quinta-feira, outubro 30, 2008

Entrevista com Hugo Chapouto-Campeão Europeu/2008 Senior-Solodance

É um caso notável de sucesso recente.
Aos 22 anos, Hugo Chapouto apresenta-se como o maior valor da patinagem artística nacional e dos melhores a nível mundial na vertente de Solo Dance. O Hugo no início do mês de Outubro, em Trieste (capital da patinagem artística italiana) vence o escalão maior e obtém duas notas máximas (10.0)
Mas, afinal, quem é Hugo Chapouto? Como é a vida de um atleta de alta competição ?

Com que idade é que iniciaste a prática competitiva da Patinagem Artística?
Hugo Chapouto (HC): Tinha cerca de de 7 anos quando calçei um patins de fivela, perdidos em casa dos meus pais. Por sorte, ao passear perto de casa descobri um pavilhão onde se praticava patinagem artística... experimentei e apaixonei-me! A primeira época foi atribulada porque dividida os tempos livres entre a patinagem e a música, mas logo me decidi pelos patins. Assim, em 1993 entro definitivamente no mundo da patinagem artística, ao participar numa prova de pares de dança, na Taça Associação Patinagem do Porto.
Porquê a Patinagem, e não por exemplo, o Basquete ou Futebol?
HC: Admito que sempre senti uma predesposição para desportos individuais, mas a verdade é que a Patinagem Artística é um desporto que ultrapassa a vertente física/táctica jogando com o conceito do ''belo'', isto é, trata-se de um desporto que pretende ser arte! O distanciar da infância permite-me olhar com outros olhos para o verdadeiro encanto da modalidade, contudo é fácil entender que qualquer criança se sinta atraída por uma modalidade que consegue mesclar actividade física e atributos artísticos, com a vantagem aliciante de se trabalhar com um instrumento - patins - que acrescentam novas experiências ao desafiar as leis da física.
Achas que a Patinagem Artística te ajudou no teu desenvolvimento enquanto pessoa?
HC: Certamente! Um desporto tão complexo com a Patinagem Artística, com a sua vertente física e artística, juntamente com uma variedade de disciplinas (individuais e em grupo), num ambiente competitivo, foram determinantes na minha formação como pessoa. Quer pela noção de ''espírito de sacrifíco'' para atingir os meus objectivos, quer pelos extremos emocionias de vitórias e derrotas que tão bem me prepararam para a vida real. Ou seja, a diversidade situações e emoções que esta modalidade pode oferecer molda definitivamente todos os seus agentes e principlamete os atletas.
Qual foi o papel da tua família no teu percurso enquanto atleta de alta competição?
HC: A minha família e amigos foram determinantes na direcção em que seguiu a minha carreira como atleta de alta competição. Primeiro porque sem o apoio de todos eles jamais conseguiria reunir as energias necessárias para enfrentar todas as batalhas que fazem parte da vida de um atleta de alta competição; depois porque são eles quem alimenta a chama que matém viva a minha paixão pela patinagem... Serei sempre grato pelo apoio que recebi e recebo da minha família, amigos e espectadores, pois sem eles certamente não existiria o Patinador Hugo Chapouto!
Quantas vezes treinas por semana, e quanto tempo?
HC: Todos os dias. O que varia ao longo da época é a quantidade de sessões de treino por dia, isto é, se em altura de preparação para competições importantes poderei ter 2/3 sessões de treino, de cerca de 2h/6h cada, já em altura de manutenção terei apenas uma sessão de treino, até porque tenho de concilicar esta actividade desportiva com a minha actividade profissional.
O que é mais belo na Patinagem Artística?
HC: Eu diria a capacidade de emocionar, não só pelo aspecto físico da habilidade de dominar um instrumento complexo com os patins, mas a vertente sensível da modalidade, o espectáculo, a imagem, a arte de deslizar e de transmitir algo emotivo aos espectadores... esta é a real beleza deste desporto... arrepiar, fazer rir e chorar!
E o que é mais difícil na Patinagem Artística?
HC: Sobreviver a todas as adversidades que existem neste meio. Não são tanto as quedas ou as horas intermináveis de treino que se apresentam como as maiores dificuldades, antes o fato de ser um desporto que exige instalações desportivas específicas, material de treino especifico, e mais-valias quase inexistentes. Contudo este acaba por ser o seu maior trunfo, uma modalidade tão exigente do ponto de vista físico e emocional e com tantas adversidades acabar por apaixonar te tal forma os seus praticantes que se transforma num ''vício'', saudável!
Se tivesses que convencer um jovem a praticar Patinagem Artística o que lhe dizias?
HC: Não há nada como ver pelos próprios olhos, por isso talvez a primeira coisa a fazer seria convidá-lo a assistir a um espectáculo de patinagem ou provavelmente a um campeonato de patinagem de grupo... ''uma imagem vale por mil palavras''!
A maneira como tu lidas com a pressão e a ansiedade antes das provas é algo que tu consegues trabalhar e treinar, ou simplesmente é algo com que apenas lidas na hora em que entras na prova?
HC: Ao longo dos anos tenho conseguido trabalhar a questão da pressão e da ansiedade mas confesso que me é muito difícil treinar este aspecto da competição. Depois de muitas horas de trabalho, de muito esforço e tempo despendido, na hora de entrar em prova tudo isto mais a responsabilidade de agradar aos que assistem parecem constitiur uma barreira à actuação... tenho vindo a desenvolver a capacidade de canalizar este aspecto para um campo positivo, mas continua a ser complicado!
O que é preciso para se ser um bom atleta?
