Reflexões III-Rence 2005
Quem quiser discutir com seriedade o campo está aberto. O resto é uma questão de educação…
Limpando as baixarias, apenas vou falar desta situação outra vez, não numa perspectiva pessoal, porque essa guardo-a para mim.
Anoto os comentários seguintes:
"O nome do Preparador Físico que acompanhou a selecção Portuguesa nos campeonatos da Europa de patinagem artística Cadetes e Juvenis é NUNO FERRÃO.
Um nome a fixar dado ser ele (e continuará sendo) o nosso preparador físico, e que eu saiba o único.
A meu ver ele teve uma actuação excelente na sua estreia nestes campeonatos.
Esta é a minha opinião, totalmente contrária à já aqui exposta.
E ambas não deixam de ser meras opiniões, pois dado o Professor Ferrão ser formado em Educação Física pela Faculdade de Ciências do Desporto da Universidade de Coimbra, para falar sobre assuntos relativos ao seu trabalho acho que só mesmo alguém que esteja a seu nível, por mais que tenhamos bases de conhecimento meramente auto-didácticas.
Esta forma de expressar opiniões é uma péssima política de relacionamento. E isto não é uma mera opinião. É uma certeza.
....
Não sei o trabalho que foi feito ou não, mas cada um sabe da sua especialidade.
O Dr. Ferrão (e não professor) está também a trabalhar no mestrado, segundo o que fiquei a perceber.
Desculpem-me a franqueza e a secura das palavras. Ou mesmo a prática da alegada “péssima politica de relacionamento”. Mas as coisas devem ser ditas. Mesmo quando politicamente não se é correcto. Aos mais sensíveis o meu sincero pedido de desculpas.
Quanto ao relacionamento, confesso que existem pessoas que não ambiciono ter qualquer contacto.
Desculpem-me mais uma vez estas palavras: Dizer que alguém teve uma actuação excelente sem concretizar em factos é o mesmo que dizer nada. Chegar na semana do campeonato e impor o seu trabalho (sem saber se estava ajudar ou a estragar) é errado, contraproducente e também viola a dita politica do relacionamento. E "não é preciso ir a Coimbra" - esta expressão não é minha, é usada quando alguém quer dizer que não é necessário grande sabedoria.
Este desporto é individual! cada um tem a sua maneira da trabalhar e isso deve ser respeitado. Por exemplo:
A estratégia usada pelo senhor doutor que receita o medicamento X para quem tem tosse e o Y para as dores de cabeça é errada. Não é pelo facto da pessoa ser médica que o erro deixa de existir. O BOM SENSO diz que é necessário saber o passado clínico do paciente para prescrever qualquer medicamento. Este princípio também se aplica à prática desportiva (com maior acutilância no desporto de alto rendimento).
Ser-se licenciado em educação física (seja em Coimbra, seja no Porto, Lisboa ou na Madeira) só por si não deve ser sinónimo de conhecimento absoluto.
Há muitos licenciados em educação física (como também noutros cursos) que são maus profissionais. É a Lei da vida.
Agora as pessoas não se podem esconder atrás das licenciaturas para argumentarem abstracções do género: "para falar sobre assuntos relativos ao seu trabalho acho que só mesmo alguém que esteja a seu nível". Qual nível? Sabiam que há muitos técnicos desportivos de sucesso a nível mundial (na patinagem também existe) que não têm qualquer licenciatura em educação física?
Segundo aspecto, e ressalvando sempre o devido respeito, dizer que alguém anda a trabalhar num mestrado é, novamente, o mesmo que não dizer nada. Mestrado de patinagem artística? Ou mestrado em alta competição? Mestrado em quê? qualquer um de nós conhece pessoas que tiraram mestrados e que, mesmo assim, não vingaram na sua carreira. O Mestrado é uma ferramenta, assim como a licenciatura.
Quanto ao auto-didactismo cada uma fala por si...
Estar anos no terreno (apresentando atletas capazes em provas internacionais) a trabalhar é bem mais difícil do que andar subsidiado como juiz de patinagem artistica...
O resto é conversa virtualmente teórica (sem dúvida interessante) mas sem suporte prático.
Lá vou eu para o politicamente incorrecto:
Só porque se é juiz (aliás como outros o são) já se sabe tudo? Esta argumentação para mim é estranha.