sábado, março 31, 2007

2.º Aniversário


Este blog acaba de fazer dois anos de existência.
Ao longo da sua curta vida têm surgido outros ciber espaços onde se fala da patinagem artística. Sinais dos tempos...por sinal bons sinais.
Um dos objectivos deste blog é realizar reflexões sobre a modalidade. Pensar a Patinagem Artística. Só assim, através da análise e reflexão, se poderá construir uma “consciência critica colectiva”, a qual poderá elevar a modalidade a outros níveis.
Porém, a reflexão só faz sentido se houver acção. É, pois, tempo de acção...

terça-feira, março 27, 2007

EURO-2007- Os treinos vão começar

Na próxima Quarta irá haver uma reunião com os responsáveis pela organização do Europeu.

O tempo urge. Estamos a um mês do evento. Como é habitual em Portugal, faz-se tudo à última da hora. Mas esperemos que este "atraso" não prejudique a nossa imagem. Todos, em nome de Portugal.

Vamos todos trabalhar e dedicar este Europeu aos que amam esta modalidade. Vamos colocar a Patinagem Artística na rota do crescimento. Chegou a hora de honrar esta bela Terra Lusitana.
Não podemos perder esta fantástica oportunidade. Para podermos dizer: "eu estive lá, por dentro". Todos têm oportunidade de participar. Chegou o momento! Não vamos perdê-lo.

O primeiro treino está agendado para o próximo Sábado, da parte da tarde (31 de Março).
Neste primeiro encontro todos ficarão a conhecer a ideia e a dinâmica deste projecto para as cerimónias (abertura e encerramento), as quais deverão transmitir uma sentimental Alma Lusa .

Em breve darei notícias.
Qualquer assunto escrevam para: cascaocraveiro@gmail.com

segunda-feira, março 26, 2007

A MÚSICA - o Rítmo e o Movimento- parte 3 (fim)

Como se disse o rítmo faz parte de tudo que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida.
Em geral, o rítmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenómeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do rítmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica. O estudo do rítmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico que pertence à linguística.
O rítmo pode ser lento, moderado ou acelerado.
Para se dançar ou cantar uma melodia deveremos compreender as variações rítmicas que podem ocorrer.
O rítmo possui factores que determinam sua variação, são eles: Intensidade e duração, e também uma ordem - a métrica.

a) Intensidade - pode ser forte e fraca. Normalmente acentuamos a primeira ou a última figura musical de um agrupamento rítmico.
b) Duração - é quando a intensidade forte ou fraca, soa por um determinado tempo. Figuras musicais com menor duração, rítmo acelerado; figuras musicais com maior duração rítmo lento e com moderada duração.
c) Métrica - É a ordem e a medida do rítmo, representada pelos compassos binários, ternários, quaternários e pelas figuras musicais que preenchem esses compassos. O compasso binário é representado pelo número fraccionário designado de símbolo musical 2/4 e equivale a dois tempos na frase melódica; o compasso ternário (3/4 - três tempos); o compasso quaternário (4/4 - 4 tempos)

O Movimento:
Tudo o que vive tem movimento, é a mais pura expressão da existência da vida. Os seres vivos necessitam do movimento para sobreviver. O movimento no homem determina a acção corporal que é representada pela expressão da corporidade. Através dela, o homem comunica, alimenta-se, trabalha, em síntese, vive.

Pode-se considerar o movimento como uma alteração do corpo em diversos segmentos do espaço, também como uma característica de todo ser vivo.
A ciência Física que estuda o movimento é a Mecânica. Ela preocupa-se tanto com o movimento em si quanto com aquilo que o faz existir, inexistir ou cessar. Se abstraírem-se as causas do movimento e preocupar-se apenas com a descrição do movimento, ter-se-á estudos de uma parte da Mecânica chamada Cinemática (do grego kinema, movimento). Se, ao invés disso, se procurar compreender as causas do movimento, as forças que movem ou cessam o movimento dos corpos, ter-se-á estudos da parte da Mecânica chamada Dinâmica (do grego dynamis, força). Existe ainda uma disciplina que estuda justamente o não-movimento, corpos parados: é a Estática (do grego statikos, ficar parado).
A biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos. É parte da Biofísica.
Através do movimento pode-se expressar o rítmo, dançar a melodia e agir em harmonia com ela.
O movimento na dança é a materialização do corpo na conduta humana, é uma forma de comunicar.
A música tem uma influência enorme no movimento. Movimento e a Música caminham juntos, completam-se.