HC: VONTADE: não basta gostar é preciso querer de corpo de alma, porque a dedicação do atleta é fundamental para superar todos os obstáculos e evoluir cada vez mais; CONTEXTO: condições de trabalho como instalações despotivas e material de treino adequados, assim como um bom acompanhamento humano (familiar e técnico) são determinates, principlamente na formação e desenvolvimento em idades precoces; OPORTUNIDADE: experimentar a modadlidade em todas as suas vertentes, quer disciplinares quer de exibição, pois quanto maior o conjunto de experiências de patins do atleta, maior a sua projecção evolutiva na modalidade. PATINAR, PATINAR, PATINAR...
Qual é a sensação de representar Portugal?
HC: Após tantos anos a competir internacionalmente em representação lusa, quer em provas federativas ou particulares, o que mais me impressiona é o sentimento de dever cumprido pela responsabilidade de representar os patinadores de Portugal, ou seja, mais que representar um bandeira é o orgulho de representar todos aqueles que se esforçam dia-a-dia pela desenvolvimento da patinagem artística em Portugal e que depositam em nós todas as suas esperanças.
O que sentiste quando conquistaste o 1.º lugar agora na Cidade de Trieste e fizeste história na modalidade ao conquistar o primeiro título de solo dance no escalão maior?
HC: Vencer o Campeonato Europeu de Pares de Dança, em Vigo 2002, foi maravilhoso, um sonho tornado realidade, mas após um retiro da modalidade de 4 anos, voltar a competir ao mais alto nível e vencer naqueles moldes foi muito especial, especialmente porque trabalhei muito para voltar à forma após a insitência de muitas pessoas para que voltasse a competir... Aos quais aproveito para agradecer eternamente pela persistência!
Facto curioso de 2003 ter disputado um Campeonato Europeu em Trieste onde perco a medalha de Ouro para um par Italiano por 3/2 juízes e agora a desforra, conseguindo alcançar o primeiro lugar contra um atleta italiano por 3/2! Foi uma competição muito renhida e, por isso, sinto-me ainda mais honrado pelo feito alcançado!
O que existe de bom em Portugal que permitiu esta tua conquista? E que dificuldades existiram que te dificultaram essa conquista?
HC: Devo confessar que me surpreendeu a sensibilidade de todos perante o trabalho que desenvolvi, assim como uma predesposição enorme para me auxiliar em todos os aspectos (questões técnicas, material, preparação para actuações)... senti-me bastante aconchegado neste meu regresso como atleta e isso foi muito bom! Contudo outros aspectos dificultaram esta preparação, sendo o mais gritante a falta de condições para treinar. Enquanto vivi em Barcelona, e apesar de treinar completamente sozinho, tinha á minha disposição um complexo de treino com um ringue (22x44), um ginásio e um piscina com uma grande liberdade de horário, em Portugal continua a ser muito complexo, primeiro arranjar um complexo de treino com o mínimo de qualidade, depois horários adequados, uma vez que a política desportiva não é muito simpática para esta modalidade.
E o que é necessário para que Portugal conquiste mais títulos, nos seniores, nas várias especialidades da Patinagem Artística? E nos escalões de formação?
HC: INVESTIMENTO, financeiro e humano! A Patinagem Artística é uma modalidade amadora que acarreta muitos custos á sua prática, por isso é preciso investir na modalidade de um ponto de vista social, ou seja, aumentar o nível qualitativo dos agentes da modalidade (atletas, treinadores, dirigentes) através de actividades federativas no sentido de desenvolver o panorama nacional da modalidade.
Do mesmo modo, é fundamental aumentar o nível quantitativo de praticantes da modalidade, fomentando a pratica da modalidade nos escalões de formação, mas igualmente dotar os atletas, particularmente os séniores, de condições que lhes permitam praticar a modalidade, sejam a aposta na continuidade dos escalões de alta competição ou a elaboração de estratégias que permitam incluir os atletas mais experientes do ''sistema'' da modalidade, utilizando o trabalho já desenvolvido por eles como pólo potenciador de novas oportunidades para a Patinagem Artística.
Com estes títulos alcançados na Taça da Europa, pode-se dizer que Portugal é uma potência a nível mundial em Solo Dance?
HC: Do meu ponto de vista, para se ser considerada um potência é preciso ter curriculum, e a disciplina de SoloDance só no ano passado foi incorporada no Campeonato do Mundo da Modalidade, por isso é preciso esperar para ver... Agora o que se poderá dizer é que, de facto, Portugal se começa a assumir como potência no panorama europeu, contudo é preciso alguma cautela pois o os títulos orgulhosamente alcançados pelos atletas portugueses continuam a carecer de continuidade, isto é, não basta ter vencedores (indivíduos que se destacam) é preciso desenvolver uma escola lusa (como a escola italiana) com qualidade e número, para que Portugal possa alcançar o estatuto de POTÊNCIA na modadlidade, e em particular na disciplina de SoloDance.
Quais os teus objectivos? A curto, médio e longo prazo?
HC: Contribuir para a dignificação da patinagem portuguesa, abrindo as portas no panorama internacional... quer como atleta quer como treinador! Neste momento encontro-me a desenvolver um planeamento plurianual de 3 épocas que culminará no Campeonato do Mundo de 2010 em Portugal, onde espero alcançar uma medalha. Para tal preciso de treinar muito e competir o mais alto nível pelo que é fundamental participar no maior número de competições, como o Open Hettange-Grande que acabo de vencer. Neste momento encontro-me a treinar para o Campeonato Mundial que se realizará de 17 a 22 de Novembro, em Kaoshiung (China-Taipé), onde espero representar honrosamente a patinagem lusa e marcar uma posição vincada nesta nova disciplina...
1.º Classificado, Sénior, no Open Internacional de Hettange Grande, França, 2008 .


