sexta-feira, abril 29, 2005

Entrevista Tania Romano- Campeã - 2.ª Parte

A entrevista decorreu no salão da casa dela em Trieste, e descobrimos que ela tem além do mais um grande sentido de humor.
Lugar e dia de nascimento?
10 Janeiro de 1983, en Trieste.
Como começaste a patinar e que idade é que tinhas?
Comecei como se fosse um jogo. Meus pais, bem não, mais concretamente a minha mãe levou-me a fazer um curso de verão.
Tinha 5 anos e meio e divertia-me muito a patinar. Depois comecei a participar em campeonatos , e gostava. A minha mãe vinha-me buscar e eu não queria sair nunca do ringue. Recordo-me perfeitamente. Foi uma verdadeira paixão desde o início.
Em que Clube patinas?
Polet. Sempre patinei neste clube.
Que treinadores te ensinaram mais?
Comecei com Peter Brlec, que foi o meu mestre, me ensenou muito, a base dos saltos e a técnica. Estive com ele dos 5 aos 14 ou 15 anos. Depois tambem treinei com Elvia Vitta, e lde seguida com Mojmir Kokorovec. Desde há um par de anos que treino às vezes tambem com Laura Ferretti, principalmente figuras obrigatórias.
Para que patinador(a) olhavas quando eras pequena? (qual a tua referência?)
Quando era pequena decorava os esquemas de Sandro (Campeão do Mundo italiano) e do Samo (campeão do Mundo italiano). Estava sempre atenta ao que eles faziam. Todas as manhãs ligava o vídeo e via os esquemas dos programa de livres dos dois e sabia-os de trás para a frente.
Antes de seres campeã do Mundo, que adversárias querias ganhar?
Quando era pequena eu não rendia muito em competição, falhava muito. Não pretendia ganhar a ninguém, o que eu queria era ganhar a mim mesmo. Porque com o medo e os nervos falhava muito. Talvez não só pelos nervos, mas também por mais coisas. Na verdade, ao entrar em competição eu mudava a minha atitude e eu queria combater este meu problema.
Tanja és o que muitos poderiam definir como a patinadora quase perfeita. Saltos triplos excelentes, com grande velocidade, com altura e deslise, própios da patinagem masculina. Piões de avião com boas posições corporais, controlo e velocidade de rotação.
Grande habilidade para realizar o trabalho de pés (passos de ligação) que tanto enriquece e aumenta o valor dos esquemas.
E acima de tudo tens uma elegância inata, fazes desde um simples cruzado para a frente, até aos mais complexos movimentos coreográficos, sem perder, com cada parte do corpo, o ritmo musical.
Tanja, há algum aspecto em que podes dar mais de ti? Ou seja, há algum aspecto que possa evoluir ainda mais?
Eu não sou perfeita, quem me dera. Creio que nunca o serei. Tenho muito que melhorar, na técnica e na coreografia. Nos saltos, creio, e espero, que há muito por aprender e melhorar, novos saltos. E na coreografía tambem. Nos ultimos anos trabalhei com vários coreógrafos e isso me serviu para me enriquecer. No entanto, considero que ainda tenho muito caminho pela frente. Tenho muito para evoluir.
Qual o dia mais feliz da tua carreira desportiva?
Espero que ainda esteja para chegar.
A tua derrota mais triste?
Esta pergunta já me fizeram numa outra ocasião. E quando me perguntam sempre respondo que o pior campeonato foi o meu primeiro mundial, na Australia, em 1999.
Era o mundial de juniores. Pondo de parte que falhei todo o programa longo, naquele ano havia patinado muito bem o campeonato nacional italiano. Convocaram-me directamente para o mundial e ainda era juvenil. E logo nesse ano falhei. Vivi muito mal aquele mundial. Havia muitas expectativas criadas e logo tive o azar de me correr mal.

Taça da Europa 2005-Nazaré-Portugal


Foi aberto hoje o site da Taça da Europa.
O endereço é o seguinte: http://www.cm-nazare.pt/patinagem/index0.htm
Parabéns aos promotores do evento.
Posted by Hello

quinta-feira, abril 28, 2005

Entrevista com Tania Romano- Campeã do Mundo Senior 2002, 2003 e 2004- 1.ª Parte

Na Secção de entrevistas (reportajes) do site da Federação Espanhol foi publicado uma entrevista de interesse para os amantes da modalidade.
Ao contrário do site da nossa Federação, os espanhois entrevistam os atletas.
Mas afinal não é por causa dos atletas que a modalidade faz sentido? Por cá parece que não!!!
Mas os espanhóis vão mais longe. Para eles interessa conhecer não só os patinadores espanhois mas também os campeões de fora de Espanha, como já foi o caso ao entrevistarem Luca Lallai e Luca D. Alisera, o coreografo e excelente patinador Sandro Guerra, e o grandíssimo técnico Leonard Lienhard, entrevistas publicadas no site espanhol.
Agora, foi a vez de uma outra grande campeã, que conjuntamente com as patinadoras da talha de Laura Sánchez (Espanha) e Heather Mulkey, está a escrever a história da patinagem feminina mundial. Fala-se, sem dúvida, da excepcional Tanja Romano.
Francesco Cerisola. Sandro Guerra. Samo Kokorovec. Tanja Romano. Todos estes nomes são conhecidos no mundo da Patinagem Artística. São os nomes de quatro Campeões do Mundo. Porém, estes atletas não têm apenas em comum o facto de terem ganho medalhas de ouro nos mundiais de patinagem artistica, de comum têm também o facto de terem nascido os quatro na cidade italiana de Trieste.
Pergunta-se: O que terá de especial esta cidade do norte de Italia, com tão destacados atletas?
Entre o ano de 2002 e o ano de 2004, a triestina Tanja ganhou 5 Medalhas de Ouro nos Mundiais, as quais 2 em livres e 3 em combinado. Estes resultados não surpreendem para quem já a viu a patinar.
Esta grande patinadora reúne todas as condições de uma desportista de excepção. Como capacidades (atitudes) físicas encontramos-nos perante um talento, e desde muito cedo foi uma pessoa de excepção.
A isso há que aliar um aspecto físico espectacular, uma elegância inata e um sentido musical que descobriremos, mais à frente, que não é por acaso.
Para além disso, junta um grande amor pela patinagem artística. Esse amor fez com que trabalhasse duro (para se ser campeão é necessário trabalhar muito) e tentar melhorar ano atrás de ano, e ainda a força psicológica que adquiriu nos últimos tempos, mostram-nos a Tanja patinadora (a grande patinadora).
No entanto, não são estes os únicos ingredientes do seu enorme sucesso. Como pessoa também é especial.
O Desporto não só pretende formar atletas, mas também pessoas. Pessonas capazes de lutar, de trabalhar (muito), de obter vitórias, mas, acima de tudo, saber enfrentar as derrotas.
No Desporto as pessoas aprendem diversos Princípios e Valores, por exemplo a do companheirismo, da verdade, da solidariedade e do desportivismo (far-play). E na Tanja descobrimos uma grande pessoa, que se apresenta sempre nos ringues com uma atitude simpática e serena, rodeada com os seus companheiros de selecção.
Com esta entrevista os espanhois pretenderam conhecer um pouco mais a fundo a campeã de Trieste. Esta triestina que marcou um momento histórico na recente temporada (2004/2005) quando uniu a sua genialidade à do coreógrafo Sandro Guerra, e nos deixou marcada para sempre na memória a sua inesquecível interpretação das Danças Romanas de Bartok. Foi no programa longo que lhe valeu pontuações de 10.0 na Nota Artística, no Campeonato do Mundo em Fresno (no passado mês de Novembro de 2004, nos Estados Unidos), e que os vídeos não param de repetir vezes sem conta.

