quinta-feira, junho 30, 2005

Mudam-se os tempos (denominações e imagens). Mudam-se as vontades?

A Federação de Portugal de Patinagem (não sei porquê mas gostava mais da anterior denominação - porque terão alterado?), nos seus estatutos continua a ter por objectivo a organização e desenvolvimento da prática desportiva do conjunto das disciplinas da patinagem, designadamente o hóquei em patins, a patinagem artística, as corridas em patins e o hóquei em linha.

É portanto uma federação com mais do que uma disciplina. Tendo, por isso, interesses difusos e muitas vezes conflituantes. O mesmo se poderá dizer em relação às várias Associações. E esta ideia pode explicar muita coisa. Mas também temos de olhar para o passado para ver o que vai acontecer no futuro.

Como é público, demasiado notório, aliás, o hóquei patins é a disciplina Rainha da Federação. A escolhida. As outras serão um género de “gatas borralheiras”.

Por isso, é notório que todo o esforço, objectivos e regulamentos são maioritariamente dirigidos ao desenvolvimento do hóquei patins. Também é notório que as restantes disciplinas ficam muitas vezes entregues a si mesmas, algumas votadas mesmo ao abandono federativo.

Por outro lado, a federação, atendendo às suas características, age como uma entidade fechada em si mesma.
Talvez uma das explicações possíveis para a federação ser fechada ao mundo exterior (e agir como uma engrenagem pesada e desmobilizadora) será o facto de ainda há bem pouco tempo na direcção da federação a maioria dos elementos serem provenientes das forças armadas (capitães, majores, etc.). Como sabemos a formação destas pessoas dá-lhes um espírito sui generis do tipo ditatorial (para os mais benévolos: disciplinador) que nos tempos que correm é absolutamente desfasado e até incompreensível.
Para o bem e para o mal, este tipo de personalidades fizeram escola na federação.
Como sabemos mudar mentalidades é muito difícil. O tempo poderia mudar muita coisa.
Mas será que mudou? A mudança de denominação e de imagem é um sinal de mudança?
A sensação que fica, dos que estão do lado de fora da muralha, é que o novos dirigentes, que substituíram os jurássicos dirigentes, continuam com o mesmo lay out da disciplina militar. É óbvio que em pleno século XXI (sim, estamos em 2005) quando assistimos a algumas atitudes, logo nos vem à cabeça certas personalidades históricas, do anterior século.
A FPP mudou de designação e de imagem. O pilling mudou alguma coisa?
Apesar da federação começar a utilizar as novas tecnologias, a verdade é que continua fechada. O embrulho mudou. No entanto, o espirito é o mesmo. Continuam fechados, não aceitam sugestões. Mais parece que continuam a ser o centro do mundo.
Talvez por isso não mobilizam ninguém. Talvez por isso respondem tarde e a más horas às solicitações da sociedade aceleradamente exigente. E quando começa a agir já é tarde.

Continua a fazer escola uma lógica macrocéfala e enclausurada em raciocínios muitas vezes prejudiciais às várias disciplinas. Existindo dentro da própria federação conflitos de interesses que, bem vistas as coisas, prejudicam a patinagem artística.

Isto tudo para me perguntar o seguinte: quando é que teremos o nosso primeiro atleta a fazer o triplo Axel?
Estarei a sonhar?
Ao ritmo que isto anda… talvez.

A solução passará pela FPP?

terça-feira, junho 28, 2005

Os Técnicos dos Técnicos

Leu-se:
Informam-se todos os interessados, que foi aprovado na Reunião de Direcção de 24.05.05 a constituição de um corpo de técnicos para a Patinagem Artística, com a dupla vertente de formação de treinadores e juízes, assim como o treino e preparação de atletas.
O corpo de Técnicos será formado por Cristina Claro, Mário Lago e Susana Guerra, cujos primeiros trabalhos serão a produção de um manual de treinadores de 1º grau e de um DVD
.


Ao princípio dei-lhes o benefício da dúvida. Neste mesmo espaço, afirmei que a constituição deste corpo de técnicos era de salutar.

Também analisei que a dupla vertente (que afinal é quádrupla) pecava por ser demasiado generalista, pois deveria haver especializações de diferentes corpos de técnicos. Há a necessidade de começar a surgir técnicos especialistas numa especialidade.

De todo o modo e decorrido mais de um mês sobre a constituição do “corpo de técnicos” e de já se terem realizado, quatro provas nacionais, considero que existe uma coisa que deveria ter sido feita e que não o foi.

Daí que o benefício da dúvida começa a ficar com uma margem muito diminuída.
Pois, parece inexistir uma coisa que parece ser óbvia. Aliás, o próprio nome o indica: CORPO DE TÉCNICOS.