Dentro do se pretende abordar neste post, podemos dizer que existem factores básicos no movimento - tempo, espaço, fluência, peso.
Tempo - numa sequência de movimentos o tempo é resultante da combinação de unidades de tempo representada pelos símbolos musicais. Sendo que estes, possibilitam a formação de um compasso musical, podendo ser ele, lento, moderado ou rápido.
No tempo, encontramos a pausa, que é a interrupção do tempo num compasso musical. A pausa tem a mesma duração da unidade de tempo equivalente. Está associada a métrica, faz parte do compasso, ou pode preencher um compasso inteiro (veja-se os tempos nos passos das danças obrigatórias).
A pausa corresponde a um momento de silêncio na música, eventualmente um momento estático. A duração da pausa está associada a métrica, faz parte do compasso, ou pode até preencher um compasso inteiro.
Espaço - É o trajecto percorrido pelo movimento, onde se inicia o seu percurso e onde termina. Dentro do espaço encontramos a cinesfera. A cinesfera é o espaço individual do corpo que se movimenta. Seu limite e alcance é determinado pela extensão ou flexão dos membros superiores e/ou inferiores, podendo ser com ou sem deslocamento.
Fluidez - é a ligação sem interrupção entre um movimento e outro. Por vezes harmonia e fluidez podem confundir-se.
Peso - Pode ser forte ou pesado, ele é a energia do movimento e analisa o movimento em termos da quantidade da força usada para realizá-lo.
Na Patinagem Artística sobre rodas o peso é um dos aspectos que os técnicos devem estar atentos e trabalhar com vista a “diminuir” o impacto estético do peso, o qual reduz a espectacularidade desta modalidade.

Nada melhor do que a dança... seguramente, como base do movimento, será o caminho a seguir para que a Patinagem Artística sobre rodas alcance o mesmo espaço conquistado pelo gelo.

