sexta-feira, julho 08, 2005

Made by Filipe- Solo Dance

Cá vai um outro comentário magnífico. Tiro o meu chapéu a este senhor:

«A APP fez bem quando permitiu que os atletas de dança participassem no distrital de solo dance.
Eu sou da opinião que deviam inclusivamente poder participar nos nacionais, embora compreenda a posição de quem nunca fez dança, daqueles que já deixaram de o fazer ou daqueles que nunca fizeram nada e que agora se dedicam à solo dance, já que é uma especialidade como as outras.
Acho que aumentava e muito a qualidade dos campeonatos e permitia mais uma prova a esses atletas. Uma ideia...fazerem duas provas, uma aberta a todos e outra nos moldes actuais.
Em relação à opinião do benefício ou não da realização dos diagramas individualmente e depois em par, deixo uma sugestão...ia dizer para observar um par durante um certo período de tempo e que fizessem solo dance e ver as diferenças mas isso já não é possível...então basta perguntar aos atletas de dança a sua opinião, se eles sentem que fazendo solo dance melhoram ou não tecnicamente. E mesmo ao nível da forma como estão dentro do ringue.
Mas basta saber um pouco de dança ou então ter treinado um pouco que seja pares dança ou ter visto alguns treinos de dança para saber que um par não treina sempre em conjunto e melhora imenso se tanto o rapaz como a rapariga treinarem, e muito, separadamente.
Nenhum par aprende as danças obrigatórias por exemplo logo em par. Há todo um trabalho antes. Tanto individualmente como a nível das posições e técnica base. É fundamental.

Mas como isso já faz parte do passado agora é olhar em frente...cada um na sua especialidade...e trabalhar para a frente...
»

Se me autorizares, meu amigo, apenas digo o seguinte:
Concordo contigo. Em absoluto. Permitia-me apenas acrescentar que a dança em Portugal evoluiu muito quando foi introduzido o solo dance. A partir daí as coisas foram diferentes. Para melhor. Pois, vieram os títulos. Falo, naturalmente, em termos pessoais.

Uma outra opinião da qual peço licença para discordar. Discordo em absoluto deste colega anónimo:
«Concordo que a solo dance seja importante para O atleta que faz par, mas se tivermos em conta que há factores importantes a serem treinados num par, encarando-o como um só elemento, tipo: posições, troca de posições, forças, eixos, etc...não podemos afirmar claramente que a solo dance é ESSENCIAL para o par.
pode-o ser para O atleta, mas não para o par.
Por isso é que existe solo dance a pares de dança.
esperemos é que a solo dance tenha a importância suficiente na CEPA e CIPA para que, quem neste momento em portugal tanto aposta na solo dance ( e há muita gente a apostar ), tenha um futuro melhor do que o que tem hoje.E parece-me que é uma realidade.e não preciso estar na fpp, cepa ou cipa para afirmar o que acabei de afirmar»

Razão da minha discordância:
Ponto número um: o solo dance é mais uma especialidade que abre oportunidades a quem gosta da patinagem. Quem realmente gosta de patinar pode ficar até aos 80 anos porque agora há várias vias. Esta (solo dance) é mais uma via, não um refugo. Como o são os quartetos, o show (small e large) e a precisão.
Ponto número dois: o solo dance é essencial para o par, entre outras coisas, permite alcançar o equilibrio dos dois em termos técnicos. Aliás, para mim, esses desiquilibrios eram uns dos aspectos que atrasavam, a dança em Portugal. Depois os outros aspectos (posições, troca de posições, forças, eixos, etc...) surgem com uma naturalidade impressionante.
Quem dá treino sabe disso e o Filipe dá treino e por isso tem essa sensibilidade (leiam atentamente as suas palavras: está tudo lá).
Se o Filipe tivesse ficado apenas como juiz, muito provavelmente o seu sentido da patinagem (dança, neste caso) não estava tão apurado como agora manifesta.
Ponto número três: a teoria é uma coisa diferente da prática.
Por isso é necessário dar voz aos atletas de dança e aos seus treinadores. Já tivemos pódios europeus e mundiais. Vamos aprender com quem tem o “know-how”. Os teóricos devem aprender com os práticos que também tiveram que teorizar para evoluir.
Ponto número quatro: o solo dance só será uma aposta certa se a qualidade da nossa gente aumentar. Só aumentará a qualidade se houver competição. Os patinadores de dança têm a vantagem de ter mais horas de treino, mas com o andamento e evolução desta especilidade (solo dance) vai-se notar cada vez menos. Os campeonatos de solo dance sem os atletas da dança ficam mais pobres e com uma qualidade menor. O Povo já diz:«A necessidade aguça o engenho». Os atletas que só fazem solo dance têm que trabalhar mais para chegar ao nível dos outros. Vamos fazer um esforço para nivelar por cima.