Entre os objectivos assinalados existe um que não necessita de estar escrito. Pois, até o mais desatento, até o mais distraido logo pensaria nele. O que é?
Cheguei a esta conclusão quando distraidamente perguntei a uma criança de doze anos o seguinte: “se fosses convidado para fazer parte de um grupo de técnicos nacionais, grupo este que deve preparar e dar treino a atletas dos outros técnicos, qual era a primeira coisa que fazias?”
Resposta pronta da criança: chamava os outros técnicos para lhes dizer o que pretendia fazer com os atletas deles.
Nada mais natural e óbvio, pensei eu. Andava mesmo distraído.
Perguntei-me: Qual a primeira acção deste “Corpo de técnicos”? Não, não foi convocar os técnicos.
Aliás, ninguém sabe, com rigor oficial, o que eles estão a fazer. Oficialmente, “os primeiros trabalhos” serão a produção de um manual de treinadores de 1.º grau e de um DVD.
Apenas sabe-se do que se vê. E o que se vê é que estão a fazer visionamentos. O que se vê, nos campeonatos, é que aquilo que a senhora seleccionadora fazia (visionava) agora é feito por cinco pessoas.
É óbvio que só estou a falar do que se vê.
Voltando ao “corpo”, digo que estou a começar a ficar desiludido. Esperava mais, confesso.
Eu era daqueles que tinha esperanças que este “corpo de técnicos” fosse a solução para que esses mesmos técnicos começassem a dar a volta a este marasmo da modalidade.
Não há partilha de informações, os técnicos continuam como estavam: sozinhos.

Dirão os mais acérrimos defensores: Deixem-nos trabalhar! Vamos aguardar!
Mas vamos aguardar o quê? Pergunto eu.
Neste tipo de funções (de técnicos), ninguém pode trabalhar com algo que não existe.
Pensemos neste caso concreto: se sou técnico nacional (e tenho as funções supra referidas) não vou poder ajudar a preparar os atletas se os técnicos deles (dos atletas) desconhecerem o que pretendo.
Estarei errado?

segunda-feira, junho 27, 2005

Camp.Juvenis: o Nacional dos extremos

Para este campeonato de juvenis opto dar voz aos leitores.
Assim, se pretenderem, por favor, comentem o campeonato.

Da minha parte,apenas um pequeno comentário:
Para mim, foi o campeonato dos que fazem muito (e são poucos) e dos que fazem pouco (que são muitos).

O escalão de juvenis é o exemplo da patinagem portuguesa.
Não há uma escola portuguesa de patinagem.

As desistências dos atletas (deste escalão) vão ser em grande número.

Neste escalão, como é possivel aumentar o número de atletas e melhorar o nível?

quinta-feira, junho 23, 2005

Para onde vais patinagem?

Sem fé, ouso pensar na patinagem artística portuguesa. A patinagem lá fora evoluiu rapidamente, não podemos perder o comboio. Será importante acompanhar o nível dos melhores? Como?
Os mais velhos vão em debandada. Isto nada lhes diz. Todos os anos ficamos mais pobres.. e sós. Só os asnos se sentem felizes.
«Não me coube em herança qualquer deus, nem ponto fixo sobre a terra de onde algum pudesse ver-me.
Tão pouco me legaram qualquer dom, a astúcia racionalista ou a ardente candura do ateu.
Não ouso por isso acusar os que só acreditam naquilo que duvido, nem os que fazem o culto da própria dúvida, como se não estivesse, também esta, rodeada de trevas.
Seria eu, também, o acusado, pois de uma coisa estou certo: o ser humano tem uma necessidade de consolo impossível de satisfazer.
Como posso, assim, viver a felicidade?
Procuro o que me pode consolar como o caçador persegue a caça, atirando sem hesitar sempre que algo se mexe na floresta.
Quase sempre atinjo o vazio, mas, de tempos a tempos, não deixa de me tombar aos pés uma presa. Célere, corro a apoderar-me dela, pois sei quão fugaz é o consolo, sopro dum vento que mal sobe pela árvore. Debruço-me. Tenho-a! Mas tenho o quê, entre estes dedos?
Se sou solitário - uma mulher amada, um desditoso companheiro de viagem. Se sou poeta ou prisioneiro - um arco de palavras que com assombro reteso, uma súbita suspeita de liberdade. Se sou ameaçado pela morte ou pelo mar - um animal vivo e quente, coração que pulsa sarcástico; um recife de granito bem sólido. Sendo tudo isso, é sempre escasso o que tenho…» Stig Dagerman, A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer- Fenda ed.1995

quarta-feira, junho 22, 2005

Penalizações

Um estimado leitor escreveu:


Penalizações: castigos imputados, neste caso a atletas, que se traduzem numa subtração de 0,1 a 1 ponto à classificação original do programa. Desnecessariamente: dispensáveis. Este é o tema que proponho a discussão.

Pois muito bem. Parabéns pelo tema.

Comentário:
É óbvio que existem regras. Objectivamente, quando não são cumpridas devem ter resultados, ou seja, deve haver penalização pela sua violação.
Mas relativamente à aplicação das penalizações, sou, uma vez mais, critico.
Porquê?
Porque sou da opinião (embora reconheça que necessito de ruminar mais este assunto - e espero que esta discução me ajude) de que se houver penalização o treinador deveria saber da existência e da causa dessa penalização.

Porquê? É simples porque da próxima vez (em princípio) não cometeria o mesmo tipo de erro.
Haverá certamente quem se julgue que sabe tudo. Esta minha opinião é para o comum dos mortais, ou seja dos que, como eu, humildemente reconhecem que não sabem tudo. E do pouco que sei, ainda assim, cometo erros de analise e de procedimentos.
Vamos discutir este assunto?