quarta-feira, abril 27, 2005

Campeonato Solo Dance- I

Na minha humilde opinião, o nível global apresentado pelos patinadores nesta edição do Solo Dance foi superior aos anos anteriores.

A sensação com que se fica é que a Dança (que engloba os pares e os individuais) em Portugal está a evoluir. Devagar, é certo, mas nota-se uma certa evolução.
Parabéns aos intervenientes, ou seja os atletas e os treinadores. A Federação como só chama para os estágios alguns poucos atletas, tem nesta matéria um pequeníssimo contributo.

Talvez se no início da época houvesse uma acção de formação conjunta, com treinadores e juízes, para se estabelecer regras relativas a cada dança, a evolução seria maior.

O problema que se nota é que não há uma orientação relativamente ao que interessa avaliar.
As notas são díspares e muitas vezes absurdas (isto sem contar com as vinganças pessoais e as desonestidades, onde a solução é retirar essas pessoas da modalidade).

Por exemplo, numa dança obrigatória (assistimos juízes a dar 4.5 e outros 7.0. É o descrédito total!!!

Assim, os atletas e treinadores ficam sem saber o que é efectivamente valorizado.

No final da prova deveria haver um encontro para se fazer um ponto da situação (tem de haver capacidade para, objectivamente, fazer um balanço do trabalho de todos) e, eventualmente, alguma prestação de esclarecimentos do ponto de vista técnico.

Assim, provavelmente os erros, de parte a parte, seriam diminuidos. E nessa situação os atletas ficavam a ganhar (pois ficavam conscientes do que tinham de melhorar e de trabalhar).
Ficavam todos a ganhar: os atletas, treinadores.
E, acima de tudo, ficavam a ganhar a Patinagem Artística e Portugal.

Lazer (e promoção) VERSUS Alta Competição

Qualquer iniciativa que seja realizada ao nível da promoção e divulgação da modalidade, está votada ao sucesso. Desde logo porque a patinagem artística é, pela sua natureza, um desporto cativante e espectacular (quero dizer: própria para o espectáculo). E porque as pessoas que se envolvem nessas iniciativas têm objectivos bem precisos. Objectivos esses que, em bom rigor, não são de difícil execução, do ponto de vista de resultados a médio e a longo prazo.

Mas se o objectivo da modalidade para a Federação passa unicamente por entreter crianças, então a Federação tem as pessoas nos lugares certos, como aliás se dizia num post anterior.

O problema levanta-se quando é necessário fazer funcionar uma estrutura voltada para o alto rendimento, para a alta competição. E, nessa vertente, parece manifesto que a incapacidade é total.

Uma coisa é promover a modalidade, outra, bem diferente é trabalhar ao mais alto nível.

terça-feira, abril 26, 2005

Um péssimo serviço à modalidade

Depois de realizado mais um Campeonato Nacional de Solo Dance, planeava escrever alguma coisa sobre os principais artistas, ou seja, os atletas (nível técnico global apresentado, patinador revelação, esquemas de criação e livre mais originais, etc., etc.) .

Mas, perante a prestação dos juízes, este campeonato ficou manchado ...
manchado pela má prestação daqueles que deveriam passar por despercebidos: os juízes
(não são eles a razão desta modalidade existir, mas são eles a razão desta modalidade existir assim). É o descrédito completo!
Assim, os verdadeiros (e maus) artístas foram os juízes que, uma vez mais, se evidenciaram.

Mau demais para ser verdade...

Valerá a pena os atletas trabalharem e esforçarem-se para que certos juízes, impunemente, lhes estraguem todo o seu esforço e dedicação?
O que fazer quando os juízes não sabem separar os bons atletas dos maus? O que fazer quando um juiz dá 4.9 e outro 8.0 (na mesma dança)?
O que se deve fazer quando um juiz reiteradamente prejudica certos atletas só porque estes são treinados por uma pessoa que esse juiz detesta?
O que fazer quando um juiz não consegue disfarçar a preferência e dá sempre um ponto acima (faça bem ou mal)?

Quem defende os atletas destes sujeitos que não conseguem ser imparciais e justos?

Posso estar errado, mas a impressão que me ficou é que se ninguém tiver mãos nos juízes, não vale a pena andarmos aqui a lutar por uma patinagem melhor (a patinagem só avançará se houver juízes imparciais, honestos, justos, integros e idóneos).
Os clubes podem fazer alguma coisa? (O Comité Nacional está visto que não, pois até premeia os infractores, convocando logo para as próximas provas).
Não houve um único juiz que desse um sinal positivo na sua actuação. Tantos foram os erros cometidos. Por quinze vezes tiveram que corrigir as notas. Fora as vezes que foram advertidos para corrigir (numa delas demoraram cinco minutos até a nota sair).
É para dizer: quem, neste campeonato, vestiu a farda de juiz prestou um péssimo serviço à modalidade.