Já disse e repito: deve-se criar grupos autónomos de trabalho. O pessoal da dança, que vive e respira dança, deve trabalhar separado com dos que fazem livres e obrigatórias.Assim também os pares artisticos (se existisse em Portugal, sobre isto brevemente vou escrever um post)
Como em Itália.
Há vivências diferentes. Ritmos e objectivos diferentes. A especialização e o espírito de cada disciplina devem seguir caminhos diferentes. Vamos aprender com os melhores. Quem ganha é, seguramente, a patinagem portuguesa.
Sejamos humildes!

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

eu concordo com o filipe, pois se os atletas de dança também podessem competir em solodance a competição seria maior e obrigaria os atletas que não fizessem dança a esforçarem-se mais para serem melhores e isso iria evoluir a modalidade...

2:19 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

além disso os atletas de dança também poderiam melhorar a sua patinagem e técnica...

2:19 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

eu concordo com a opinião do patinador. deveria haver um grupo de técnicos da fpp que só trabalhassem na dança. outro nas livres
por exemplo: comissão técnica para a dança: filipe/rui/pepi/helena/....
outra comissão para as livres e obrigatórias:
fernando/pedro/ana rute/...
outra comissão para pares artisticos: de momento não tenho nenhum nome.
outra para o show e precisão: pepi/.../...
e o corpo que lá está coordenava o trabalho das diferentes comissões.

entre essas comissões deveria haver uma competição saudável: em cada ano tentavam classificar melhor os atletas.
é só uma opinião.

4:19 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

pares artíticos: maria joão gomes, sem dúvida!!

5:21 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Este texto não é de minha autoria (também não interessa) mas pode servir como reflexão para todos que andamos neste mundo (patinagem...)...

Como é possivel as pessoas poderem ter algo

que todos ambicionamos mas que poucos conseguem

e deixam passar a oportunidade.

Sei que as feridas do passado

nos tornam reciosos para o futuro...

mas entristece-me ver que as pessoas preferem esconder-se

num recanto escuro das suas vidas,

a arriscarem de peito aberto sentimentos que nos fazem viver.

Dizem que a vida nao se mede pelo número de vezes que respiramos

mas pelos momentos em que ficamos sem fôlego.

Será mesmo verdade???

Porque preferem então as pessoas apenas respirar... ???

sobreviver... ???

Parte-me o coracao ver as pessoas deitarem fora

oportunidades de serem felizes...

simplesmente porque tem medo...

Infelizmente as pessoas vivem assim

e perdem partes importantes da vida...

muitas vezes toda a vida...

e por vezes quando nos apercebemos

é tarde demais...

...

Espero que para certas pessoas assim não o seja...

Filipe

11:37 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Comunicado federação italiana...

Há mais quem não saiba...

Em Itália ainda não se sabe quem vem à taça da europa em solo dance...
Há um regulamento da CEPA na especialidade de solo dance que diz que na copa da europa nao podem participar atletas que participem nos campeonatos europeus de cadetes, juvenis, juniores e seniores e mundiais de juniores e seniores em dança...

Logo como ainda não sairam as convocatórias de dança em Itália ainda não sabem quem vai a quê...

Podem ver em:
http://62.149.196.122/fihp/artistico/comunicati/2005/CU242005.DOC

Filipe

11:57 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já há informação sobre os JOGOS MUNDIAIS no site da federação...em selecções nacionais.

http://patinagem-artistica.fpp.pt/seleccoes/

Filipe

12:05 da manhã WEST  
Anonymous Anónimo said...

Muito bem. Pelos vistos e pelas suas palavaras, parafraseando-o "Discordo em absoluto deste colega anónimo"...
Não vou reforçar o que já disse, dado estar legível e em português. E não ser o local sequer para seriamente discutir-se pontos de vista.
No entanto se me permite vou perguntar-lhe onde discorda afinal, pois discordar de algo, e em ABSOLUTO, é uma atitude de pleno direito, mas só válida SE justificada.
Assim sendo:

EU inicio com: " concordo com o que foi dito acima.”.
logo se discorda em ABSOLUTO. Discordará tb com o que foi dito em cima.
- O seu ponto número 1 – não vai de todo contra o que penso, pois nem disso falo sequer. E permita-me informá-lo que concordo consigo:)

- O seu ponto nº 2: e parafaseando-o novamente ( e só assim é que as coisas deverão ser analisadas correctamente)
“alcançar o equilibrio dos dois...” – afinal concorda comigo que para alcançar o equilíbrio dos 2 é necessário e aí sim ESSENCIAL o trabalho em conjunto, pensando como um só elemento. Facto que afirmei. E os métodos e técnicas utilizados passam como disse e muito bem o filipe pela prática de diagramas e passos individualmente. Mas alto...Estou a lembrar-me de um Imperial tango ( entre outros)...por exemplo.
.