quinta-feira, março 22, 2007

Nacional de Show e Precisão- 2007- 17 e 18 Março

Um estimado leitor (Choctaw- sugestivamente será um "passo" onde o patinador muda de pé, de direcção e de rodado) teve a amabilidade, que agradeço, de nos enviar a sua visão sobre este espectacular Campeonato Nacional.
Porque se trata de uma perspectiva bastante lúcida e pertinaz (a qual subscrevo, no essencial, não fosse o delicado e incompreendido papel de juiz por mim exercido neste evento) transcrevo-a na íntegra. Os meus parabéns ao seu autor.
Pequeno comentário:
Afinal Portugal tem gente pensante e, acima de tudo, tem clubes que aderem em força àquilo que deverá ser a imagem de marca futura da Patinagem Artística (manifestamente o Show e Precisão - será o futuro).
Em claro contraste com um desporto ortodoxo, fechado (das figuras obrigatórias e das danças obrigatórias ao som de um "orgão de tubos" desafinados), de baixa elite e povoado com gente e pavilhões vazios.
Qualquer pessoa minimamente atenta entende que uma modalidade desportiva só pode sobreviver nesta sociedade moderna, de consumo imediato, se estiver virada para o Espectáculo, devendo este ter qualidade e magia.
Este Nacional de Show & Precisão foi um momento alto na Patinagem portuguesa. Porém, sabe a pouco.
Foi preciso lutar muito para que houvesse um Campeonato da Europa em Portugal, e, assim, obrigar a Federação a abrir o Nacional às várias categorias, quase 10 anos depois...
Pode ser que com pequenas vitórias sucessivas consigamos elevar o nível reinante. Temos um caminho imenso e sinuoso ....
Bem haja a todos!
Aqui vai:
«Pela primeira vez na história recente da patinagem artística um campeonato de âmbito nacional conseguiu encher o pavilhão!
As categorias de Show e Precisão são, de facto, as competições mais aliciantes da patinagem artística e ainda bem que a Federação de Patinagem de Portugal aplicou, finalmente, os regulamentos internacionais e abandonou os retrógadas que em muito limitavam as potencialidades deste espectáculo.
Com algum distanciamento aqui fica a minha leitura desta competição:
- à organização da prova os meus parabéns, o pavilhão é extremamente agradável e a decoração ajudou a enfatizar as performances. Contudo, apesar da qualidade dos balneários continuam a existir problemas relativamente a logística dos atletas. Bem sei que nos campeonatos europeus muitas vezes as condições são piores mas é preciso continuar á procura da qualidade.
- aos juízes parece que continua a prevalecer a subjectividade. Os contínuos períodos à espera que as notas saiam não ajudam ao espectáculo e apesar de ao longo do campeonato se perceber uma uniformização de critérios no início houve muita disparidade. Talvez a falta de experiência cultural nesta modalidade a nível internacional seja o principal factor para a desigualdade na avaliação, mas, do meu ponto de vista, seria de pensar que para ajuizar show e precisão fosse necessário possuir o curso de juíz de dança...
- aos quartetos cadetes, fiquei surprendido pela positiva. O 1º classificado “BALLS”, com larga experência nesta categoria, apresentou-se com uma coreografia arrojada que para além do grande domínio técnico dos patins e de expressão corporal ainda domina objectos externos, contudo precisa de rever a parte final do esquema para se afirmar definitivamente no eurpeu... os 2º classificados “EXOTIC DREAM” com um esquema possante e rico de movimentos devia reconsiderar o excessivo número de figuras de elevação apostando nas mais expressivas e desenvolvendo-as mais. Por fim, o 3º classificado “FANTASY”, apesar de uma patinagem mais imatura revelaram-se excelentes interpretes pelo que têm de continuar a treinar técnica individual.
- aos quartetos séniores, mesmo com o elevado nível técnico muito trabalho há a fazer. O 1ºclassificado “EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA”, foi capaz traduzir em dança sobre patins o famoso filme de Tim Burton, e emocionou pela capacidade expressiva dos seus elementos (atletas com larga experiência) contudo parece que a coreografia precisa de algo concreto que a torne definitivamente especial, talvez uma figura de elevação... Já o 2º classificado “SIMPSONS FAMILY” precisa de apostar mais no guarda-roupa, e apesar da estrutura do esquema estar fixada tem de explorar mais as capacidade interpretativas de cada personagem. Por fim, o 3º classificado “BIRDS” surpreendeu pela plasticidade dos fatos e embora algumas falhas consegui demonstrar que é possivel voar patinando, porém precisam de consolidar a execução dos passos e a sincronia.
- aos grupos cadetes os parabéns pela capacidade de pegar em jovens atletas e demonstrarem o quão bela pode ser a patinagem artística. O 1º classificado “DISHES” parece ter aprendido muito com as participações internacionais e isso nota-se na qualidade dos seus atletas e na complexidade da coreografia. Para além da expressividade dos fatos precisa de apurar a expressão facial e corporal no trecho musical final. O 2º classificado, “CHARLIE E A FÁBRICA DE CHOCOLATE” fascinou pela capacidade expressiva dos atletas que, apesar da falta de experiência e de domínio técnico, foram capaz de contar uma história sobre patins, resta continuar madurecer as capacidades técnicas individuais. Por fim o 3º classificado “MIMOS” demonstraram uma grande evolução técnica e expressiva relativamente a outros anos, está no bom caminho, contudo, o esquema precisa de mais cruzamentos e menos posições estáticas.
- aos grupos pequenos fica o reparo de que é preciso ter cuidado com os regulamentos. O 1º classificado “CASAMENTO CADÁVER” demosntrou um elevado nivél técnico e criativo, um espectáculo plastico supreendente... espera-se novidades para o europeu. O 2º classificado “REQUIEM” sobressaiu pelo dominio técnicos dos atletas, contudo foi penalizado por não cumprir o regulamento no que diz respeito aos saltos duplos e piões de avião, mas fora isso, a estrutura da coreografia é muito interessante pelo que deviam repensar os fatos e a localização excessivamente centralizada da personagem principal. Por fim, o 3º classificado “NAIPE DE OUROS” arriscou um coreografia complexa mas estimulante, precisando resedenhar os cruzamentos nas diagonais e o cubo que pode ser considerado cenário.
- à precisão júnior os parabéns pela coragem, contudo têm muito que trabalhar, não só do ponto de vista da sincronia como também da estruturação e montagem da coreografia.
- à precisão, depois de alguma estaganção, parece que finalmente conseguiu estimular várias participações. O 1ºclassificado “MOZART IN EGYPT” salientou-se pela inovadora linguagem estética, musical e técnica numa coreografia que por ser complexa, arrojada e veloz, desencadeou pequenas falhas. Assim, é preciso reconsiderar a dificuldade técnica do esquema ou o redimensionamento da equipa uma vez que o europeu se aproxima a passos largos. O 2ºclassificado “SPIRAL” apresentou-se com uma coreografia sólida, porém peca pela falta de passos de nível avançado. O 3ºclassificado “ALEXANDRE O GRANDE” apresenta-se com uma coreografia mais complexa que a do último ano contudo precisa de treinar muito a sincronia e de introduzir mais cruzamentos.
- aos grandes grupos um grande bem haja pelo esforço de reunir uma número tão grande de atletas e conseguir montar um espectáculo. O 1º classificado "CONTAGIOUS" demonstrou que sabe adaptar-se à nova realidade. Finalmente percebe-se um trabalho racional, uma história que pretende ser contada, mesmo assim, penso que a parte inicial do esquema devia ser revista o vermelho e azul não são suficientes para comunicar o coração e os pulmões. O 2º classificado "CRAZY" pecou pela falta de experiência, num esquema que parecia ser mais de precisão do que de show, mas mesmo assim valeu o esforço. Fico á espera que este europeu seja uma lufada de ar fresco...
Em suma, foi um campeonato espectacular pela espectacularidade.
Nota-se ainda algum atraso relativamento ao panorama internacional, contudo, visto que só agora a FPP resolveu aplicar o regulamento da CEPA, espera-se rápidas e expressivas melhoras na qualidade das coreografia.
Resta desejar bom trabalho e boa sorte para todos os que irão estar presentes no europeu deste ano, a realizar-se no Porto de 26 a 28 de Abril.»