Um belo serviço à modalidade

O dia 25 Abril, na Nazaré, ficará na memoria de todos que participaram e divulgaram a patinagem.
Tivemos 2 pistas diferentes, uma para quem sabia andar e outra com alcatifa para quem queria aprender. A segurança nessa pista era total, tinhamos equipamento para que nada acontecesse(capacetes, proteções de pulsos e joelhos).
Passaram pelas 2 pistas mais de 300 pessoas e o sucesso foi enorme. E a publicidade a Taça da Europa foi constante a nivel sonoro, como de panfletos.
Tenda de apoio com imagens de patinagem e fotos. O sucesso foi tanto que 2h25 minutos depois, tivemos que acabar porque a nivel humano não havia condições para os monitores continuarem, pois durante esse tempo todo calçaram 300 crianças!!!
No fim, a pergunta era: quando seria o próxima vez???
E digo-vos que consegui, depois de falar com o sr. Presidente da Camara da Nazaré, uma pista durante o verão para divulgar a patinagem e a taça da Europa, com funcionamento diário e montada na praia!!!!!!
Digo-vos que a Nazaré tinha milhares de pessoas que ao passarem, pela praça principal paravam ...tiravam fotografias e queriam saber mais sobre o nosso desporto e quando era a Taça da Europa. Estrageiros vieram ter connosco e pediam informações. Foi uma tarde de Festa no dia da Liberdade...E foi o que senti hoje como é bom ter liberdade e fazer os outros felizes e eu ser feliz ......
Longe das guerras e daqueles que se dizem os Don Quixotes da patinagem Portuguesa!!!Temos imagens e fotos para vos mostrar. Em Junho vamos fazer o encerramento das escolas primárias, na Avenida principal da Nazaré junto ao mar, o trânsito será parado e o alcatrão vai ser invadido pelos patins e pelas crianças. Tudo isto com a presença da televisão e jornais, etc.. Foi bonito, mas .... só é bonito quando se está no meio de gente bonita e verdadeira, que esta mensagem passe e que o brilho dos olhos das crianças....faça quem manda ter uma luz e perceba que só com a união de todos podemos levar a patinagem longe.
Ass.:Frederico Sá

sexta-feira, abril 22, 2005

Vejam as diferenças de cursos - Portugal vs Espanha

Para o caso dos organizadores de cursos de treinadores da FPP lerem este blogue vejam a diferença entre a “brincadeira” a chamam curso e que pretendem organizar e a qualidade dos cursos dos nosso vizinhos espanhois.
http://www.fep.es/reglas.asp VERSUS anúncio http://www.apporto.pt/downloads/159.pdf

O curso da Federação Espanhol define o número de horas, professores, conteúdos, instalações, etc. A finalidade do curso é proporcionar aos alunos uma formação desportiva de qualidade e garantir a sua qualificação na iniciação, aperfeiçoamento técnico, treino e direcção de equipas de hóquei sobre patins, patinagem artística, corrida de patins e hóquei em linha, respectivamente.
A assistência e aproveitamento do curso dá direito a obter o título correspondente, que é a de Técnico Desportivo Superior em Patinagem (Modalidade: Patinagem Artística, etc.).

COMITÉ ORGANIZADOR
Direcção: Alberto Areces Gayo Coordenadores das modalidades: - Hockey em patins: Alberto Areces Gayo - Patinagem artística: Jaime Terry - Patinagem de velocidade: Juan Antonio Martínez Goñi - Hóquei em linha : José Ramon Lanz Secretaria: Montse Hernández (93.292.80.80)
CONTEÚDOS:
Bloco comum: - Área de fundamentos biológicos: 35 h. - Área do comportamento e da aprendizagem : 20 h. - Área de teoria e prática do treino desportivo : 30 h. - Área de organização e legislação de desporto: 15 h. TOTAL: 100 h.
Bloco específico: - Áreas de formação técnica, táctica e regulamentos, de entretenimento específico, de segurança e higiene no desporto, e de desenvolvimento professional: 330 h. Periodo de práticas 200 h. Carga horária total630 h. Lugares do Bloco Específico:
- Barcelona : -Hockey sobre patines, -Patinaje artístico o Instalaciones: por determinar - A Coruña: -Hockey sobre patines, -Patinaje artístico
oInstalaciones: por determinar -Madrid :-Hockey sobre patines, -Patinaje artístico, - Hockey Línea oInstalaciones: por determinar - Pamplona: - Patinaje velocidad. Lugares do Bloco Comum: - Se desarrollará en zonas cercanas al número de solicitudes de los interesados. El mínimo de inscritos para establecer sede será de 12. FECHAS Y HORARIOS - Apresentação do curso nas distintas sedes: 3ª semana de septiembre de 2003
- Clases: de octubre de 2003, a abril de 2004 - Exámenes: mayo 2004 - Recuperaciones: junio de 2004 Horarios: - Bloque comum: o Octubre: 29 (sep.)-4, 6-11, 13-18, 20-25. o Noviembre: 3-8, 10-15, 17-22, 24-29. o Enero (2004): 12-17, 19-24. - En horario de: o -lunes (de 19 h. a 20.30 h.; de 20.45 h. a 22 h.) o –sábado (de 9 h. a 10.30 h.; de 10.45 h. a 12.15 h.; de 12.30 h. a 14 h.) - Bloque específico: o 6, 7, y 8 de diciembre de 2003 o 26, 27, 28, 29 y 30 de diciembre de 2003 o 7, 8, 9, 10 y 11 de abril de 2004 - De forma intensiva, en horario de: o 9 h. a 14 h. y 16 h. a 21 h.