Diga lá, por favor, então... erros dispensáveis? Quais?
Do programa original? Retiram de o1.0 a 1 ponto? Como valoram isso?

segunda-feira, junho 20, 2005

Corpo Tecnico Ilegal?

Da leitura deste decreto verifico que a Federação Portuguesa de Patinagem ao escolher as pessoas referidas no seu Comunicado n.º 18
http://fpp.pt/ficheiros/pdf/comunicacoes/comunicados/2005/Comunicado18.pdf
poderá estar a violar a lei, designadamente o regime jurídico da formação desportiva no quadro da formação profissional (Decreto-Lei n.º 407/99, de 15 de Outubro)
Algumas passagens:
Artigo 4.º Conceitos
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
1) Formação profissional desportiva: o processo global e permanente através do qual se adquirem e desenvolvem as qualificações necessárias ao exercício de uma actividade na área do desporto;
2) Entidade certificadora: a entidade competente para emitir certificados de aptidão profissional e homologar cursos de formação profissional inserida no mercado de emprego, relativamente à área do desporto;
3) Entidade formadora: o organismo público ou a entidade dos sectores privado ou cooperativo, com ou sem fins lucrativos, que assegura o desenvolvimento da formação a partir da utilização de instalações, recursos humanos, recursos técnico-pedagógicos e outras estruturas adequadas na área do desporto;
4) Perfil profissional: a descrição das actividades, competências, atitudes e comportamentos necessários para o exercício das profissões ou ocupações na área do desporto;
5) Perfil de formação: o conjunto de elementos definidores da formação adequada a determinado perfil profissional, compreendendo os objectivos, a organização, a duração, os conteúdos e as competências a obter no final da formação na área do desporto;
6) Recursos humanos do desporto: os indivíduos que intervêm directamente na realização de actividades desportivas, a quem se exige domínio teórico-prático da respectiva área de intervenção, nomeadamente:
a) Treinadores, os quais conduzem o treino dos praticantes desportivos com vista a desenvolver condições para a prática e reconhecimento da modalidade ou optimizar o seu rendimento desportivo, independentemente da denominação que lhe seja habitualmente atribuída;
b) Desempenham, na competição, funções de decisão, consulta ou fiscalização, visando o cumprimento das regras técnicas da respectiva modalidade;
7) Recursos humanos relacionados com o desporto: os indivíduos que, detentores de formação académica, formação profissional ou -experiência profissional relevante em áreas exteriores ao desporto, desenvolvem ocupações necessárias ou geradas pelo fenómeno desportivo, designadamente médicos, psicólogos e dirigentes desportivos.

Realização da formação
Artigo 14.º
Entidades formadoras
1 - A formação profissional regulada no presente diploma pode ser realizada, segundo formas institucionais diversificadas, por entidades públicas ou privadas, nomeadamente associações de classe, associações regionais de clubes, ligas profissionais de clubes e federações dotadas do estatuto de utilidade pública desportiva.
2 - As entidades formadoras devem emitir os certificados de formação profissional relativos à formação por elas ministrada.
3 - As federações dotadas de utilidade pública desportiva têm uma responsabilidade acrescida na organização e desenvolvimento da formação desportiva, competindo-lhes, designadamente:
a) Criar e manter centros de formação de treinadores, aos quais cabe organizar e ministrar os cursos de formação de treinadores da respectiva modalidade;
b) Elaborar os manuais de formação respeitantes à parte específica da respectiva formação, conforme previsto no artigo 16.º
Artigo 15.º
Homologação dos cursos de formação
1 - A homologação de cursos de formação é o processo organizado e desenvolvido pela entidade certificadora no sentido de verificar se o curso de formação reúne os requisitos técnico-pedagógicos que garantem a qualidade da formação a desenvolver.
2 - Na homologação dos cursos de formação desportiva, o Centro de Estudos e Formação Desportiva, enquanto entidade certificadora, avalia os seguintes requisitos:
a) Objectivos de formação;
b) Duração total;
c) Conteúdos programáticos;
d) Metodologias de formação;
e) Instalações e equipamentos;
f) Curricula dos formadores, quer a nível técnico quer a nível pedagógico;
g) Recursos pedagógico-didácticos;
h) Sistema de avaliação dos formandos;
i) Critérios de selecção dos formandos.
3 - As entidades formadoras que pretendam a homologação da formação desportiva por elas ministrada devem submeter previamente os cursos de formação à aprovação do Centro de Estudos e Formação Desportiva.
4 - Os cursos de formação homologados só podem ser desenvolvidos pela entidade formadora à qual foi concedida a homologação do curso.
Artigo 16.º
Recursos pedagógico-didácticos
1 - Os recursos pedagógico-didácticos de apoio ao desenvolvimento da formação desportiva devem abranger informação escrita, material áudio-visual e outro, concretizados, designadamente, em manuais de formação, de forma a assegurar o cumprimento dos objectivos pedagógicos de formação.
2 - O Centro de Estudos e Formação Desportiva deve elaborar, em colaboração com as federações desportivas específicas da área a que se destinam, os manuais da formação desportiva geral e o manual do formador desportivo.
3 - As federações dotadas do estatuto de utilidade pública desportiva devem elaborar os manuais respeitantes à parte específica da respectiva formação.
Artigo 18.º
Publicidade
Constitui publicidade enganosa:
a) O anúncio ou publicidade de cursos ou de iniciativas de actualização científica e técnica como tendo sido homologados pelas entidades oficiais sem que estejam reconhecidos pelo Centro de Estudos e Formação Desportiva;
b) O anúncio ou publicidade de que os cursos ou iniciativas de actualização científica e técnica possuem formadores certificados pelas entidades oficiais, de acordo com a legislação em vigor, sem que tal se verifique.
Artigo 19.º
Formadores desportivos
O exercício da actividade de formador na área do desporto, bem como a respectiva formação, regula-se pela legislação aplicável ao exercício da actividade de formador no domínio da formação profissional inserida no mercado de emprego, com as adaptações constantes do presente diploma.