Agradeço pessoalmente ao Hugo Chapouto a disponibilidade manifestada para responder às questões que lhe foram remetidas via e-mail.
Boa Sorte para o Campeonato do Mundo em Kaoshiung, na China-Taipé.
Que a Força esteja igualmente contigo...

quinta-feira, outubro 23, 2008

Um olhar para esta Taça triestina

Um Estimado Amigo e Leitor deixou esta gentil mensagem: «Quando puderes faz uma análise ao desempenho da comitiva portuguesa na Taça da Europa no geral. Abraço.» Obrigado pela mensagem.

Assisti a esta Taça da Europa enquanto Juiz Internacional. Foi algo de muito enriquecedor e gratificante.
Desde 1987 (aliás, 1982, em Lugo) que assisto a europeus de patinagem artística em várias qualidades, desde espectador, treinador até chefe de comitiva (em show e precisão). E por isso a análise que faço de cada prova será sempre em função dessa perspectiva.

Em relação a esta Taça, e enquanto Juiz, fiquei com uma ideia algo difusa e preocupada.
Não ajuizei as provas todas. No entanto, assisti a quase todos os treinos…
Assim, a análise que posso fazer da comitiva portuguesa nesta Taça é, obviamente, enquanto Juiz.
Na Patinagem Livre:
verifico que Portugal está a perder o comboio, se é que já não o perdeu...
Constatei que as segundas linhas dos outros países são substancialmente melhores do que os nossos campeões nacionais (salvo um caso ou outro). Não temos qualidade. Já fomos ultrapassadíssimos pela Eslovénia.
Isto deixou-me triste e faz-me pensar... que a patinagem em Portugal está a atravessar um ciclo negativo.
Preocupa-me ver que na Patinagem Livre em Portugal estamos a andar para trás. Pergunto: como podemos inverter este ciclo de retrocesso?
Provavelmente os Clubes e as pessoas que se interessam pela modalidade têm de re-pensar profundamente a forma como se trabalha em Portugal.

Por sua vez, verifico que a aposta da FPP na Patinagem Artística, ao contrário do que se diz, na detecção de talentos e nos ditos centros de treinos, não está a trazer resultados visíveis na Patinagem Artística, concretamente nos Livres.
Há, pois, que reformular tudo… enquanto há tempo.
Desculpem, é a minha opinião.
Quanto ao Solodance
A impressão com que fiquei foi boa. Ou seja, os atletas portugueses, regra geral, apresentaram boa qualidade. Havia dois países com qualidade, Portugal e Itália. Os demais estão ainda longe. A França está muito centrada numa pessoa e por isso vai levar tempo a concluir que aquele caminho poderá não ser suficiente, porque os outros países -Itália- trabalham mais e melhor. Por sua vez a Inglaterra é o exemplo perfeito de como não se deve trabalhar. Treinadores, quase todos na casa do 60 anos (e por isso deviam ter experiência e aperceberem-se das situações ridículas), a maioria dos atletas não têm qualidade, dão má imagem da modalidade.
Por isso, poderíamos dizer que Potugal está no bom caminho… Puro engano!
Se continuarmos a pensar que este tipo de resultados se vão manter estamos muito enganados…

A Itália tem um conjunto de “cartadas” que, a curto prazo, vão dar os seus frutos competitivos. Uma delas é, por exemplo, só em Trieste passarem a haver clubes (três em Trieste) que abandonaram as outras disciplinas e só fazem Solodance.
Ouviram? Clubes com um pavilhão disponível 24 horas somente para o solodance.
Como é que vamos responder com isto? Com detecção de novos talentos com este formato? Centro de estágios? No hóquei sei que há, mas na patinagem artística não vejo nada se substancial.
Por isso, o ciclo de bons resultados de Portugal no Solodance poderá acabar brevemente… e lá passaremos a ouvir o hino italiano em todas as provas de patinagem.
A não ser que comecemos a olhar e pensar a modalidade de outra forma… olhar mais aos resultados obtidos. Alguém sabe qual é o projecto do seleccionador nacional para a Patinagem Artística? (no hóquei o anterior perdeu, saiu. O actual apesar de não ter ganho o Europeu deixou uma imagem de competência e de qualidade) Tal como nos outros desportos, quem não conseguir resultados deve dar a vez a outros...

Enquanto a FPP, na parte da Patinagem Artística, não exigir dos técnicos responsáveis pelos novos talentos, pelos livres/obrigatórias e pela dança (paes e solodance) um plano de trabalho público e com objectivos claros e a pretender alcançar resultados ao mais alto nível, não vamos a lado nenhum.
Especialização e excelência precisam-se!

Apenas mais um pequeno comentário de âmbito geral:

O problema de Portugal (em todas as vertentes, não só no âmbito desportivo) tem a ver com a nossa pequena dimensão (espacial e visual) que nos faz ver o Mundo com um olhar esquizofrénico e por isso muito especial. Ou somos os melhores, ou os piores do Mundo… Veja-se no futebol … Quando ganhamos algo, logo pensamos que somos os melhores, e que os outros são muito fraquinhos. Quando os outros ganham somos nós os muito fraquinhos… Não há meio termo. Como tudo na vida o sucesso, também, é prematuro. O insucesso é o destino de quem não procura a excelência e a qualidade no trabalho.

Para mim é isso que ainda falta na patinagem portuguesa.

Concretamente: na disciplina de Patinagem Artística, onde a FPP continua a negligenciar a área da formação e das selecções. O formato dos quadros das selecções está manifestamente desadequado à realidade competitiva actual.
A figura do Seleccionador da patinagem artística para todos os escalões e para todas as especialidades (que dura com a mesma pessoa há duas décadas) é um acto de má gestão desportiva da disciplina de patinagem artística. Cada vertente (livres, dança, etc.) deverá ter um responsável para a pensar de forma eficaz.