Informação: AD Oeiras substitui treinadora

in http://www.adoeiras.pt/

17.04.2005 - Patinagem Artística / AD Oeiras substitui treinadora:
Margarida Mateus é a nova treinadora de patinagem artística da Associação Desportiva de Oeiras, substituindo no cargo, Susana de Andrade, que sai por incompatibilização com o clube, tendo, nesse âmbito, a direcção da AD Oeiras decidido rescindir o acordo que ligava aquela profissional à ADO.
Margarida Mateus recebe como herança um grupo actualmente composto por mais de três dezenas de atletas, nos diversos escalões. Aliada à vertente da competição, em que a ADO é detentora de um riquíssimo historial, a área da formação prevalece como uma das apostas de futuro da secção de patinagem artística.
Segundo fontes próximas do clube os problemas surgiram durante o Campeonato Distrital.
O que se terá passado?

quinta-feira, abril 21, 2005

Atenção: Alteração ao Regulamento CEPA 2005-Informação FPP

Com a presenção do nosso juiz Miguel, realizou-se um seminário, em Misano, a 8 de Abril de 2005.

FONTE site da FPP (http://fpp.pt/patinagem-artistica/index.html)
Alteração ao Regulamento CEPA 2005 (pág. 86) e ao Regulamento Técnico Nacional para 2005 (pág. 25)

1. Solo Dance:
OSP Paso Doble
Paragens – É permitido uma paragem por sequência (não superior a 5 segundos)
Nota: O Regulamento Técnico sofreu alterações na página 25.
Consulte aqui ou o documento completo.

SERÁ QUE É PARA APLICAR ESTE FIM-DE-SEMANA??????????

2. Patinagem Livre e Pares Artísticos
Depois do Seminário de Juízes que teve lugar em Misano a 8 de Abril de 2005, comunica-se a seguinte nota acerca do “toe loop”:

HIPÓTESE A:
Um toe loop executado com o travão esquerdo aberto
a) um quarto de volta,
b) enquanto o pé portador se mantêm em contacto com o solo
c) e a posição do corpo está no máximo aberta um quarto de volta
d) sem que o ombro/braço esquerdo se abram
será cotado pelos juízes como um toe loop correcto.

HIPÓTESE B:
Um toe loop executado com o travão esquerdo aberto
a) mais de um quarto de volta
b) enquanto o pé portador se mantêm em contacto com o solo
c) e a posição de corpo está no máximo aberta um quarto de volta
d) sem que o ombro/braço esquerdo se abram,
será cotado pelos juízes mas com uma COTAÇÃO INFERIOR que o anterior exemplo.

HIPÓTESE C:
Um toe loop executado com o travão esquerdo aberto
a) mais de um quarto de volta
b) enquanto o pé portador se mantêm em contacto com o solo
c) e a posição de corpo está aberta mais de um quarto de volta,
d) com o ombro/braço esquerdo aberto
será considerado pelos juízes apenas como uma TENTATIVA.

quarta-feira, abril 20, 2005

Divulgar a patinagem, a artística

Como vos disse, na Nazaré, trabalhamos e fazemos tudo para divulgar a patinagem e falar sobre a Taça da Europa.
No próximo dia 25 de Abril , pelas 15 horas, no Centro da Nazaré, vamos promover a modalidade com a iniciativa "ROLAR EM LIBERDADE".
Mais não é do que levar a patinagem à rua. E convidar as pessoas de qualquer idade a participar.
"Nazaré 20-04-2005.
Patinagem invade Praça Sousa Oliveira. A patinagem vai sair à rua no próximo dia 25 de Abril, com a iniciativa “Rolar em Liberdade”. Na Praça Sousa Oliveira, a partir das 15 horas, toda a gente pode calçar os patins e experimentar as sensações da patinagem artística. A iniciativa está aberta a pessoas de todas as faixas etárias, com experiência ou não no uso de patins.
Para o efeito, a Câmara Municipal da Nazaré vai disponibilizar patins a todos os participantes, que terão igualmente o acompanhamento de monitores e dos jovens patinadores de competição do concelho da Nazaré.
Paralelamente, haverá animação musical e será instalada uma tenda de divulgação da modalidade, com recurso a meios audiovisuais, entre outros.
Divulgar a patinagem artística, incentivar o convívio familiar e inter-geracional e promover a organização da Taça da Europa de Patinagem Artística, que vai decorrer na Nazaré de 28 de Setembro a 1 de Outubro de 2005, são os principais objectivos desta iniciativa.
“Rolar em Liberdade” é uma organização da Câmara Municipal da Nazaré, com o apoio do Agrupamento Vertical de Escolas da Nazaré e do Externato D. Fuas Roupinho."
Fonte: C. M. Nazaré
APARECAM E VENHAM CONHECER UMA DAS MAIS BELAS PRAIAS DE PORTUGAL.
Ass. Frederico Sá

segunda-feira, abril 18, 2005

CREDIBILIDADE - IV - Será importante?

Para salvaguardar o espectáculo (sempre que houver diferenças de mais de dois pontos), sugiro o seguinte:

deveria ser obrigatório constar no relatório do juiz-árbitro a justificação dessas notas tão desfasadas.
Assim, sempre que houvesse diferenças superiores a dois pontos, os juízes responsáveis pela diferença deveriam justificar, por escrito, a nota dada, ficando esse documento anexado ao relatório do juiz-árbitro. Instauração de um processo de averiguações

Racional e logicamente, um deles não conseguiriam justificar o injustificável, ou seja a diferença dada.

Muito possivelmente, os juízes começariam a pensar duas vezes antes de errar.

É necessário dar credibilidade à modalidade. Passa obviamente também pelos juízes.

Mas pergunto, quem vai dar um rumo aos juízes?

Quem tem capacidade ao nível do conhecimento e da credibilidade para instituir regras de conduta ética e técnica aos Juízes?

Quanto a mim é necessário:
1- Capacidade de acção;
2- Conhecimento técnicos específicos; e
3- Perfil para os cargos.

CREDIBILIDADE - III

Quantas provas assistimos em que os juízes são obrigados a corrigir notas? Em que estão durante muito tempo a discutir as notas. Onde não se entendem.

Infelizmente as diferenças (exageradas) de pontuação acontecem com demasiada frequência.
Estarão a prestar um bom serviço à modalidade?

Para os patinadores, treinadores e público em geral tais situações são, muitas vezes, incompreensíveis.