Número de atletas federados ultrapassou os 400 mil

O número de atletas registados no sistema desportivo federado atingiu no final de 2004 um valor superior a 400 mil (concretamente 401 748), o que se traduz num aumento na ordem dos 50 por cento ocorrido entre 1996 e 2004. Neste período tem ocorrido um crescimento médio anual na ordem dos 17 mil atletas. Esta observação incide sobre um universo de 69 modalidades cujas federações possuem, ou possuíram naquele intervalo de tempo, o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva contratualizado com o Estado.
O maior crescimento anual, que foi sempre positivo naquele período, verificou-se em 1998 com uma taxa de 13,5 por cento relativamente ao ano imediatamente anterior. Entre 2003 e 2004 o aumento cifrou-se em 6,7 por cento, o terceiro melhor registo depois dos 10,1 por cento verificados no termo de 2002. O futebol (28,4 por cento), o voleibol (15,7) e o andebol (10,2) foram as modalidades que mais cresceram entre 1996 e 2004. No Total estas três modalidades somaram mais de 72 mil novos praticantes, número que as torna responsáveis por mais de metade do aumento verificado. Foram igualmente significativos os crescimentos do golfe (8,4) e da ginástica (7,8).

Situação das Mulheres Treinadoras em Portugal

Existem vários aspectos dos problemas que têm vindo a constituir forte obstáculo a uma mais alargada participação de mulheres no Treino Desportivo
Que explicações podem ser encontradas para alguns destes indicadores?
1. As treinadoras representam apenas 10,5 % do total de treinadores, os homens são 89,2 %.
Que razões podem explicar esta percentagem tão baixa?
(Desporto é masculino? Não há incentivos? Não existem perspectivas?)
2. A grande maioria das treinadoras (77%) tem até 35 anos. No escalão etário entre os 36 e os 55 anos, as mulheres são 20 % e os homens 51 %.
Que factores podem condicionar a permanência da actividade nas treinadoras?
Porquê um decréscimo de participação nos escalões etários mais altos?
(Constituição de família? Nascimento de filhos? Acumulação de tarefas familiares? Falta de motivação?)
3. Enquanto 63 % das treinadoras concluíram uma formação de ensino superior, nos treinadores a percentagem é quase metade (33 %).
As mulheres necessitam de mais qualificações para se imporem?
(Esta tendência é verificada em outros domínios de actividade social e profissional)
4. As treinadoras estão maioritariamente representadas nos escalões de formação – 77 % (para 54 % nos homens). Apenas 7 % das mulheres são responsáveis pela orientação do escalão sénior (contra 54 % dos homens)
As treinadoras declinam mais responsabilidades?
(São convidadas e não aceitam? Ou não são convidadas? As suas competências são postas em causa?)
Estas e outras questões pertinentes no 1.º Congresso dos Treinadores

Camp.Cadetes: o Nacional das muitas quedas e das imensas tentativas

Confesso que estava à espera de mais.
Para mim, o nível geral dos patinadores deste nacional de cadetes, nas diferentes especialidades, foi decepcionante. Baixo demais para o esforço que todos nós realizamos.
Quando as coisas correm mal é sempre bom tentar ver o que poderia correr melhor. Penso que é chegada a altura.

Sinto que, assim, ficamos para trás, relativamente aos outros países.
E lá vamos nós regressar aos últimos lugares nas classificações. E lá vem a Federação dizer que não leva ninguém aos campeonatos.
Na minha opinião, esta não é a direcção correcta para a patinagem portuguesa.

Digo isto com tristeza, com toda a frontalidade e assumindo, também eu, a minha parte da responsabilidade.
Não escrevo isto com qualquer intenção de critica, mas apenas e tão só de analise. Perdoei-me se cometo algum lapso. Podem não estar de acordo. Admito mesmo que a minha perspectiva possa estar errada. No entanto, gostaria por esta questão à discussão. Sem pessoalizar!

Como disse estava à espera de ver outra coisa.
Todos tentaram tudo. Mas ninguém fez quase nada.

Todos os anos é a mesma coisa!
Os treinadores, pessoas observadoras, já chegaram à seguinte conclusão:
Se o/a patinador/a vai tentar fazer o que sabe, perde o campeonato ou então é mal classificado.

Qual será a solução, perguntam-se?
Ponho o/a miúdo/a a tentar realizar a Missão Impossível. Não é a música! Não, não, são mesmo os exercícios do esquema. O patinador tenta fazer exercícios que não sabe fazer, pode ser que cole. E todos os anos parece que cola.