Será que podemos competir com os outos países como a Itália que está sempre em crescimento a potenciar na selecção os novos técnicos com talento? VEJAM O BÁSICO: Os treinadores da selecção de Solodance não são os mesmos dos pares, nem obviamente dos livres. Ou como a França que aposta claramente no colectivo dos seus melhores atletas para criar «Une vrai "EQUIPE DE FRANCE"».
Aqui em Portugal, temos um seleccionador que faz tudo em todas as especialidades e em todos os escalões. Temos uma equipa de técnicos para "os novos talentos" que apresenta um trabalho pouco claro e visível aos olhos das pessoas. Inclusivamente seleccionam atletas apesar de não terem essa competência de forma transparente e pública. Ou seja, vive-se uma nublosa...

Uma mesma Federação. Três disciplinas (o hóquei em linha tem no site da FPP classificações de 2004!). A Patinagem Artística tem um modelo desajustado, no qual não se premeia a excelência e a qualidade.

Brinca-se muito à patinagem… artística .... até quando?

Notícias de Patinagem no Jornal "O Jogo"

Satisfação geral no balanço de um ciclo "bonito"
O presidente da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), Fernando Claro, antevê um futuro risonho para as modalidades patinadas em Portugal. O responsável máximo da FPP, que ontem fez o balanço do ciclo olímpico (2004-2008) que agora finda, afirma que a aposta na detecção de talentos e nos centros de treinos, coordenados pelo director técnico nacional (DTN), Luís Sénica, trouxe e pode continuar a trazer bons resultados nas modalidades de hóquei em patins, patinagem artística e patinagem de velocidade. Por sua vez, o DTN, sublinhou que foi encerrado "um ciclo muito bonito" e que se deve "valorizar o que foi feito nos últimos quatro anos".
In "O JOGO ONLINE"
foto colhida através do Goggle, imagens, in http://www.portugalsempre.fr/arquivos/numero106/articles/desporto/modalidades/index.php
"Manter esta política"
Recusando-se a comentar uma eventual recandidatura, Fernando Claro entende que a próxima direcção deve "agarrar um projecto que está a dar frutos". "Deve-se continuar com esta política, para poder alcançar resultados na Europa", afirma o dirigente, frisando que nos últimos anos se assistiu à criação de "gerações vencedoras".

In "O JOGO ONLINE"

«Fernando Claro, presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, vai recandidatar-se ao cargo. As eleições estão marcadas para 8 de Novembro e para já o dirigente não tem lista concorrente.»Fonte: O Jogo

quinta-feira, outubro 16, 2008

Paulos Santos-Campeão Europeu Junior-Solodance

Paulo Santos é uma jovem promessa do Solo Dance nacional. Em Trieste (capital da patinagem artística italiana) o Paulo consagrou-se pela segunda vez consecutiva vencedor do escalão de juniores em solo dance com notas a rondar os 9.0.
Mas, afinal, quem é Paulo Santos?
Como é a vida de um atleta de alta competição ?