Para o espectáculo é muito mau, sim a patinagem artística deveria ser assumida como um desporto espectáculo. Acima de tudo um bonito espectáculo.

CREDIBILIDADE - II

Há atitudes que retiram credibilidade à patinagem artística portuguesa.

Por vezes assistimos a determinados comportamentos (atitudes impensáveis no mundo real) que o bom senso logo faz pensar que não deveriam ser permitidos.

Há imensas coisas que deveriam mudar para dar credibilidade à patinagem artística portuguesa.

Dever-se-ia, por exemplo, pensar que os exemplos devem vir de cima. Assim, quanto maior for o cargo, maior deverá ser a responsabilidade, maior a exigência, maior o cuidado.

Muito provavelmente, a credibilização da modalidade deva passar também pelos Juízes.

CREDIBILIDADE - I

Para mim, um dos grandes problemas da modalidade passa pela sua falta de credibilidade.

É! O problema é mesmo falta de credibilidade.

É este um problema que ninguém se pergunta.

Será que não interessa credibilizar a modalidade?

Muitos não querem ver a realidade débil da modalidade e preferem alimentar um autismo cego.

Outros, apostam neste estado da situação (“statu quo”), para continuar a reinar neste falso consensualismo.

Assim a modalidade não regenerará…

sexta-feira, abril 15, 2005

Curiosidades- Juramento “AZURRI”

A Federação Italiana de Hóquei e Patinagem, não brinca em serviço.

Só para ficarem a saber até onde vão os pormenores dos melhores (sim, a Itália é a primeira potência mundial de patinagem artística) trago a este blogue uma curiosidade.
Existe um regulamento específico para os atletas internacionais: os “Azurri”.

Sendo esta qualificação (“Azurri”) reconhecida exclusivamente aos atletas que, através da designação dos competentes organismos federativos, participem efectivamente nos Campeonatos Europeus e Mundiais ou em manifestações internacionais oficiais da selecção nacional .

Articolo 1.
DEFINIZIONE DI ATLETA “AZZURRO”
1. La qualifica di “Azzurro” è riconosciuta esclusivamente agli atleti che, su designazione dei competenti Organi Federali, partecipano effettivamente ai Campionati Europei e Mondiali o a manifestazioni internazionali ufficiali della Squadra Nazionale.
2. La partecipazione in rappresentative di categoria non comporta l’acquisizione della qualifica di “Azzurro”.

Quando um atleta, pela primeira vez, é chamado a integrar a selecção nacional, recebe do representante oficial da Federação a “Maglia Azzura” na presença do capitão.
Vestida a “Maglia Azzura", o atleta pronunciará o juramento com a seguinte formula:
"juro lutar com toda a minha energia física e moral e com absoluta lealdade, para honrar a “Maglia Azzura” que é o símbolo da minha Pátria". (tradução livre)

Articolo 9.
VESTIZIONE E GIURAMENTO
1. L’atleta che, per la prima volta, è chiamato a far parte della Squadra Nazionale, riceverà dal Rappresentante ufficiale della Federazione la Maglia Azzurra, alla presenza del Capitano.
2. Indossata la Maglia Azzurra, egli pronuncerà il giuramento con la seguente formula: “Giuro di lottare con ogni mia energia fisica e morale e con assoluta lealtà, per l’onore della Maglia Azzurra che è il simbolo sportivo della mia Patria”.

Quando falava numa outra dimensão, estava-me a referir ao atraso que todos temos de recuperar.
A começar na mentalidade...

quarta-feira, abril 13, 2005

SOLUÇÕES - IV

Se existirem outros objectivos...
Mais ambiciosos,
Objectivos esses que devem ser precisos e assumidos de forma clara (o problema é que não há objectivos definidos).
Para facilitar a exposição, vou subdividir em dois tipos de objectivos:
1.º : A patinagem artistica portuguesa deverá ser pensada apenas internamente. Ao nível das competições internacionais deverá competir como e quando for possível, se houver dinheiro e disponibilidade da Federação.
2.º A patinagem artística portuguesa deverá ter capacidade para competir com os melhores da Europa e do Mundo. Queremos ter uma escola portuguesa que assumidamente quer ter atletas campeões do mundo. Numa palavra: Queremos ser os melhores.
Se se optasse pelo primeiro: (A patinagem artistica portuguesa deverá ser pensada apenas internamente. Ao nível das competições internacionais deverá competir como e quando for possível, se houver dinheiro e disponibilidade da Federação)
Nesta situação poderá acontecer que em certos anos a Federação leve muitos atletas a competir internacionalmente. Noutros anos levará poucos.
Não se sabe que orçamento existe para cada ano. Não se sabe quem... quantos... são os escolhidos.
Neste caso, corre-se o risco de só ser convocado o atleta que conseguir exercer uma maior influência junto de quem detem o poder.
No fundo os critérios e objectivos vão flutuando conforme as conveniências.
Aqui os problemas, poderão existir ao nível da representação internacional, surgindo interesses pessoais. As personalidades (os progenitores) passam a ter destaque. Os próprios vão alojar-se nos centros de decisão. Criam-se núcleos de influência.
Como há mais candidatos do que vagas, corre-se o risco de se tentar ultrapassar esta "dificuldade", jogando-se no tabuleiro das influências.
Pode-se argumentar sempre com a contabilidade (um género de bicho papão em que ninguém sabe qual a sua dimensão e perigosidade) , mas o que verdadeiramente funciona é a influência.
Se se optasse por este objectivo (A patinagem artistica portuguesa deverá ser pensada apenas internamente. Ao nível das competições internacionais deverá competir como e quando for possível, se houver dinheiro e disponibilidade da Federação.)
No plano interno apresentamos as seguintes medidas (soluções):
a) Alteração do regulamento (actualização de acordo com os regulamentos internacionais);
b) A Federação assume a formação anual e conjunta dos treinadores (com carteira) e dos juizes nacionais;
c) A Federação deve apresentar um plano de promoção da modalidade com o objectivo de aumentar o número de praticantes;
d) A Federação deve apresentar um orçamento anual, autonomo das outras modalidades, estabelecido "per capita";
e) Criação de um Regulamento de Juizes onde se estabeleça critérios de promoção e classificação (por exemplo: Quem acertar com o primeiro classificado tem x pontos, se classificar esse atleta -o campeão- nos últimos lugares é penalizado). Publicação anual das promoções e classificações dos juizes;
f) O Conselho Nacional de Juizes deverá ser eleito pelos seus pares, ou seja, pelos juizes.
No plano internacional:
a) Como o argumento do dinheiro é preponderante, devem ser publicados critérios pré-estabelecidos para quem tem acesso a provas internacionais (elementos técnicos compativeis com a realidade portuguesa) para assegurar princípios básicos (ética, justiça e igualdade) dos praticantes.
b) Cargos vitalícios não seriam possíveis, deverão ser ocupados por gente competente e idónea, por um período de 4 anos.
c) Criação de 4 equipas técnicas federativas por especialidades (Livres e obrigatórias - Dança- Pares Artisticos- Show ePrecisão), que deverão apresentar um plano de acção, coincidente com um ciclo olimpico.
Se se optar pelo 2.º Objectivo: A patinagem artística portuguesa deverá ter capacidade para competir com os melhores da Europa e do Mundo. Então, neste caso, temos um mar de problemas… ou melhor, um oceano…
Aqui entramos noutra dimensão...
Se, eventualmente, estiverem interessados falarei com mais detalhe noutro post.
P.S.:No portal federativo tentei encontrar alguma informação sobre os objectivos da Federação para a patinagem artística. Não encontrei nada.
Muito provavelmente a deficiência é minha.
O que encontrei para o hóquei foram generalidades e projectos de projectos (fez-me lembrar o post do remador).