Neste campeonato, na patinagem livre (desculpem-me o plágio da frase) houve muita palha e pouca patinagem artística.
Os juízes, coitados, tiveram imensa dificuldade em digerir tanta comida seca. Sinal desta dificuldade foi o tempo que demoravam a fazer sair uma nota. Muitas vezes era tanta a dificuldade que durava mais tempo a preparar a nota do que o tempo do atleta patinar o esquema.

De quem é a culpa? Para mim é dos juízes. Porquê?
Porque, como se voltou a ver neste campeonato, avaliaram as tentativas como se fossem exercícios. A certa altura estavam a cotar as tentativas como se fossem exercícios bem feitos, as quedas também são cotadas. Como dizia o outro, comem tudo! Seca, molhada...tudo

Senhores juízes acordem para a modalidade! Acordem para os regulamentos! Juízes, disse bem, e não Juiz! Os senhores têm que ser um corpo. Têm tantas (algumas) acções de formação e … nada, todos os anos caiem no mesmo erro.
Penalizem as quedas. Por cada queda, pimba desce a nota.
Assim, no final do esquema haveria patinadores que estariam em dívida para com o corpo de juízes. O crédito seria a vosso favor.
O patinador faz um tentativa: zero é como se nada fizesse, ou então 0,1 , no máximo.

Imediatamente, os senhores treinadores, como são pessoas atentas e observadoras, mudavam de TÁCTICA. Jogavam à defesa. Fazer pouco, mas bem. Sem cair.

No próximo campeonato, muito provavelmente, conseguíamos ver patinagem. Conseguíamos ver essencialmente patinagem artística.

quinta-feira, junho 16, 2005

Portugal Turista VS Portugal Eficiente e Moderno

Estive a ler o comunicado n.º 1, da Taça da Europa
Destaco duas passagens:
«A Organização porá à disposição das selecções participantes um serviço privativo de autocarros que para além de assegurar o regular transporte dos participantes das unidades hoteleiras para o Pavilhão e vice-versa, assegurará também os transfers do e para o Aeroporto.» CUSTOS E MAIS CUSTOS
«9. RECEPÇÃO ÀS DELEGAÇÕES
Todas as delegações estrangeiras que cheguem através do Aeroporto Internacional de Lisboa, serão recebidas pela Comissão Executiva que as encaminhará para os locais de alojamento.»
CUSTOS E MAIS CUSTOS

COMENTÁRIO:
Infelizmente só se realizam Competições Internacionais em Portugal de patinagem artística (Campeonatos da Europa e Taça) quase de 10 em 10 anos.
Todos os anos lá vão os atletas ou para a Itália ou então para a Alemanha. Esporadicamente Espanha, França, Eslovénia, ou Inglaterra

Quanto a mim existem várias razões para não se realizar competições em Portugal:
1.ª -PATINAGEM ARTÍSTICA PARENTE POBRE DA FPP
Falta de interesse da FPP pela patinagem artística – é público e notório que a federação não aposta na patinagem artística, por isso só mesmo quando algum clube ou associação se enche de força e se candidata é que eventualmente a federação se esforça, mas quer sempre obter grandes contrapartidas.
2.ª- TURISMO DESPORTIVO
As pessoas da FPP são peregrinos nesta ideia salazarenta: Portugal quando organiza provas tem de por tudo à disposição dos países visitantes. Portugal o país hospitaleiro! Confundem Desporto de Competição com Turismo. Aquelas cabeças têm a sua razão. Pois quando vão lá fora normalmente vão fazer turismo (desportivo) e não competição pensam que os outros são iguais. Por isso, não conseguem compreender que quem vem cá, vem para competir e não para passear. Para passear vêm os holandeses, ingleses, suíços… e os portugueses... Este tipo de mentalidade é um bom exemplo dos dirigentes que temos (Faz-me lembrar aquele Campeonato do Mundo de Hóquei, no Brasil, onde foram todos os elementos da direcção da FPP para assistir ao campeonato :) ).
3.ª DINHEIRO DEITADO FORA COM EXIGÊNCIAS E BENESSES PRÓPRIAS DE UM SISTEMA MEDIEVAL
Cada vez que se realizam estes eventos existe uma imensa lista de exigências absurdas da federação. Há sempre muita gente a passear e a comer à grande. Já não é a primeira vez que alguém desabafa no final que não se mete a realizar uma prova destas. Quem trabalha fica vacinado! Nunca mais pretende meter-se numa coisa igual, tamanha é a listagem de superficialidades. Quando vamos lá fora vemos até os pais do patinadores do clube organizador a servir e a fazer almoços para ganharem algum dinheiro para a secção de patinagem. Aqui vêm todos (dirigentes e acólitos) comer à pala. Por cá, quem trabalha são as pessoas que estão no terreno, o resto é passeio e mordomias.
4.ª FALTA DE UM PLANO QUE CONDUZA ÀS MEDALHAS
Quando o campeonato acaba fica-se com uma sensação de vazio , pois as nações estrangeiras levam as medalhas todas, passa-se os dias dos campeonatos a ouvir os hinos italiano, alemão e espanhol. Para isso, para ouvir e ver a subir a bandeira dos outros países, ligo a televisão e vejo a Formula 1. Não existe um planeamento a médio prazo com vista a ter um lote de atletas campeões durante os campeonatos realizados em Portugal. E aí sim. Conseguia-se dar uma imagem de um país eficaz e trabalhador. O turismo é outra coisa

Lá fora os organizadores só têm despesas com o pessoal da CEPA, o resto da comitivas que se desenrasquem.
Quando vamos lá fora, temos que ir pelos nossos pés até aos pavilhões e hotéis.Ninguém diz nada nem ajuda.