- O seu ponto nº 3: desculpe discordar (mas não em absoluto ) quando penso que está a ver as coisas fraccionadas.
Para chegarmos à teoria é fundamental haver observação. É um facto e contra ele não se pode fazer nada.
Ou seja, a teoria nasce da observação de um facto ( da hipótese), de forma exaustiva, para chegar a um padrão de acontecimentos originando então uma teoria. Certo?
A questão é que FELIZMENTE ( para todos nós ) em patinagem artística a teoria básica JÁ EXISTE! E ao alcance de todos, como de resto está demostrado em alguns comentários neste seu blogg.
RESUMINDO: a teoria nasce da observação e através dela chega-se à prática.
Está portanto errado quando diz que, e parafraseando-o, “ a teoria é uma coisa diferente da prática “. Temos de ter cuidado aqui.

- O seu ponto nº 4: Além de não discordar comigo ( e em ABSOLUTO como o afirmou), eu vou mais longe...e parafraseando-ME: “...esperemos é que a solo dance tenha a importância suficiente na CEPA e CIPA para que, quem neste momento em portugal tanto aposta na solo dance ( e há muita gente a apostar ), tenha um futuro melhor do que o que tem hoje...”
O meu cuidado é ainda mais vasto do que aquele que acabou por defender.

Mantenho a mesma pergunta:

Afinal onde discorda comigo?

Tenha atenção que se é quem penso, considero-o bastante válido, portanto não conseguindo validar uma sua afirmação tão peremptória, questiono-me sobre a imparcialidade da sua discordância.
Afinal eu simplesmente disse que a solo dance ( COMPETIÇÃO... pois era do que falávamos ) não é ESSENCIAL para a formação de um bom par.
E rapidamente aponto-lhe, de entre outras, 2 razões que pensava (e penso) estarem também no seu espírito:
Como sabe, quem determina o escalão do par é o elemento mais velho, portanto poderemos ter em juniores um par formado por uma atleta juvenil e um atleta junior....as danças são diferentes. Logo ao fazermos competir em solo dance os elementos deste par estaremos a utilizar tempo ESSENCIAL (em danças distintas), para que o par evolua para um nível de alta competição. E não esquecendo o mais importante: sujeitar a mais duas provas um atleta que se quer par e não um solo-dancer. Temos que pensar no que queremos verdadeiramente e evoluir nesse sentido.


E como o filipe disse e concordo em ABSOLUTO, como o sr concorda: Há é que criar mais provas. Quer de dança, quer de solo dance.

Temos vários exemplos nos melhores países da modalidade. Basta ter um modem e um computador e usá-los Correctamente.
Acho que depois disto, fica demonstrado que qualquer opinião aqui expressa poderá ser analisada de uma forma Totalmente contrária à inicial, sendo portanto um desgaste de tempo e dinheiro estar a publicá-las.

e termino parafraseando-o:

" À mulher de césar não basta ser séria, é necessário parecer".

Ass: um, felizmente, anónimo. Pois a isso este blogg OBRIGA.

9:33 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Embora em resposta, por mais que seja uma mera sua opinião e ponto de vista, escrevi estas palavras para justificar, isso sim, o porquê de ter sido um anónimo neste blogg.
E ainda bem que o fui.

Boa sorte para o Blogg.

9:54 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Podem ver as fotos do campeonato de Espanha de pares artísticos e de dança em:

http://www.fep.es/fotoalb/search.asp?mod=16

Cliquem em...Lista de Patinadores o Campeonatos...e depois é só escolher a prova (de 2002 para cá...).

Filipe

11:57 da manhã WEST  
Anonymous Anónimo said...

Há um tema que achava muito interessante "discutir"...

Figuras Obrigatórias e a importância das mesmas para os atletas e para as selecções.

Há anos que se ouve falar no fim das figuras obrigatórias...e no entanto esse dia ainda não chegou e parece que tão cedo não chegará...
Não há dúvidas que as FO são importantes (para os mais cépticos justifica-se que é mais uma prova para os atletas e a única para os que não conseguem evoluir em livres...ou mesmo evoluindo ainda não conseguem chegar aos lugares cimeiros) e que contribuem para um melhor domínio dos patins e para uma melhor postura...blá blá blá...os nossos atletas (alguns deles por gosto outros por obrigação dos treinadores) continuam a apostar nesta especialidade. Alguns deles inclusivé só fazem FO ou então apostam mais em FO.