Pergunta:Com que idade é que iniciaste a prática competitiva da Patinagem Artística? O que fazes actualmente?
Resposta: Comecei a patinar com 7 anos de idade mas a verdade é que ja ando de patins desde os 4. Neste momento estudo no primeiro ano da faculdade de economia do porto, estou a tirar a carta de condução e dou treino aos meninos da iniciação do clube onde patino.
P.: Porquê a Patinagem, e não por exemplo, o Basquete ou Futebol?
R.:O primeiro desporto onde os meus pais me inscreveram foi no hóquei pelo que a familiarização com os patins estava mais do que feita. Depois o meu médico sugeriu que eu deixa-se o hóquei porque não era benéfico para a minha saúde já que tinha um ligeiro desvio na coluna. Mas mesmo depois de ter deixado o hóquei tinha uma vontade imensa de andar de patins. Então os meus pais procuraram um clube de patinagem e inscreveram-me. Eu gostei e fiquei até hoje.
P.:Achas que a Patinagem Artística te ajudou no teu desenvolvimento enquanto pessoa?
R.:Sem dúvida que sim. É um desporto onde aprendemos não só o desporto em si mas também uma série de competências que nos vão servir no futuro como o respeito, companheirismo, etc.
Depois como é um desporto que exige muita concentração permite aumentar o sucesso escolar já que nos mantem mais aptos a perceber a matéria e depois não precisamos de estudar tanto em casa como os outros alunos.
Qual foi o papel da tua família no teu percurso enquanto atleta de alta competição?
Tanto o meu pai como a minha mãe deram-me sempre muita força para treinar. Como moro longe do local onde treino, eles normalmente têm de me levar e trazer, o que é dificil de conciliar com o horário de trabalho deles. Para além disso, também é preciso ter alguma força de vontade (financeira) para suportar os custos que são indispensáveis num atleta de alta competição.
Quantas vezes treinas por semana, e quanto tempo?
Neste momento, como me encontro em preparação para uma competição internacional, treino todos os dias entre 5 a 6 horas por dia.
O que é mais belo na Patinagem Artística? No solo dance o que te encanta?
O que eu, como espectador, mais admiro é pares de dança pois é a disciplina mais harmoniosa mas também mais trabalhosa na minha opinião. Já sobre o solo dance gosto de ver principalmente as danças livres e criativas pois é onde os atletas podem mostrar algo que os faz distinguirem-se dos outros atletas e que não podem mostrar tão bem nas danças obrigatórias já que estas têm grandes imposições.
E o que é mais difícil na Patinagem Artística? E no Solo Dance?
Quando se faz com gosto penso que nada é especialmente difícil. Mas no início penso que é muito complicado lidar com os nervos das provas pois é um ano de trabalho que está em jogo em pouco minutos.
Já no solo dance onde costumo sentir mais dificuldades é na primeira dança obrigatória pois é muito importante entrar bem para manter a confiança elevada para continuar a competição.
Se tivesses que convencer um jovem a praticar Patinagem Artística o que lhe dizias?
Primeiro dir-lhe-ia que a experiência de deslizar sobre uns patins é diferente de outra qualquer.
Depois penso que lhe diria alguns dos beneficios de praticar a patinagem em comparação a outros desportos (maior concentração, valores morais que são muito cultivados nos atletas de patinagem, amizades com pessoas de diferentes idades e sexos)
Por fim penso que lhe diria que não há nada melhor do que experimentar por isso levaria esse atleta a um clube de patinagem para ele "viver a sensação".
A maneira como tu lidas com a pressão e a ansiedade antes das provas é algo que tu consegues trabalhar e treinar, ou simplesmente é algo com que apenas lidas na hora em que entras na prova?
Eu tento evitar esse tipo de sintomas pensando apenas em dar o meu melhor e divertir-me a fazer aquilo que gosto. Mas sim treino várias vezes para combater essas sensações imaginando-me no dia da prova onde tenho de dar tudo para fazer o melhor possível. O que é preciso para se ser um bom atleta de Solo Dance?
Para mim um atleta que queira ser bom em Solo Dance tem de gostar de dançar, gostar de divertir os outros e ter muita força de vontade e gosto pela patinagem pois esta disciplina é feita de pormenores. Costumam ser reconhecidos como bons atletas os patinadores mais perfeitos a nível técnico mas também os que melhor divertem o público.
Qual é a sensação de representar Portugal?
É uma sensação difícil de explicar por palavras. É um orgulho enorme poder representar o país e competir com os melhores dos outros países. Penso que é algo que só se percebe realmente passando pela situação.
O que sentiste quando conquistaste novamente o 1.º lugar de Juniores na cidade de Trieste e voltar a fazer história na modalidade ao revalidar a segunda taça em Solo Dance, em juniores ?
É uma felicidade enorme primeiro pelo revalidar do título depois pelo local onde foi conquistada. Fiquei com o sentimento de que dei o meu melhor e cumpri com o meu dever. Para além disso fiquei duplamente feliz com a vitória do meu treinador (Hugo Chapouto), o que me leva a recordar Trieste pelos bons motivos...
O que existe de bom em Portugal que permitiu esta tua conquista? E que dificuldades existiram que te dificultaram essa conquista?
Uma coisa que Portugal tem vindo a melhorar é a especialização dos treinadores. Neste momento já existem um punhado de treinadores jovens, com vontade de aprender e de mudar a patinagem portuguesa. Para além disso também queria agradecer a todos aqueles que de qualquer maneira me apoiaram pois esse apoio transformou-se em força para ser cada vez melhor.
Já as dificuldades passaram pelos horários que tinha para treinar que eram reduzidos e com períodos de espaço entre um treino e outro curtos o que dificultou a possibilidade de treinar bi-diariamente e os apoios financeiros que infelizmente na patinagem ainda sao quase inexistentes e que levam a que muitos atletas não possam treinar como merecem pois não tem capacidade para suportar os elevadíssimos custos com material e fatos.
Também a competição forte dos atletas com quem competi foi um motivo que dificultou a conquista da Taça.
E o que é necessário para que Portugal conquiste mais títulos, nas várias especialidades da Patinagem Artística? E nos escalões de formação?
Primeiro penso que deveria haver mais investimento no Show, Precisão e Quartetos já que são modalidades em crescimento em Portugal e que já deram provas de merecer mais apoio.
Depois penso que a evolução dos atletas passam pela participação em mais competições(tal como acontece em Itália e outros países), onde um atleta aos 8/9 anos já tem pelo menos 6/7 competições por época o que os obriga a trabalhar durante toda a época. Outra das matérias em que Portugal tem de evoluir é nos estágios porque eu muito raramente ouço falar em estágios só para treinadores. Eu penso que a solução não está só em pôr os meninos a ensinar a fazer isto ou aquilo á maneira deste ou daquele treinador mas em uniformizar técnicas e isso tem de ser os treinadores a quererem ser "cultivados".
Quanto aos escalões de formação é muito complicado competir a nível internacional porque os atletas de outros países têm apoios diferentes dos nossos e é difícil lutar em desvantagem. Mas penso que o trabalho que tem sido desenvolvido trará frutos num futuro proximo.
Com estes títulos alcançados na Taça da Europa, pode-se dizer que Portugal é uma potência a nível mundial em Solo Dance?
Não penso que Portugal seja uma potência mundial em Solo Dance.
É um país em desenvolvimento na modalidade e que poderá vir a tornar-se. Mas penso que neste momento ainda é cedo para chamar potência a um país que só recebeu títulos de Taça da Europa a partir de 2005...
Quais os teus objectivos? A curto, médio e longo prazo?
A curto prazo tenho o desejo de obter um bom resultado no campeonato do mundo que vou participar daqui a 3 semanas no Taipé.
A médio/prazo desejo evoluir a minha patinagem já que vou passar para um escalão sénior onde a concorrência é elevada, mas sobretudo continuar a gostar do que faço e fazer com que os outros gostem do que eu faço.
Agradeço pessoalmente ao Paulo Santos pela prontidão e disponibilidade nas respostas às questões colocadas.
Boa Sorte para o Mundial. Que a Força esteja contigo...

