segunda-feira, setembro 17, 2007

Incompatibilidade de funções de Treinador/Seleccionador

O presente blog é um espaço de reflexão, mas também de denúncia. Porque não dizê-lo...
Tenho acompanhado esta verdadeira novela que é a escolha dos atletas para a Taça.

Por essa razão, não posso deixar de registar, mais uma vez, a perfeita falta de idoneidade nos métodos de escolha dos atletas para esta Taça. Agora parece que "vale tudo menos arrancar olhos"...

Quando as coisas eram feitas às escuras (isto é, quando a CT nacional apenas fazia o que ficou escrito em comunicado, ou seja: fazer um livro, fazer um DVD e uniformizar técnicas) as coisas ainda davam para disfarçar (mal é certo).

Agora quando, publicamente, assumem (sem que alguém lhes tenha dado esses poderes) que são eles quem selecciona os mais jovens. As coisas naturalmente mudam de figura...
Ora, vejamos:
Para se poder ajuizar uma prova enquanto Juiz, com objectividade e isenção desejáveis, não se pode ser Treinador com atletas em prova. Este príncipio é óbvio...

Tal princípio justifica-se por questões relacionadas com os valores morais, dos bons costumes, da Verdade Desportiva e da Luta Contra a Corrupção no Desporto, etc. .
Mas este princípio, pelos vistos não é aplicável a quem selecciona ou que exerça funções algo semelhantes à de seleccionador.
Só mesmo em Portugal:
o treinador do clube (ou de dois clubes, não interessa) acumula funções na federação como seleccionador (ou algo semelhante) e escolhe os atletas do seu clube em detrimento dos campeões nacionais. É o quero posso e mando...

Tal como à mulher de César, não basta sê-lo é necessário parecê-lo!
Aqui aquele Princípio (em defesa dos valores morais, dos bons costumes, da Verdade Desportiva e da Luta Contra a Corrupção no Desporto) já não vale?


No caso de se cumular funções, pode o Treinador/Seleccionador ser objectivo?

Será ele (enquanto pessoa que selecciona) imparcial quando tem os seus atletas em jogo?
Tem ou não ele manifesto interesse na escolha (quando estão em causa os seus atletas, do seu clube)?

A resposta parece ser óbvia: não pode ser imparcial!! Como não o foram...aliás.

Até um cego vê que esse Seleccionador/Treinador tem um ENORME INTERESSE.
Tem manifestamente falta de idoneidade na escolha. Não será isto uma forma de corromper a Verdade Desportiva? O que mais estranho é isto acontecer e ninguém dizer nada...
Depois, ficam todos revoltados quando se diz que a federação tornou-se numa coutada de certos caçadores?
Há aqui claramente incompatibilidade de funções. Só não vê quem não quer... quem não tem vergonha do que se está a passar.
Voltamos a bater no fundo.
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