Mas será mesmo importante? será que não se devia dedicar essas horas à patinagem livre?
Digo isto porquê?
Não me lembro salvo raras excepções que um atleta tenha ido a um europeu ou mundial(penso que nunca) devido às FO.
Com que direito temos nós de dizer a um atleta para não desistir de FO quando fica em 1 ou em 2 e não vai a lado nenhum, mesmo que seja muito bom nessa especialidade?
Afinal os que desistiram de as fazer(ou dedicaram muito menos tempo) para se dedicarem a livres conseguiram evoluir e atingiram o objectivo de uma competição internacional.

Como sei que as opiniões são muito contraditórias gostava que os muitos que visitam este blog dessem a sua opinião sobre este tema.
Os atletas que dedicam horas e horas a FO agradecem...

É bom não esquecer que quase todos os títulos que os atletas individuais nacionais conseguiram a nivel europeu e mundial foi à custa de boas FO...

Filipe

12:48 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

E cada vez mais as grandes potências da patinagem apostam em pelo menos 1 atleta especialista em FO para ganhar e depois para os outros serve de complemento para o combinado...

Filipe

12:50 da tarde WEST  
Blogger patinador said...

Não me leve a mal amigo anónimo, mas eu até tinha consideração por si. No entanto, face às palavras por si escritas, não posso deixar de lhe dizer o seguinte:
Mais uma vez discordo em absoluto quanto aos seus métodos (talvez seja de sangue). Quanto às suas observações. E, se me permitir, usava a sua lógica anoréxica, para lhe confidenciar que a observação que faço de si tem-me posto a teorizar muito e.... realmente começo a obter algumas respostas...
Numa outra vertente diria:
Alguém, em tempos, comentou neste blog que havia uma pessoa que fala, fala e não diz nada. Ora cá está ele! Mais uma vez escreve, escreve e... nada! Deixe-me dizer-lhe em surdina que não basta escrever em português. Nem ser legível. É preciso mais, muito mais.

Inicialmente confesso que até tinha vontade de trocar algumas ideias consigo. Mas, não o posso fazer! Aliás, com o nível apresentado, recuso-me a fazer qualquer troca, muito menos de ideias.
Porquê? Aproxime-se. Vou-lhe dizer isto em tom de amigo: não gostei dos seus expedientes de retórica. Fracos e principalmente pouco sérios. No caso: não gostei da descontextualização das minhas frases. É, do meu ponto de vista, uma atitude de falta de honestidade intelectual.

Estamos, pois, separados. E muito! Separados a vários níveis... E ainda bem!

Separados também em relação a questões de princípio e de honestidade. E digo-lhe mais: questões como estas e mesmo trocas de pontos de vista são válidas em qualquer local, neste ou noutro qualquer.
Para ser Homem não escolho lugar.

1:37 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Nível apresentado....descontextualização...falta de honestidade intelectual...
....O que escrevi, (Embora não indo tão longe como foi quanto à desonestidade intelectual ) foi sem sombra de dúvida exactamente pelas mesmas razões que acabou de referir, e por ter ficado surpreso relativamente a si.

Diz-se separado em relação a questões de princípio e de honestidade... tb foram exactamente esses princípios que me levaram a escrever. embora não nos ache assim tão separados, acho que nos encontramos separados na forma como lutamos. isso sim. e o que tentou fazer, além da descontextualização das minhas palavras, (como já provei), foi uma coisa muito feia: levar ao rubro alguém, atacando gratuitamente e de imediato alguém que nem sequer o contrário tinha dito.
Métodos explícitos num excelente livro de alguns séculos atrás.
Quanto à honestidade, pelo menos de sentimentos: mantenho-me. e tudo escrevi sem necessitar de retirar a consideração que por si tenho que nunca foi alterada, nem mesmo com esta sua resposta.
Quanto à troca de pontos de vista. Tem razão, são válidos em qualquer lugar, mas num lugar onde o mediador seja perspicaz e suficientemente assertivo para UNIR, e não DIVIDIR.
Não gosto de Lutar desta forma. Nem sei fazê-lo. Recuso-me a tal.
Estaremos,portanto, assim tão separados como diz??
Esperemos que não.

2:39 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

separados ou juntos o que vejo é que ninguem se entende.
as pessoas não conseguem sair da sua mesquinhez.
às vezes pergunto-me se gostam mesmo de patinagem...

12:16 da tarde WEST  

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