SOLUÇÕES - III

Pois é!

Estamos aqui com uma pergunta prévia:
O que pretendem os nossos dirigentes federativos e associativos da patinagem artística portuguesa?

Afinal isto de tentar encontrar soluções dá mais trabalho do que se possa imaginar... mas como o trabalho não mete medo...

Vamos lá tentar explicar porque pensamos ser necessário fazer esta pergunta prévia:

Se os objectivos para a modalidade forem pequenos, sem ambição competitiva (do tipo: “a patinagem artística é para entreter miúdos”), então, a patinagem artística portuguesa está bem assim.

À pergunta:Quais são os problemas da patinagem artística portuguesa?

Responderia (de acordo com os objectivos traçados de cariz lúdica) :
É minha opinião que a patinagem artística portuguesa não tem qualquer problema, antes pelo contrário.
Para entreter crianças e os seus parentes está muito bem organizada.
Na verdade, cada elemento que assume as suas responsabilidades de dirigente, tem o perfil correcto e assume as suas funções de forma eficientíssima.

Nada a apontar, antes pelo contrário só a elogiar

Reflexão de um leitor: ONDE ESTÃO OS CAMPEÕES DE PORTUGAL? QUAL O SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE?

Talvez num tom menos radical, este post, colocado por um leitor, fêz-me pensar...

«Anonymous said...
Fazendo um paralelo com Itália e Espanha, vejo que os campeões são "aproveitados" pelas federações para aumentar o "know-how" do grupo técnico federativo.

Por cá os campeões, com décadas de trabalho e experiência competitiva, vão para casa fazer outra coisa.
Tanto desperdício, tanto trabalho de décadas deitado ao lixo.
Dá vontade de dizer: Continuem com gente mediocre para que mediocre continue a patinagem artística portuguesa.
É por isso que quem consegue, quebrar a mediocridade é mal visto em Portugal.Por isso os campeões não têm lugar neste "elan" federativo.»

À pergunta que fiz no post anterior :"Quais são os problemas da patinagem artística portuguesa?"

Sou forçado a fazer uma pergunta antes de tentar responder à anterior.

Aqui vai ela:
O que pretendem os nossos dirigentes federativos e associativos da patinagem artística portuguesa?

terça-feira, abril 12, 2005

SOLUÇÕES - II

Se aceitássemos o repto lançado pelo leitor de apresentar soluções, primeiro teríamos que elencar os problemas para depois, sim, apontar soluções.
Como é óbvio é uma tarefa alucinante, mas ao mesmo tempo aliciante.
Segundo a nossa opinião, a primeira pergunta a fazer é:
Quais são os problemas da patinagem artística portuguesa?

A resposta não é fácil.

Há quem defenda que só com uma “revolução” é que as coisas poderiam melhorar, querendo com isto dizer que deveria nascer uma nova Federação (só com uma modalidade: Patinagem Artística), deixando o hóquei viver sozinho.

Poderia perfilhar dessa opinião, mas, na verdade, não partilho…
Irei explicar porquê...

SOLUÇÕES - I

Um nosso leitor lançou o seguinte repto: “porque não apresentam soluções??”

Antes de mais, gostaria de esclarecer que considero que, na patinagem como, aliás, na vida, podemos fazer sempre melhor.

Partilho também da opinião de que não existem soluções perfeitas.

As soluções que eventualmente surgirem irão dar origem a outras questões que naturalmente necessitarão de novas soluções. Ou seja, é necessário estar atento e realizar uma constante avaliação dos problemas e, eventualmente, tentá-los solucionar.

Como é evidente o(s) autor(s) destes textos não tem soluções milagrosas.
Mas não é por isso deixará(ão) de dar a sua opinião.

Os textos que escrevemos reflectem a opinião dos seus autores e de acordo com o “feedback” que recebemos também de outras pessoas.

Será algum crime dizer que este blogue pretende ter uma identidade forte e, porque não, polémica?