terça-feira, outubro 14, 2008

Portugal com dois Campeões Europeus de Patinagem Artística

No passado dia 4 de Outubro fez-se história na Patinagem Artística portuguesa!
Pela primeira vez na história da modalidade os títulos de júnior e sénior na disciplina de Solodance foram conquistados por atletas portugueses.
Numa comitiva de 13 atletas que representaram o país ao mais alto nível destacam-se as actuações dos atletas Paulo Santos e Hugo Chapouto que após uma carreira recheada de vários títulos distritais, nacionais e europeus em várias disciplinas da modalidade, e no seguimento de uma época 2008 brilhante (com a conquista dos títulos de Campeões Distritais e Campeões Nacionais) se consagraram Campeões Europeus de Solodance, nos escalões Júnior e Sénior, respectivamente, arrecadando para Portugal, pela primeira vez, a Taça da Europa. A competição realizou-se em Trieste – Itália, entre os dias 1 e 4 de Outubro de 2008. As expectativas eram elevadas, mas também a responsabilidade, uma vez que a Itália é uma das potências mundiais da modalidade. Contudo, o elevado domínio técnico e qualidade artística destes atletas rompeu com a tradição de vitórias italianas na disciplina e projectou o nome de Portugal e a alma dos seus patinadores para o palmarés internacional.
Foram momentos indescritíveis os que se viveram em Trieste, principalmente no dia 4, o dia da consagração. Primeiro a actuação do Júnior, Paulo Santos, cuja coreografia ‘’winter’’, pela dificuldade e força, o destacou dos restantes atletas obtendo pontuações acima dos 9.0. Depois a actuação do sénior Hugo Chapouto, que se estreou internacionalmente na disciplina e que com a sua coreografia ‘’I’m not Romeo’’ se tornou, simultaneamente, o primeiro atleta português na história a ser pontuado com a nota máxima, 10.0, numa prova internacional, assim como, o primeiro atleta português a vencer o primeiro lugar na Europa na disciplina de solo dance, categoria sénior.
Por fim, o momento solene de entrega das medalhas e da Taça da Europa pelas entidades oficiais e o subir da bandeira portuguesa ao som do hino nacional.
O palateatro de Chiarbola estava lutado, a elite europeia da patinagem vibrou com as performances destes atletas que honraram Portugal e deram um grande passo para a afirmação lusa na modalidade. Grandes feitos podem ainda ser alcançados, e com a dedicação e qualidades destes atletas muitas conquistas podem ainda ser conseguidas… a começar pelo campeonato do mundo que se realiza em China-Taipé, no final do mês de Novembro. Boa sorte!

sexta-feira, outubro 10, 2008

Campeão Europeu Senior-Solo Dance-HUGO CHAPOUTO

TAÇA DA EUROPA- Trieste
1.º Classificado
Hugo Chapouto (Portugal)

Dança Livre
NOTA A:
9.4 9.4 9.4 9.9 9.6
NOTA B:
9.7 9.9 9.7 10.0 10.0


2.º Classificado
Diego Brun (Itália)

Dança Livre
Nota A
9.6 9.3 9.2 9.2 9.5
Nota B
9.9 9.8 9.5 9.4 9.9

3.º Classificado
Valeria Camurri (Itália)

Nota A
8.7--8.5--9.0--8.5--8.4
Nota B
8.9--9.0--9.2--8.7--8.6


4.º Classificado
Valentina Mocali (Itália)
Nota A
8.2--8.4--8.6--8.2--8.2
Nota B
8.4--8.7--9.0--8.3--84

quarta-feira, outubro 08, 2008

Taça Europa 2008 - Trieste

FOTOS AQUI
Senior Solo Dance • Resultado Final
1 Hugo Chapouto POR 177.800 12.0 2 1 1 1 2
2 Diego Brun ITA 176.900 11.0 1 2 2 2 1
3 Valeria Camurri ITA 163.100 10.0 4 3 3 3 4
4 Valentina Mocali ITA 159.100 9.0 5 4 4 4 5
5 Lynsey Lightowler GBR 158.400 8.0 3 5 5 6 3
6 Florence Gerber FRA 150.900 7.0 6 8 8 5 6
7 Aimi Lightowler GBR 147.700 6.0 7 7 9 7 7
8 Jasmina Nonkovic GER 145.600 5.0 10 6 7 8 8
9 Marie Bacquet FRA 142.900 4.0 8 9 6 9 11
10 Caroline Romano FRA 134.300 3.0 9 10 10 11 10
11 Anne Gielnik GER 132.300 2.0 11 12 11 10 12
12 Carina Storkey GBR 132.000 1.0 12 11 12 12 9
13 Martijn Robbemond NED 124.300 0.0 13 13 13 13 13

Junior Solo Dance • Resultado Final
1 Paulo Santos POR 163.100 11.0 2 1 1 1 1
2 Giulia Secci ITA 159.900 10.0 1 2 2 2 2
3 Camilla Brusa ITA 150.200 8.0 S.M.V. 3 5 4 5 3
4 Ana Aragao POR 148.600 8.0 S.M.V. 5 4 3 3 6
5 Eleonora Zaccaria ITA 147.500 8.0 S.M.V. 4 3 5 6 5
6 Aline Sepho FRA 145.100 6.0 6 6 6 4 4
7 Kim-Julia Jensen GER 133.700 5.0 7 7 7 7 7
8 Lucy Mansfield GBR 125.700 4.0 8 8 8 8 9
9 Sabrina Haut FRA 121.900 3.0 9 9 9 9 8
10 Natalie Hayon GBR 115.300 2.0 10 10 10 11 10
11 Valerie Krijgsman NED 110.300 1.0 11 12 11 12 11
12 Josephine Le Masurier GBR 111.600 0.0 12 11 12 10 12