segunda-feira, março 12, 2007

Rectificação de um lapso

Reciclagem Anual de Juízes
Na sequência das acções de Reciclagem de Juízes de Patinagem Artística, levadas a efeito pelo Conselho Nacional de Juízes e Calculadores de Patinagem Artística, informam-se os Juízes, das várias Associações de Patinagem, aptos a ajuizar Provas Nacionais.
Devido a um lapso, não foi efectuado o arredondamento à unidade das notas do quadro de Dança/Completos da APP, após a correcção do mesmo vimos por este meio informar que o juiz Pedro Craveiro se encontra APTO, não necessitando de formação.
Relativamente aos restantes juízes informamos que a sua situação se mantém inalterada.A Comissão Técnica Nacional disponibiliza toda a documentação fornecida ao C.N.J.C. durante a Reciclagem Anual de Juízes Nacionais mais
Fonte: http://www.fpp.pt/( retirado em 12-03-2007).

quinta-feira, março 08, 2007

EURO 2007

Como sabem, vai realizar-se, em finais de Abril, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, o Campeonato Europeu de Show e Precisão. Vamos ter uma óptima oportunidade de ver um fantástico evento em Portugal, num Pavilhão mítico.

Nesse Campeonato da Europa, a cerimónia de abertura deverá ser feita por Atletas de Patinagem Artística que participarão na cerimónia da entrada das bandeiras e das comitivas e também num esquema de abertura.

Mas esta cerimónia de abertura só terá Patinagem Artística se houver atletas que, voluntariamente, se candidatem para o evento, sendo os Clubes os principais dinamizadores das candidaturas. Temos uma oportunidade para levar todos os nossos atletas ao Europeu.

Será, sem dúvida, um momento inesquecível para os patinadores que no Porto participarão, directa e indirectamente, neste Europeu.

Pessoalmente ainda recordo o Campeonato da Europa de 1992 em que participei como atleta em competição.

Seguramente que os atletas que não vão competir no Campeonato podem participar nele.

Assim, têm uma boa oportunidade de se transformarem nos Embaixadores de Portugal, candidatando-se para patinar nas cerimónias protocolares e de abertura e encerramento do Euro 2007.

Como é habitual nestes casos, irá haver um conjunto de treinos de preparação para o evento. Situação esta que naturalmente só será possível com a colaboração e bons ofícios dos Clubes.

Assim sendo, e tendo em vista a participação nas cerimónias supra referidas, solicitava que me indicassem os atletas (por escalões) que estejam interessados em participar neste Europeu, para cascaocraveiro@gmail.com.

Como limite máximo, para já, está-se a pensar em 200 atletas. Mas tudo depende da adesão destes, dos Clubes e dos pais. Há espaço e vontade de levar todos. O próprio Clube deverá indicar uma pessoa para ser o interlocutor e entrar nesta grande Missão. PRAZO DE CANDIDATURA: 15 de MARÇO de 2007.