Eventualmente pretendemos romper com o unanimismo reinante. Unanimismo esse que tem a capacidade de transformar em verdade a mentira desde que esta seja repetida vezes sem conta.

segunda-feira, abril 11, 2005

1.º (do século)- Projecto de Curso para Treinadores de nível 1 da APP

Como é raro realizarem-se cursos para treinadores de patinagem artística, venho chamar a atenção para este [Vai a Federação Portuguesa de Patinagem conjuntamente com a Associação de Patinagem do Porto, realizar um Curso para Treinadores de nível 1, de Patinagem Artística e Hóquei em Patins].
No entanto, não se sabe quando se irá realizar, ou sequer se vai realizar-se.
De qualquer maneira, há quem pergunte qual a utilidade de um Curso de Patinagem Artística? Quando aqui em Portugal vigora a absoluta anarquia. Pois, qualquer mortal pode dar treinos sem sequer ter tirado um curso.
Na verdade, existem muitas razões para se destacar esta iniciativa, desde logo porque é a primeira do século, deste século (e também a primeira da década).
Parabéns aos organizadores!
Como estou interessado em fazer o curso tentei "apanhar" todos os dados importantes. Isto porque necessito de ter toda a informação, porém neste anúncio (http://www.apporto.pt/downloads/159.pdf) nada é concretizado.
Vejam alguns dados que faltam :
- Habilitações literárias: a indicar (No mínimo estranho. Que motivo existirá para que não indiquem as habilitações e logo as literárias?) por isso não sei se preencho os requisitos.
- O Curso realizar-se-á por módulos, nos seguintes horários:Sextas-Feiras: 20,00 às 24,00 horas Sábados: 09,00 às 19,00 horas - Domingos: 09,00 às 13,00 horas- Segundas-Feiras: 20,00 às 24,00 horas- parece ser de bom senso apontar os dias concretos. Razão (entre outras): € 125,00.
- Início: data a indicar
Quais as Sextas, Sábados e Domingos (serão em Maio, Junho, Agosto, Setembro, Dezembro, 2005 ou de 2006?) Esta pergunta tem razão de ser. Isto porque já fizeram um mesmo curso em dois anos diferentes.
- Qual é o plano do Curso? Que matérias e especialidades irão ser leccionadas? Vou pagar um curso que nem sequer conheço o objecto. Esta questão é elementar, digo eu. Básica, dizes tu?
- Quem são os formadores? Nada se diz, nada se sabe.
Será que iremos assistir a situações (ocorridas noutros cursos) em que o próprio formador se confessa ignorante relativamente à patinagem artística e que apenas fala de hóquei patins ?
Haverá mais interrogações? Haverá mais omissões importantes?
Perante estas incógnitas, não vou candidatar-me a um curso que não passa de um projecto.arrisco-me a apresentar uma previsão de adesão: haverá apenas 3 inscrições para o curso de patinagem artística.
Se conseguirem três inscrições sou o primeiro a felicitar os organizadores.
Será lógico pensar que:
1- quem está disposto a frequentar (Sextas-Feiras: 20,00 às 24,00 horas Sábados: 09,00 às 19,00 horas - Domingos: 09,00 às 13,00 horas- Segundas-Feiras: 20,00 às 24,00 horas) e a pagar (€125,oo) um curso vai inscrever-se quando não lhe é dada toda a informação?
2- quem organiza uma iniciativa destas tinha que, primeiro organizar e divulgar devidamente o plano de curso e os respectivos prelectores e, por fim, publicitar junto do público alvo a respectiva acção?
3- é mais fácil apresentar um projecto de um curso mal concretizado e depois, como ninguém se inscreve, acusar que culpa é de terceiros, que não aderem?

Histórias de outros séculos

Pensava que estava a assistir a um "re-make", mas não. Era verdade! Estava a acontecer...

Sim, infelizmente era verdade!

Eu passo a explicar:

Há muitos, muitos anos (os mais velhos lembrar-se-ão) havia um grupo de juízes, uns senhores muito, muito velhinhos (provavelmente já não habitam a terra dos vivos).
Nesse tempo, quando se sabia que eles estavam convocados para ajuizar todos ficavam na expectativa…

Durante as provas os patinadores mais novos divertiam-se muito (talvez porque, apenas praticavam a modalidade quando lhes apetecia, do tipo: uma vez por mês, e por isso, não lhes punha em causa o esforço diário do treino).

A razão para tanto divertimento era simples: os vetustos senhores, na altura, não conseguiam distinguir qual o salto que o patinador fazia, se era o toe-loop ou o flip.

Quando as notas saíam era uma risada geral.

Esta história vem a propósito de uma outra . Mais recente, aliás muito mais recente. No último fim-de-semana.
Em pleno século XXI (será verdade? Já mudamos de século?), durante uma prova assisti ao seguinte:
um juíz deu uma nota de “2.0” e outro “4.9”.
Ou seja :
Para o juiz que deu “2.0”: a prova era pobre, a cair quase para o muito pobre
[1.0 a 1.9 Muito pobre- 2.0 a 2.9 Pobre]

Para o juiz que deu “4.9”: a prova era média menos, quase média [4.0 a 4.9 Médio menos- 5.0 a 5.9 Médio]

Em Abril de 2005, alguém se importa (alguém com responsabilidades, obviamente)?
E o atleta? acredita no primeiro ou no segundo?

Afinal, o que se evoluiu na patinagem?

Será que apenas mudaram os avozinhos?

sexta-feira, abril 08, 2005

Novas Competências (II)

Por cá tudo na mesma, tudo ao mesmo ritmo... devagar, devagarinho... ouve-se o silêncio do conformismo.

Depois as pessoas ficam admiradas de se sentirem diariamente ultrapassadas pelos acontecimentos.

Um grande exemplo: O Regulamento da Patinagem Artística
(para não se falar do Regulamento de Juízes e Calculadores que, como dizia alguém, um dia destes, envergonha qualquer desavergonhado).

Todos sabem (ou melhor deveriam saber) que este Regulamento é o documento mais importante da patinagem artística nacional.
Porquê? É só lê-lo. Tudo o que se passa na modalidade está lá previsto.

Infelizmente, encontra-se absolutamente desactualizado.

Entre outras coisas, não prevê, nem regulamenta, as várias provas que a própria Federação organiza.
É o caso do Show e da Precisão, é o caso do Solo Dance.
Ou seja, a FPP está a realizar provas que não existem.
Ou melhor existem, mas não existem. Percebem?
As provas existem porque eles querem fazer. E fazem. Fazem de acordo com a vontade deles.
Mas, as provas não existem porque não constam no Regulamento, logo não existem (isto apesar das pessoas estarem obrigadas a cumprir os regulamentos, apesar de tudo). E porque se eles não quiserem nem fazem essas provas. E ponto final!

