Patinador serei, patinador morrerei- parte I

Há uns tempos escrevi que a Federação e as Associações estão "blindadas". Estas instituições são geridas por amigos que passam a “pasta” quando alguém desiste. Se houver alguém que queira trabalhar em prol da modalidade não o pode fazer. Primeiro tem que entrar no sistema que está instalado.
Este fenómeno de “blindagem” não é exclusivo da Patinagem é mesmo do país. Esta blindagem institucional atrasa o nosso país. Isto tem séculos e faz escola em pleno século XXI.

Saibam os leitores que sempre me assumi contra este sistema montado para a Patinagem Artística.
Por isso, sou epidermicamente anti-sistema.Contra este. Não concordo com a forma como os dirigentes gerem a modalidade. Por isso, sou visto como sendo da oposição.

Nunca andei atrás de favores de ninguém. Confesso que não tenho jeito para beijar mãos. Sou um desastre para abanar a cabeça a dizer que sim, quando dentro dela penso que não.
Sempre pensei pela minha própria cabeça. Sou frontal. Não mando dizer as coisas por ninguém. Quando não concordo digo porquê. E não sou político (no sentido do sorrisinhos para todos à caça do voto). Por isso não falo com pessoas de que não gosto e que me prejudicaram, directa ou indirectamente.

Ora, este perfil é muito negativo para qualquer pessoa que possa um dia pretender ajudar a modalidade nesta federação.
Estas minhas características, penso que genéticas, fazem de mim uma ‘persona no grata’.

Reconheço: não tenho perfil para assumir qualquer cargo institucional dentro da patinagem.
Nem isso está nos meus horizontes mais próximos. O que faço é só pela patinagem, pela artística. É esta bela que me encanta...