Se não houvesse tantas exigencias e despesas, tenho quase a certeza que havia muita gente a candidatar-se aos campeonatos em Portugal.
Portugal seria também candidato a realizar provas internacionais todas as épocas.

quarta-feira, junho 15, 2005

Taça da Europa- Nazaré- Comunicado n.º1

Foi já publicado o 1.º comunicado referente à Taça da Europa
http://fpp.pt/ficheiros/pdf/patinagem-artistica/eventos/TacaEuropa/Comunicado1_Por.pdf

Os lugares dos que organizam já estão distribuidos.

Falta saber quem vão ser os artistas lusos.
Quanto mais cedo se souber mais cedo se consegue planear o trabalho, período de férias, tempo de remodelação de esquemas e outras coisas importantes para se estar em força.

Força Portugal!!!!

Saber ser pessoa, saber ser Treinador

No passado dia 10 de Junho, no pavilhão de Baguim do Monte, em Gondomar, realizou-se uma acção para os atletas de Solo Dance e Dança, da área da APP.

Esta iniciativa veio publicada no site da FPP FPP (http://patinagem-artistica.fpp.pt/seleccoes/) e, segundo a FPP, tem em vista a “participação Portuguesa nas várias competições internacionais, a realizar durante o ano de 2005, encontra-se já elaborado o plano de preparação dos atletas que irão enquadrar as respectivas Selecções Nacionais.

Ou seja, é dito que existia um plano de preparação de atletas, mas, afinal tratou-se de um visionamento. Enfim...

Parece-me que, o que deveria ter sido dito era: no dia tal vai haver um visionamento dos seguintes atletas.

Mas o que me faz reflectir sobre esta questão não é propriamente os constantes lapsos de linguagem ou, em última analise, a informação objectivamente enganosa que a FPP repetidas vezes veicula.

O que me faz reflectir sobre esta e outras iniciativas é a constante falta de respeito relativamente às pessoas que exercem as funções de Treinadores dos atletas convocados.

Eu explico porquê:
Ninguém tem dúvida que o trabalho apresentado pelos atletas convocados tem uma pessoa responsável. Essa pessoa é o Treinador (ou Treinadores, no caso de serem vários). Assim, há uma pessoa que é fundamental na construção, formação e desempenho do atleta. O Treinador do atleta.
Porém, os Treinadores são constantemente esquecidos. Esquecidos pela FPP e até pelos seus colegas (ou ex-colegas) que estão a exercer cargos na FPP.
Olhamos para as convocatórias e :
Sai uma convocatória individual para os atletas seleccionados;
Sai outra para o clube a indicar quais são os atletas convocados;
Em ambas as convocatórias saiu um horário. No horário é feita a referencia à existência de um reunião com os clubes.

Mas, sobre os Treinadores nem uma palavra.

Nenhum dos Treinadores dos atletas foi convocado para comparecer. Ou seja, os Treinadores foram (e são) simplesmente ignorados.
Afinal não contam para nada. E, de facto, o que se sente é que o trabalho deles é inócuo, sem valor e descartável. Nada mais errado!!! Errado e , bem vistas as coisas, humilhante.

No entanto, quase todos os treinadores compareceram. Fizeram bem? Eu pessoalmente acho que não. Porquê?
Por uma questão de Princípio.
O povo diz: quem quer ser respeitado tem que se dar ao respeito.

Para mim não se trata de esquecimento. É mesmo falta de respeito pelas pessoas, pelo trabalho realizado. Não digo que seja de propósito. Poderá ser falta falta de chá :), ou então de bom senso.
Mas a culpa não é deles, mas sim dos treinadores.

Os Treinadores têm que se convencer que só defendem o seu trabalho, os seus atletas e o trabalho realizado em prol da patinagem da artistica, quando exigirem que os respeitem a eles e aos atletas. Caso contrário, jamais conseguirão sair da mediocridade pessoal.

Eu penso que os Treinadores portugueses são solidários entre si, mas como classe não existe qualquer solidariedade. É a Lei da Selva. E isso está mal!

Eu sei, eu sei que anda por aí gente ávida de protagonismo. Acho condenável!!!
Mas também acho que não é pelo facto dos outros se comportarem mal eticamente que vou fazer a mesma coisa. Gente fraca há em todo o lado. Temos que dar mostras de sermos dignos e pessoas verticais.

O que eu defendo é que, se nas convocatórias não se convocar os Treinadores, nenhum deveria comparecer.
Os que lá fossem (do tipo intrometido, a banjular) ficariam manchados, por terem quebrado a sua honra, solidarieade e respeito dos Treinadores. Ser Treinador não é ser mercenário ou vendedor de indignidades a troco de favores pessoais.