Juvenis Solo Dance • Resultado Danças Obrigatórias e D.O.
1 Alessandra Sain ITA 155.100 12.0 1 2 2 3 1
2 Silvia Stibilj ITA 152.800 11.0 2 1 3 1 2
3 Ines Gigante POR 148.100 10.0 3 4 1 2 3
4 Jessica Stocchi ITA 145.900 9.0 5 3 4 4 4
5 Chloe Dyke GBR 132.900 8.0 9 9 5 5 5
6 Mathilde Duponchel FRA 136.600 7.0 4 5 6 8 6
7 Emma Aldham-Breary GBR 130.800 6.0 8 6 12 6 7
8 Camille Duvernay FRA 130.000 5.0 6 7 9 9 8
9 Vanessa Rohrmoser GER 128.200 4.0 7 11 7 10 9
10 Elija Kamp NED 125.800 3.0 10 10 8 11 10
11 Maryline Jacquel FRA 125.400 1.0 7b 10b 13 8 11 12 12
12 Emilia Bianco GBR 125.100 1.0 7b 10b 11 12 13 7 13
13 Annika Gielnik GER 122.700 1.0 7b 10b 12 13 10 13

Seniores DO
1 DIEGO BRUN ITA - Italy 81.60
2 HUGO CHAPOUTO POR - Portugal 80.80
3 VALERIA CAMURRI ITA - Italy 75.60
4 LYNSLEY LIGHTOWLER GBR - Great Britain 76.40
5 VALENTINA MOCALI ITA - Italy 74.70
6 FLORENCE GERBER FRA - France 73.80
7 AIMI LIGHTOWLER GBR - Great Britain 70.00
8 JASMINA NONKOVIC GER - Germany 69.00
9 MARIE BACQUET FRA - France 69.00
10 CAROLINE ROMANO FRA - France 66.30
11 ANNE GIELNIK GER - Germany 64.30
12 CARINA STORKEY GBR - Great Britain 62.70
13 MARTIJN ROBBEMOND NED - Netherlands 60.80

Juvenis DO
1 SILVIA STIBJLI ITA - Italy 71.90
2 ALESSANDRA SAIN ITA - Italy 71.00
3 INES GIGANTE POR - Portugal 70.50
4 JESSICA STOCCHI ITA - Italy 67.50
5 CHLOE DYKE GBR - Great Britain 65.40
6 EMMA ALDHMAN-BREARY GBR - Great Britain 64.30
7 MATHILDE DUPONCHEL FRA - France 63.70
8 CAMILLE DUVERNAY FRA - France 61.90
9 VANESSA ROHRMOSER GER - Germany 61.20
10 EMILIA BIANCO GBR - Great Britain 61.10
11 ANNIKA GIELNIK GER - Germany 60.50
12 MARYLINE JACQUEL FRA - France 59.20
13 ELIJA KAMP NED - Netherlands 58.30

Iniciados DO
1 SARA ZAGGIA ITA - Italy 66.70
2 LINDA TOMIZZA ITA - Italy 65.50
3 AMINA CARLI ITA - Italy 64.30
4 ANA QUINTINO POR - Portugal 61.40
5 CAMELIA CHERIFI FRA - France 61.30
6 SARAH DAMIOT FRA - France 59.40
7 MARIANA SANTOS POR - Portugal 61.30
8 MATHILDE FRAU FRA - France 58.70
9 RACHEL LARKING GBR - Great Britain 57.80
10 CHARELLE GROOTENBOER NED - Netherlands 54.10
11 ATLANTA BECK GBR - Great Britain 54.40
12 ANNA SOFIA SCHOCH GER - Germany 53.40
13 EMILY GRAPES GBR - Great Britain 52.20
14 ROMY VOORWINDEN NED - Netherlands 50.10

Iniciados Masculinos PL
1 JAKOB LEBAN SLO - Slovenia 42.50
2 MANUEL PEREIRA POR - Portugal 36.20
3 NATHANIEL WILLIAMS GBR - Great Britain 31.70
4 OLIVER TIMBRELL GBR - Great Britain 25.50

Iniciados femininos PL
1 KAJA TANITA CERNE SLO - Slovenia 77.60
2 ANA TUREL SLO - Slovenia 74.90
3 MARIANA PALOS POR - Portugal 69.10
4 MARIANA SANTOS POR - Portugal 67.30
5 ARIADNA GINESTRA CANALEJO ESP - Spain 64.20
6 MANCA CAPUDER SLO - Slovenia 63.10
7 MERITXELL GENERO RODRIGUEZ ESP - Spain 63.60
8 NATHALIE WUNDER GER - Germany 63.90
9 JULIETTE PACOURET FRA - France 63.80
10 SASKIA SCHMIDT GER - Germany 62.80
11 CAMELIA CHERIFI FRA - France 60.30
12 INES HIDOUCHE FRA - France 58.80
13 DANIELA ALADI GER - Germany 56.80
14 LAUREN HARRINGTON GBR - Great Britain 55.40
15 FRANCES WADE GBR - Great Britain 53.20
16 CHLOE LODGE GBR - Great Britain 50.70
17 SUSAN KARALIC NED - Netherlands 49.60
18 SHARON FELTER NED - Netherlands 49.60
19 LISA V.TRIGT NED - Netherlands 49.70
20 VERENA RENNER AUT - Austria 48.90

