terça-feira, junho 28, 2005

Os Técnicos dos Técnicos

Leu-se:
Informam-se todos os interessados, que foi aprovado na Reunião de Direcção de 24.05.05 a constituição de um corpo de técnicos para a Patinagem Artística, com a dupla vertente de formação de treinadores e juízes, assim como o treino e preparação de atletas.
O corpo de Técnicos será formado por Cristina Claro, Mário Lago e Susana Guerra, cujos primeiros trabalhos serão a produção de um manual de treinadores de 1º grau e de um DVD
.


Ao princípio dei-lhes o benefício da dúvida. Neste mesmo espaço, afirmei que a constituição deste corpo de técnicos era de salutar.

Também analisei que a dupla vertente (que afinal é quádrupla) pecava por ser demasiado generalista, pois deveria haver especializações de diferentes corpos de técnicos. Há a necessidade de começar a surgir técnicos especialistas numa especialidade.

De todo o modo e decorrido mais de um mês sobre a constituição do “corpo de técnicos” e de já se terem realizado, quatro provas nacionais, considero que existe uma coisa que deveria ter sido feita e que não o foi.

Daí que o benefício da dúvida começa a ficar com uma margem muito diminuída.
Pois, parece inexistir uma coisa que parece ser óbvia. Aliás, o próprio nome o indica: CORPO DE TÉCNICOS.

Entre os objectivos assinalados existe um que não necessita de estar escrito. Pois, até o mais desatento, até o mais distraido logo pensaria nele. O que é?
Cheguei a esta conclusão quando distraidamente perguntei a uma criança de doze anos o seguinte: “se fosses convidado para fazer parte de um grupo de técnicos nacionais, grupo este que deve preparar e dar treino a atletas dos outros técnicos, qual era a primeira coisa que fazias?”
Resposta pronta da criança: chamava os outros técnicos para lhes dizer o que pretendia fazer com os atletas deles.
Nada mais natural e óbvio, pensei eu. Andava mesmo distraído.
Perguntei-me: Qual a primeira acção deste “Corpo de técnicos”? Não, não foi convocar os técnicos.
Aliás, ninguém sabe, com rigor oficial, o que eles estão a fazer. Oficialmente, “os primeiros trabalhos” serão a produção de um manual de treinadores de 1.º grau e de um DVD.
Apenas sabe-se do que se vê. E o que se vê é que estão a fazer visionamentos. O que se vê, nos campeonatos, é que aquilo que a senhora seleccionadora fazia (visionava) agora é feito por cinco pessoas.
É óbvio que só estou a falar do que se vê.
Voltando ao “corpo”, digo que estou a começar a ficar desiludido. Esperava mais, confesso.
Eu era daqueles que tinha esperanças que este “corpo de técnicos” fosse a solução para que esses mesmos técnicos começassem a dar a volta a este marasmo da modalidade.
Não há partilha de informações, os técnicos continuam como estavam: sozinhos.

Dirão os mais acérrimos defensores: Deixem-nos trabalhar! Vamos aguardar!
Mas vamos aguardar o quê? Pergunto eu.
Neste tipo de funções (de técnicos), ninguém pode trabalhar com algo que não existe.
Pensemos neste caso concreto: se sou técnico nacional (e tenho as funções supra referidas) não vou poder ajudar a preparar os atletas se os técnicos deles (dos atletas) desconhecerem o que pretendo.
Estarei errado?

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

nas convocatórias para livres já falam dos técnicos dos atletas? Ou é como diz o outro: automaticamente?

12:28 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Continuo a achar que as perguntas deverão ser dirigidas às pessoas que melhor podem responder. Todas as outras respostas são meras especulações que originam mau-estar e perda de energias.
Em vez de:" ufa que calor; onde estão hospedados; o 6.9 que deveria ser um 7.0. ( mas ainda não vi ninguém comentar sobre o próprio atleta que o 7.0 deveria ser um 6.5...)etc", porque não interpelam as pessoas para coisas realmente importantes para a modalidade? E nessas conversas informais porque não deixarmos o nosso contributo válido?
Cada qual sabe no que há-de gastar palavras.

2:32 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

"as perguntas deverão ser dirigidas às pessoas que melhor podem responder"?
Quais pessoas?
"Pensemos neste caso concreto: se sou técnico nacional (e tenho as funções supra referidas) não vou poder ajudar a preparar os atletas se os técnicos deles (dos atletas) desconhecerem o que pretendo."
mas afinal o que resta no meio disto tudo?

5:42 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

Participação e diálogo.

9:16 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Participação e diálogo".
Eu acho muita graça esta gentinha. Quando andavam a pé estavam sempre a criticar os outros. Agora que falam de cima da burra acham que os outros é que devem participar.
Queira Deus que a burra não se desiquilibre...

4:35 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

- Trophée Michelle Lambert 2005 - Triplo Axel
- Jogos Mundiais 2005 - DUISBURG
- Campeonato Italiano de Figuras Obrigatórias 2005
- Troféu Internacional 8º Memorial G.FILIPPINI 2005
- Campeonato Italiano de Solo Dance
- e outros...

Vejam em:
http://www.patinar-prazer.blogspot.com/

10:30 da tarde WEST  
Anonymous Anónimo said...

a expressão: "em cima da burra", como a reconheço bem!;))))

12:03 da manhã WEST  
Anonymous Anónimo said...

para cima da burra é o que eles querem.
só mesmo um jumento os pode carregar...

11:41 da manhã WEST  

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