Talvez se todos faltarem, da próxima vez as coisas correriam de forma diferente. E dar-se-ia um pequeno passo na credibilidade da modalidade. Na credibilidade das pessoas que honradamente desempenham a função de Treinador.

Lamento mas penso assim !!!
Pois guardo para mim, como referencia de vida, esta frase:
O sucesso de um Treinador não se mede exclusivamente pelo número de vitórias ou derrotas que vai acumulando ao longo da sua vida, mede-se sim pelos contributos que da sua acção resultam no desenvolvimento do sistema desportivo, das modalidades, dos atletas, dos outros treinadores, dirigentes e de todos os cidadãos em geral”.
Será que temos gente?

terça-feira, junho 07, 2005

A mulher de césar, os insultos, as difamações e coisas quejandas

Já escrevi isto uma vez. Por razões óbvias, volto a re-escrever.
Verifico que algumas pessoas não conseguem viver sem dizer mal dos outros.

Desde o início deste blogue tenho afirmado que o boato, a intriga e difamação não devem vir para este lugar.

A difamação ocorre na ausência do visado e vem já dos tempos antigos.
As relações da maledicência com os outros pecados da fala são numerosas. Partilha com o insulto, a maldição e a bajulação ou lisonja servil a classificação de pecado contra o próximo, mas aparece sempre separada destes outros pecados.
O insulto, filho da cólera, vira-se contra a honra de uma pessoa presente mas pouco considerada, enquanto que a maledicência, filha da inveja, ataca a reputação duma pessoa ausente.
A duplicidade cobarde do difamador que ataca a vítima pelas costas assemelha-se à simulação hipócrita do bajulador, que louva de maneira injustificada a pessoa que tem à sua frente.
São, pois, os instrumentos usados pelas pessoas que, bem vistas as coisas, manifestam um espírito cobarde.

Meus Senhores, vamos apenas a factos e deles vamos tentar reflectir com elevação. Este blogue é o exemplo dos sinais dos tempos. Vamos viver abertamente, sem jogadas de bastidores e num espírito de dialogo. Onde verdadeiramente se possa falar. Sem recorrer ao insulto.

Um dos problemas que nós portugueses temos é o uso do boato e da maledicência. Este problema nada tem a ver com a patinagem artística, é mesmo do país. É o país que temos. As pessoas da patinagem são o reflexo do país, e vice-versa.

Por favor, parem com esse tipo de conduta que, na minha modesta opinião, não leva a nada.

O objectivo deste blogue já foi mencionado. Quem quiser colaborar tem todo o direito (e dever), para o bem da patinagem artistica portuguesa.

A todos que têm responsabilidades na modalidade é necessário dizer claramente que "à mulher de césar não basta ser séria, é necessário parecer".
Quem exerce cargos tem que estar sujeito à critica. Exige-se, cada vez mais, transparência de meios e de métodos.
Todos estão convidados para vir a (este) terreiro defender a sua posição e, no caso de ser manchada, a sua honra.

Post scriptum:
Como dizia alguém: "Às vezes apetece-me escrever. Por que Diabo não hei-de partilhar as minhas ruminações convosco?" Júlio Machado Vaz in morcun

Pergunto, e vocês porque não partilham as vossas ruminações?

Obrigado!

segunda-feira, junho 06, 2005

RESULTADOS: Camp Nacional -INICIADOS-1.ªs-

Vejam as classificações:
http://fpp.pt/ficheiros/pdf/patinagem-artistica/classificacoes/Iniciados_1categ.pdf

Comentário breve:

O nível geral foi baixo. É assim há anos. Com honrosas excepções...

Uma referência aos juizes que se esqueceram das imposições obrigatórias relativamente à entrada do "TOELOOP". Os atletas que executavam toeloop, tipo Axel, com entrada de frente eram cotados de igual forma àqueles que tentavam fazer de acordo com as novas regras.
Aliás, bem vistas as coisas, neste Campeonato Nacional, ninguém fez a entrada de acordo as novas regras. Todos foram cotados como se fizessem bem.

Parece que ninguém está preocupado em fazer as coisas bem.

Relativamente à aplicação das regras de ajuizamento, não há critérios iguais em todos os Campeonatos, .
No Torneio de Infantis houve penalizações (para quase todos). Neste Campeonato os juizes ou não sabiam ou, então, fizeram "vista grossa".

Nos Campeonatos deste tipo (escalões de formação) deveriam valorizar apenas a qualidade técnica. Fazer pouco, mas bem. Do que muito e mal.

Haverá alguém interessado em levar a patinagem portuguesa para a frente?

quinta-feira, junho 02, 2005

O corpo de Técnicos

Aquilo que muita gente falava agora tornou-se oficial.