Queremos, pois, que este Europeu seja o veículo de adesão e divulgação da modalidade. Ser adepto e praticante de Patinagem Artística é, acima de tudo, partilhar este estado de espírito e esta paixão.

Fica, pois, aqui o Convite.

domingo, março 04, 2007

A MÚSICA - parte 2

Torna-se difícil definir estes conceitos: música, ritmo e movimento.
A dificuldade maior surge quando se pretende em apenas algumas linhas tentar essa definição. Porém, o meu objectivo não é fazer um estudo aprofundado de cada um daqueles conceitos, mas sim fazer ligações à patinagem e dança.
Se o treinador de patinagem (de dança ou de livres) tiver noções mínimas desses conceitos, muito provavelmente poderá treinar com mais qualidade. No post anterior falei sobre música. Agora irei falar, dentro da música, sobre Harmonia, Melodia e Ritmo.
Harmonia - Sucessão simultânea e combinada de sons, adequados a um rítmo e a uma melodia. A harmonia realça o sentimento que o compositor expressou ao compor a música. Ela define a melodia e aperfeiçoa o som.
Melodia - Possibilita que reconheçamos a composição executada. É representada pela figuras e símbolos musicais que determinam o andamento, a tonalidade e a intenção melódica do compositor.
Ritmo - O ritmo faz parte de tudo que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida. Ele está presente na natureza, na vida animal e vegetal, nas funções orgânicas do homem, nas suas manifestações corporais, na expressão interior exteriorizada pelo gesto, no movimento qualquer que seja ele. Para se dançar ou cantar uma melodia precisamos compreender as variações rítmicas que podem ocorrer.
Podemos fazer combinações infinitas, pois o ritmo possuí diferentes durações e/ou combinações, diferentes formas de movimento, alternando-se com inúmeras formas de repouso. Na música o ritmo é determinado pela melodia. Pode ser lento, moderado ou acelerado.
Podemos estimular o ritmo no atleta através de batidas de palmas, assobios, estalos de dedos, bater as mãos nas coxas, etc.
Toda a pessoa é dotada de ritmo que se manifesta antes mesmo do nascimento, cabe ao treinador aperfeiçoar esse ritmo e adaptá-lo em inúmeras situações.
Um aspecto que vale a pena salientar: alguns técnicos classificam certos atletas com dificuldade de acompanhar uma sequência rítmica como arrítmicos. Na verdade, o que acontece muitas vezes é a não compreensão da frase melódica e não sintomas de arritmia.
O ritmo possui dois factores que determinam sua variação, são eles: Intensidade e duração, e também uma ordem - a métrica.

sexta-feira, março 02, 2007

A MÚSICA - parte 1

A música é um fenómeno corporal de grande receptividade. Mesmo antes de nascer ainda no ventre da mãe a criança já entra em contacto com o universo sonoro: vozes de pessoas, sons produzidos por objectos, sons da natureza, dos seres vivos e do movimento da sua mãe.
É muito grande a influência que a música exerce na criança. Podemos notar num bebé que ao mínimo som se movimenta, que a música estimula as suas funções sensoriais e afectivas. E é por esse motivo que a música deve fazer parte da nossa proposta educacional, sem levar em conta seu factor estimulante, pois é muito bom treinar com música, o atleta canta, dança e se movimenta. No fundo se realiza.
Desde sempre a música esteve ligada à vida do homem. O homem primitivo já dançava. Para dançar, além dos instrumentos que utilizava para emitir o som e formar a música, também cantava.
A música era vista em diferentes perspectivas: ora arte, ora magia ou até mesmo ciência, mas sua função mística desempenhava diferentes papéis em diversas culturas e épocas.

O conceito de música varia muito de cultura para cultura pois cada povo tem as suas tendências e a sua maneira de se expressar. Portugal sempre foi influenciado pelos padrões musicais europeus. No entanto a música, a nossa música emerge de um estado de espírito melancólico que tem caracterizado o povo português ao longo de séculos. O carácter português tem no fado o modo de expressar de um povo.

Nos tempos que correm o planeta está a ficar mais pequeno por força da globalização. A música é, seguramente, um dos primeiros fenómenos a ressentir esta profunda mudança de se viver. A influência e força de interacção entre os vários povos é enorme. Há quem diga que começa a ser difícil relacionar todos os tipos de musica que estão a surgir.
Mas independente da cultura de que faça parte, a música possui elementos básicos que são necessários saber para se poder ministrar treinos de patinagem artística com maior eficácia.
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