Cadetes femininos final
1 JENNIFER DA RE ITA - Italy 307.10
2 DENISE BOZZONI ITA - Italy 302.10
3 NADIA ALSINET DAMESON ESP - Spain 287.40
4 ANA SOARES POR - Portugal 287.50
5 SPELA BERLOT SLO - Slovenia 277.50
6 MILA WOLF GER - Germany 269.60
7 AYLIN NEDERLOF NED - Netherlands 261.40
8 JESSICA HIGGINS GBR - Great Britain 256.10
9 YVONNE KRATSCH GER - Germany 257.40
10 NEZA PEZDIRC SLO - Slovenia 244.00
11 NATALIE PACHER AUT - Austria 238.70
12 GEORGINA HOWE GBR - Great Britain 236.40
13 DANIELA LUHTY GER - Germany 229.80
14 LAURIANE THOMAS FRA - France 221.60
15 HOLLIE SPALL GBR - Great Britain 208.50
Cadetes solo dance final
1 MARTINA FULIZIO ITA - Italy 150.00
2 RACHELE CAMPAGNOL ITA - Italy 149.90
3 ELISA SCAPPATURA ITA - Italy 144.70
4 SILVIA ALMEIDA POR - Portugal 142.60
5 DOUGLAS WARD GBR - Great Britain 139.30
6 JOANA DUARTE POR - Portugal 137.10
7 CAMILLE FRELICOT FRA - France 127.80
8 NANNI SCHAFFER GER - Germany 127.80
9 MIA APPLEBY GBR - Great Britain 121.80
10 NICKY BOER NED - Netherlands 120.30
11 FANNY WATRIN FRA - France 119.40
12 AIMEE RENOUF GBR - Great Britain 117.40
13 JENNIFER LAGARDE FRA - France 115.70
14 DAPHNE STORMBROEK NED - Netherlands 113.40
Cadetes masculinos final
1 ALESSANDRO RIZZO ITA - Italy 179.40
2 EUGENIO JALUNGO ITA - Italy 175.50
3 LUKE TOMKOWIAK GER - Germany 159.40
4 LUIS GALEGO POR - Portugal 140.40

Juniores DO
1 PAULO SANTOS POR - Portugal 75.80
2 GIULIA SECCI ITA - Italy 74.50
3 ELEONORA ZACCARIA ITA - Italy 71.20
4 ALINE SEPHO FRA - France 70.40
5 ANA ARAGAO POR - Portugal 70.90
6 CAMILLA BRUSA ITA - Italy 69.20
7 KIM -JULIA JENSEN GER - Germany 64.80
8 SABRINA HAUT FRA - France 61.40
9 LUCY MANSFIELD GBR - Great Britain 59.80
10 VALERIE KRIJGSMAN NED - Netherlands 58.50
11 NATALIE HAYON GBR - Great Britain 56.10
12 JOSEPHINE LE MASURIER GBR - Great Britain 54.50

Programa curto cadetes masculinos
1 Alessandro Rizzo ITA 41.400 3.0 1 1 1
2 Eugenio Jalungo ITA 37.200 2.0 2 4 2
3 Luke Tomkowiak GER 37.000 1.0 3 2 3
4 Luis Galego POR 35.100 0.0 4 3 4

Solo dance infantis
1 Ines Aragao POR 39.000 7.0 1 1 2
2 Salome Quaranta FRA 37.000 6.0 4 2 2
3 Doriane Watrin FRA 37.100 5.0 2 3 5
4 Sina Vesper GER 36.400 4.0 3 4 4
5 Monica Dekker GBR 35.700 3.0 6 6 1
6 Kai Appleby GBR 34.100 2.0 8 4 6
7 Manon Lasalle FRA 34.300 0.5 7c 5 7 8
8 Jodene Corbin GBR 33.800 0.5 7c 7 7 7

Cadetes solo dance - DO
1 Martina Fulizio ITA 72.800 13.0 2 1 1 3 1
2 Elisa Scappatura ITA 68.400 11.0 S.M.V. 3 3 4 6 2
3 Douglas Ward GBR 68.200 11.0 S.M.V. 10 5 2 1 3
4 Rachele Campagnol ITA 69.200 10.0 1 2 4 5 6
5 Silvia Almeida POR 68.600 9.0 S.M.V. 4 4 6 2 5
6 Joana Duarte POR 67.100 9.0 S.M.V. 7 6 3 4 4
7 Nanni Schaffer GER 63.600 6.5 7a 5 11 7 7 8
8 Camille Frelicot FRA 63.200 6.5 7a 5 7 8 10 7
9 Mia Appleby GBR 61.000 5.0 11 8 10 9 9
10 Fanny Watrin FRA 60.800 4.0 8 10 9 10 10
11 Aimee Renouf GBR 59.200 3.0 14 9 14 8 11
12 Nicky Boer NED 59.200 2.0 12 13 10 10 12
13 Jennifer Lagarde FRA 58.500 1.0 8 12 12 13 13
14 Daphne Stormbroek NED 56.500 0.0 13 14 13 14 14

Programa curto Cadetes femininos
1 JENNIFER DA RE ITA - Italy 74.00
2 ANA SOARES POR - Portugal 72.70
3 MILA WOLF GER - Germany 71.60
4 DENISE BOZZONI ITA - Italy 67.50
5 NADIA ALSINET DAMESON ESP - Spain 66.90
6 SPELA BERLOT SLO - Slovenia 63.60
7 YVONNE KRATSCH GER - Germany 63.00
8 JESSICA HIGGINS GBR - Great Britain 62.30
9 NEZA PEZDIRC SLO - Slovenia 62.80
10 AYLIN NEDERLOF NED - Netherlands 59.50
11 NATALIE PACHER AUT - Austria 57.50
12 DANIELA LUHTY GER - Germany 57.00
13 GEORGINA HOWE GBR - Great Britain 54.90
14 LAURIANE THOMAS FRA - France 53.00
15 HOLLIE SPALL GBR - Great Britain 49.50
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