O olhar de Mário Lago sobre o Europeu em França

Como disse, enviei um conjunto de perguntas aos presentes neste Europeu em França.
Agora temos a perspectiva do Juiz internacional Mário Lago.
Muito Obrigado Mário Jorge! Um grande bem haja.
Aqui vai:
1- Como eram as instalações, o piso e a organização?
Mário- O piso em mosaico trouxe alguns problemas de adaptação que foram imediatamente resolvidos com a alteração do tipo de rodas – prática que vai sendo bastante banal hoje em dia.
A organização, tirando alguma confusão nas trocas de informação antes do evento, esteve bastante bem. Dormíamos a 150m do pavilhão, num hotel bastante agradável; as refeições desenrolavam-se sem qualquer tipo de demora e de uma forma bastante simpática. Na verdade penso que foi um dos campeonatos onde a simpatia e a atenção por parte de todos os elementos da organização mais se destacou. Eram em grande número e sempre prestáveis.
2- Quem está de fora fica com a sensação que a França está a fazer um grande investimento na patinagem artística. Isto é verdade? Qual a tua opinião sobre a forma e o caminho que os franceses estão a percorrer? Haverá algumas lições a tirar dos franceses?
Mário- Nota-se que os franceses têm evoluído sobretudo ao nível da operacionalidade federativa para com a patinagem artística. Existe neste momento uma maior aposta nos escalões de formação a par do que se está a fazer em Portugal.
Nota-se neste momento uma preocupação por parte da França em modificar uma imagem que se vinha a desgastar a vários níveis: fatos, programas, atitude de grupo assim como na disponibilidade comunicacional.
3- Este campeonato foi diferente do habitual porque houve países (por exemplo a Alemanha) que não participaram. O que se passou? Estamos perante uma guerrilha entre países ou entre um país e a CEPA?
Mário- A Alemanha não participou pois foi-lhe impossível alterar a data do campeonato Nacional (1ª semana de Agosto) dado ser a única altura em que todas as regiões se podem juntar para a sua realização. Não existe portanto algum mal-estar entre Alemanha e CEPA. Mesmo não tendo atletas em competição a Alemanha foi convidada a estar presente com um Juiz e assim aconteceu.
4- Os níveis técnico e o artístico apresentados no campeonato foram baixos/médios/altos? Que atleta ou par se destacou pela positiva? e pela negativa?
Mário- O nível deste campeonato foi médio.
Os atletas que mais se destacaram pela positiva foram sem dúvida a portuguesa Marta Ferreira e na dança o par debutante espanhol Ayelen Morales e Óscar Molins.
Pela negativa esteve a pouca percentagem de sucesso em prova por parte da grande maioria dos patinadores o que não ajudou nada à competitividade. Foi um campeonato muito pouco competitivo.
5- A selecção portuguesa esteve bem ? Ainda fomos penalizados?
Mário- A selecção portuguesa pareceu-me pouco concentrada. Não é compreensível algumas das falhas, quer tácticas, quer técnicas de algumas provas, fazendo com que provavelmente tenhamos perdido alguns postos cimeiros num campeonato que se sabia permissivo. No entanto este campeonato resultou num número elevado de medalhas para Portugal e com todo o mérito para os atletas que as obtiveram.
6- Qual a maior diferença que se sente entre a nossa patinagem e a dos países mais desenvolvidos?
Mário- Objectividade; pragmatismo; brio a todos os níveis.
7- Do teu ponto de vista, temos (Portugal) desenvolvido ou estagnamos?
Mário- Portugal tem desenvolvido bastante sobretudo nos escalões de formação. Portugal é falado e dado como referência europeia e mundial em algumas das disciplinas de patinagem artística. Estagnados nunca.
8- Há algum aspectos que merece ser falado e que não foi abordado nas perguntas efectuadas?
Nada a acrescentar.
Agora temos a perspectiva do Juiz internacional Mário Lago.
Muito Obrigado Mário Jorge! Um grande bem haja.
Aqui vai:
1- Como eram as instalações, o piso e a organização?
Mário- O piso em mosaico trouxe alguns problemas de adaptação que foram imediatamente resolvidos com a alteração do tipo de rodas – prática que vai sendo bastante banal hoje em dia.
A organização, tirando alguma confusão nas trocas de informação antes do evento, esteve bastante bem. Dormíamos a 150m do pavilhão, num hotel bastante agradável; as refeições desenrolavam-se sem qualquer tipo de demora e de uma forma bastante simpática. Na verdade penso que foi um dos campeonatos onde a simpatia e a atenção por parte de todos os elementos da organização mais se destacou. Eram em grande número e sempre prestáveis.
2- Quem está de fora fica com a sensação que a França está a fazer um grande investimento na patinagem artística. Isto é verdade? Qual a tua opinião sobre a forma e o caminho que os franceses estão a percorrer? Haverá algumas lições a tirar dos franceses?
Mário- Nota-se que os franceses têm evoluído sobretudo ao nível da operacionalidade federativa para com a patinagem artística. Existe neste momento uma maior aposta nos escalões de formação a par do que se está a fazer em Portugal.
Nota-se neste momento uma preocupação por parte da França em modificar uma imagem que se vinha a desgastar a vários níveis: fatos, programas, atitude de grupo assim como na disponibilidade comunicacional.
3- Este campeonato foi diferente do habitual porque houve países (por exemplo a Alemanha) que não participaram. O que se passou? Estamos perante uma guerrilha entre países ou entre um país e a CEPA?
Mário- A Alemanha não participou pois foi-lhe impossível alterar a data do campeonato Nacional (1ª semana de Agosto) dado ser a única altura em que todas as regiões se podem juntar para a sua realização. Não existe portanto algum mal-estar entre Alemanha e CEPA. Mesmo não tendo atletas em competição a Alemanha foi convidada a estar presente com um Juiz e assim aconteceu.
4- Os níveis técnico e o artístico apresentados no campeonato foram baixos/médios/altos? Que atleta ou par se destacou pela positiva? e pela negativa?
Mário- O nível deste campeonato foi médio.
Os atletas que mais se destacaram pela positiva foram sem dúvida a portuguesa Marta Ferreira e na dança o par debutante espanhol Ayelen Morales e Óscar Molins.
Pela negativa esteve a pouca percentagem de sucesso em prova por parte da grande maioria dos patinadores o que não ajudou nada à competitividade. Foi um campeonato muito pouco competitivo.
5- A selecção portuguesa esteve bem ? Ainda fomos penalizados?
Mário- A selecção portuguesa pareceu-me pouco concentrada. Não é compreensível algumas das falhas, quer tácticas, quer técnicas de algumas provas, fazendo com que provavelmente tenhamos perdido alguns postos cimeiros num campeonato que se sabia permissivo. No entanto este campeonato resultou num número elevado de medalhas para Portugal e com todo o mérito para os atletas que as obtiveram.
6- Qual a maior diferença que se sente entre a nossa patinagem e a dos países mais desenvolvidos?
Mário- Objectividade; pragmatismo; brio a todos os níveis.
7- Do teu ponto de vista, temos (Portugal) desenvolvido ou estagnamos?
Mário- Portugal tem desenvolvido bastante sobretudo nos escalões de formação. Portugal é falado e dado como referência europeia e mundial em algumas das disciplinas de patinagem artística. Estagnados nunca.
8- Há algum aspectos que merece ser falado e que não foi abordado nas perguntas efectuadas?
Nada a acrescentar.
Mais uma vez agradecemos ao Mário Lago as suas preciosas palavras. Até breve.