- as que fazem parte do jogo do imprevisto:
As quedas ou falhas em elementos que embora o atleta domine, por alguma infelicidade ou factores psicológicos, não consiga obter o sucesso desejado.
A meu ver, as desnecessárias deveriam ser as 1ªs a serem abolidas, pois como a palavra indica ( no meu ponto de vista) são dispensadas. E acreditem que quando acontecem, por mais que pensem o contrário, o Juíz sente pelo atleta. Era escusado, e por vezes perde-se assim um campeonato, como já assisti.
Todas as outras como já afirmei fazem parte do jogo. Mas se retirarmos as 1ªs...então teremos um jogo limpo onde ganha na realidade o melhor.
O melhor preparado fisica, técnica e psicologicamente.
Seria bonito ver um campeonato assim.
Peço desculpa se não me fiz entender mas é na verdade um tema interessante e expô-lo tão rapidamente é no mínimo complicado.
Acreditem que neste último campeonato de cadetes as penalizações desnecessárias empobreceram bastante este desporto.
Obrigado por permitires este meu tema como mote principal.
Assina: Um Juiz e Treinador.
Percebi que as penalizações desnecessárias são aquelas que mais valia não serem dadas porque são originadas por desconhecimento, certo?
Se for isso concordo.
de uma forma assertiva, sim.
Só desejo uma coisa para a patinagem:
Podermos discutir - TODOS- e desta forma, este e muitos outros aspectos da modalidade.
O resto...não interessa (pelo menos a mim).
Quem já teve a oportunidade de privar com os melhores do mundo da modalidade, e falo de juizes; de treinadores e de atletas, sabe como é possível "O resto não interessar".
E em Portugal IMENSOS já tiveram e têm essa oportunidade.
Basta tão somente discutir.
Podíamos começar assim.
Agradeço ao nosso amigo que escreve isto: "E SOBRETUDO (para mim o mais importante), com o que o indivíduo ( juíz) anseia para o futuro do objecto de observação". Geralmente, para este amigo, o futuro é atacar o trabalho de certos treinadores, mesmo que para isso prejudique o esforço dos atletas.
este juiz o que "ANSEIA PARA O FUTURO DO OBJECTO DE OBSERVAÇÃO" é por demais evidente: é dizer ao objecto de observação -o atleta- o teu treinador não vale nada, eu é que sei. Por isso é que chama a todos ignorantes.
penso que quando se escreveu " Objecto de observação" se dirigia à patinagem artística em geral e o seu futuro.
Não entendo essa sua reacção.
é mesmo uma questão de português...
O "objecto" é uma coisa. de "observação" é porque está a ser observada. logo, o "objecto de observação" (por parte do juiz só pode ser mesmo): o atleta.
elementar meu caro!
às vezes as nossas dificuldades mais se assemelham ao azeite (vem sempre acima).
o problema é quando falamos de cima da burra, a única diferença parece ser de perspectiva...
no fundo (bem lá no fundo) somos todos iguais. às vezes os ângulos é que são diferentes. depois alguns de nós sofre de míopia.
mas pior, pior é o cego que não quer ver...
por isso não entende reacções, no fundo não quer entender os outros ângulos de visão só porque está alapado no animal.
é. é mesmo uma questão de português que não compreendeu, mesmo tendo-lhe sido explicada.
"de cima da burra"...;))))
há pessoas que querem falar mas nada dizem de útil, não é májó???????????????
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