«CORPO DE TÉCNICOS
Informam-se todos os interessados, que foi aprovado na Reunião de Direcção de 24.05.05 a constituição de um corpo de técnicos para a Patinagem Artística, com a dupla vertente de formação de treinadores e juízes, assim como o treino e preparação de atletas.
O corpo de Técnicos será formado por Cristina Claro, Mário Lago e Susana Guerra, cujos primeiros trabalhos serão a produção de um manual de treinadores de 1º grau e de um DVD

Comentário:
Naturalmente, sauda-se a iniciativa, porque a patinagem artística portuguesa já reclama vários corpos, nas diversas especialidades, há décadas. Mais vale tarde do que nunca...
Parabéns pela iniciativa!
Embora , aos meus olhos, tardia e redutora.
Acresce ainda que:
Porque não são apontados, obviamente, interroga-se os critérios de selecção.
No entanto, o benefício da dúvida existe. Aos olhos da Direcção da FPP estes elementos são as pessoas indicadas.
Assim, para credibilizar a modalidade, por uma questão de transparência e na defesa intransigente das pessoas em questão, haverá algum mal a FPP dar a conhecer o curriculum vitae de cada um dos constituintes do corpo?
O escopo do corpo de Técnicos, manifestamente, é rebuscado numa alegada dupla vertente que, no fundo, é uma quadrupla.
Estranhamente, ou talvez não, inexiste prazo para o terminus da apresentação dos "primeiros trabalhos".
Atendendo ao objecto limitado do 1.º grau, seria bom que no final do mês de Junho de 2005, estivesse publicado esse manual.

quarta-feira, junho 01, 2005

A "ignorância" dos Sr.s Juizes levanta "protesto"

Porque tem interesse para todas as pessoas ligadas à modalidade, publica-se um excerto de uma carta dirigida aos órgãos oficiais da modalidade.
Carta:
“Os motivos que levam a este "protesto" (não tem o sentido dado pelos regulamentos) centram-se no não cumprimento por parte dos atletas d……. (Pares Artísticos) e 1ºs classificados no escalão de …., do regulamento em vigor para a referida prova.
Relativamente à prova de pares artísticos, o par do clube ….. realizou 3 elementos não previstos no regulamento ou seja, 2 elevações e uma espiral interior frente. Ora, segundo o Regulamento Técnico de Patinagem Artística 2005, no ponto 2. relativo a Pares Artísticos Infantis:
"Só pode conter os seguintes elementos:
- Saltos individuais de uma rotação mais axel, duplo toe loop e Duplo Salchow podendo ser no máximo 3 combinações com um mínimo de 2 saltos e um máximo de 5 saltos, dentro da lista de saltos acima referidos.
- Piões individuais verticais e em baixo com qualquer rodado: avião exterior frente e exterior trás; também podem ser executados em combinação.
- Saltos lançados: no máximo de uma rotação.
- Piões de contacto: em cima, em baixo, hazel, que também podem ser feitos em combinação.
- Espirais: avião exterior trás.
- Passos de ligação: um circulo de passos de ligação.
- Não são permitidas elevações."
Além disso, o par artístico d…., classificado em 2º lugar na prova, para além de ter feito elementos não permitidos, apresentou um esquema que, no seu todo, não se pode considerar como par artístico. Segundo o Regulamento Geral de Patinagem Artística, Secção VII, Artigo 156º: 1. Numa prova de Pares Artísticos, o esquema de cada par deverá incluir os seguintes elementos:
a) Saltos em sombra;
b) Piões em sombra;
c) Elevações assistidas;
d) Saltos lançados;
e) Piões em contacto;
f) Espirais da morte;
g) Passos de ligação, em sombra e em contacto.
O par artístico d….. não apresentou qualquer pião em contacto pelo que, caso tivessem sido devidamente avaliados e eliminando os elementos não permitidos, seriam, no mínimo, colocados em 4º lugar. O Clube …. foi assim prejudicado em 2 lugares no pódio.
O mesmo sucedeu na prova de ……. Masculinos e Femininos em que os atletas melhor classificados efectuaram um ToeLoop num escalão em que tal não é permitido. Segundo o Protocolo da …. para a Taça ….:
Patinagem Livre:
Grupo C - Esquema constituído por elementos dos "Testes Elementares".
Duração 1' 30''
Verificando o regulamento dos Testes Elementares, o Toe Loop não consta!
Assim sendo, o Clube …. pretende:
1º - Uma reunião urgente com todos os juízes da Associação de Patinagem d.... e dos clubes presentes na Taça … para que esta situação seja debatida e para que tal não se repita, principalmente tendo em conta que se aproxima uma prova do género (Torneio d…);
2.º - Que seja aplicada uma sanção ao corpo de juízes por não terem aplicado, quer por ignorância quer por desleixo, as penalizações por não cumprimento do regulamento em vigor para o escalão;
3.º - Uma reciclagem urgentíssima para todos os juízes centrada em pares artísticos uma vez que, uma vez mais, ficou demonstrado que os juízes não possuem os conhecimentos necessários para avaliar atletas nesta especialidade.
Na expectativa de uma resposta favorável às nossas intenções, despedimo-nos com as melhores
Saudações desportivas"


COMENTÁRIO:
Qual será o resultado deste “protesto”? Cairá em “saco roto”?
A culpa irá morrer solteira?
O regulamento de Juízes e Calculadores de Patinagem Artística e Dança no seu art.º 5.º, n.º 5 diz:
Compete ao Conselho Nacional de Juiz e Calculadores, em especial:
Regulamentar, dirigir e fiscalizar o recrutamento, a preparação técnica e as actuações dos Juízes e Calculadores.

Como sabem este Regulamento não consta no site da FPP
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