Há quem diga que, esta situação é uma verdadeira Vergonha Nacional.
A explicação é simples (segundo as pessoas que pensam que é uma vergonha, para mais nacional): Então eles, na tomada de posse assumem o cargo dizendo que vão agir de acordo com os Estatutos e Regulamentos federativos e depois não os cumprem? Obrigam as pessoas a cumprir os regulamentos e eles não dão o exemplo?
Pode-se pensar assim? Eu penso que não (será que começo a ficar mais compreensivo, ou será pessimismo optimista). Coitados são tão esforçados. Deixam tudo (a familia, o lazer, o descanso) para se dedicar a uma causa. Sinceramente...

Será a palavra "vergonha" muito forte?

Estarão as pessoas a ser muito duras quando dizem que, ano após ano, a Vergonha é uma palavra menor face à falta de vergonha de gente maior?

Novas Competências (I)

Uma amiga minha estava-me a dizer que vivemos numa sociedade cada vez mais complexa e exigente.
Pensei eu: é verdade! Ao ritmo a que isto corre as pessoas têm que se aplicar cada vez mais e melhor. Caso contrário ficam ultrapassadas pelos acontecimentos.
Os mais dados à preguiça começam a ter uma vida mais difícil.
Depois há quem os chame de desactualizados.
Não sei porquê, mas a palavra desactualização fez-me transportar o meu pensamento para a patinagem artística em Portugal.
Logo pensei no nascimento, nos últimos anos, de novas especialidades: Show (quartetos, pequenos grupos, grandes grupos); Precisão; e Solo Dance.
Lá fora (Itália, Alemanha e Espanha) a patinagem artística até parece que foi re-fundada. Novas dinâmicas surgiram, novos mundos se abriram.
Pensei eu: a patinagem artístiva (espectáculo) a responder à concorrência das outras modalidades desportivas.
E cá?

quarta-feira, abril 06, 2005

Uma curiosidade: por doze vezes desencontrados

Nos Campeonatos Distritais de Solo Dance (Infantis, Iniciados e Cadetes) da Associação de Patinagem do Porto, realizados nos dias 2 e 3 de Abril de 2005, o corpo de juízes teve de corrigir, por doze vezes, as notas dadas inicialmente.

MOTIVO: afastamento de mais de dois pontos entre a nota máxima e a mínima.

Será isto normal?

O sistema de pontuação para qualquer prova de Patinagem Artística é baseado na seguinte tabela:
0.0 Não patinado
0.1 a 0.9 Extremamente mau
1.0 a 1.9 Muito pobre
2.0 a 2.9 Pobre
3.0 a 3.9 Deficiente
4.0 a 4.9 Médio menos
5.0 a 5.9 Médio
6.0 a 6.9 Satisfatório
7.0 a 7.9 Bom
8.0 a 8.9 Muito bom
9.0 a 9.9 Excelente
10 Perfeito
Um número inteiro dá a ideia da habilitação do patinador ou grupo concorrente. Deverão ser
adicionadas décimas, de ponto um (0.1) a ponto nove (0.9), para fazer a distinção entre os vários
concorrentes.

Se analizarmos, com cuidado, a tabela ficamos estarrecidos com o acontecimento.

Errar é humano. Errar repetidamente pode ser desumano!
Coitados dos patinadores. Acontecimentos destes são, infelizmente, frequentes.

Post scriptum: Não consta que tivessem descontado nos honorários dos juizes ou no relatório da prova haja qualquer referência ao sucedido (num país evoluído apelava-se para a necessidade de uma acção de reciclagem urgente dos intervenientes).

Será isto importante? Ou, ao contrário, não interessa nada?

Será que é importante? Ou, pelo contrário, não interessa?

Estas minhas interrogações surgiram quando falei com um(a) juiz internacional português.
Estávamos a falar sobre os problemas da patinagem artística em Portugal.

Dizia o (a) senhor(a) juiz, que um dos maiores problemas é a ignorância das pessoas (treinadores e dirigentes).
Contraponha eu (todos temos opiniões) dizendo que não conseguia compreender algumas notas dos juízes durante as provas. E que a sensação com que ficava era: a maioria dos juízes são ignorantes…

Mais à frente na conversa, ingenuamente, perguntei-lhe, relativamente às figuras obrigatórias, no acto de ajuizamento, o que era importante?

Resposta do juiz internacional: “andar no risco e fazer bem a figura principal”.

Confesso que não estava à espera desta resposta, para mais de um juiz internacional.

Se um leigo na modalidade me respondesse assim eu aceitava, agora de um juiz.

Vamos medir bem estas palavras: Será importante?

O ajuizamento das figuras obrigatórias deve ter em atenção os seguintes aspectos:Traço, Movimento e Postura.

O que é o traço?
Traço
é uma linha imaginária que mostra o traçado deixado pelo patim portador. Esta linha deve coincidir o mais possível com o traçado pintado da figura.
O traço deve ser uma linha firme e bem definida, sem sinuosidades ou sub-curvas.
O que é o movimento?
O movimento é a acção de mudança de posição, no espaço, efectuada pelo patinador durante a figura executada.
Na avaliação do movimento, os juízes deverão ter em conta a qualidade das duas componentes seguintes:
Velocidade do movimento, a sua constância e valor, ao longo de todo o percurso;
Ritmo, ou o modo como o corpo se movimenta ao longo de toda a figura (deve conter movimento ritmado, sem perda de “tempo”).
Velocidade e ritmo não devem entrar em conflito com elegância de movimentos e controlo do corpo.
O patinador deverá, ao longo de toda a figura, evitar tudo o que der a impressão de rigidez, violência ou brusquidão.
O que é a postura?
A postura é caracterizada pela posição erecta do corpo, sem flexões a nível da cintura, mas também sem rigidez. O corpo deverá ter uma leve inclinação de acordo com o rodado (exterior ou interior). A cabeça deverá estar levantada. O joelho portador deverá estar ligeiramente flectido, a perna livre esticada e o pé livre a uma pequena distância da superfície da pista. A ponta do pé livre deverá ficar ligeiramente voltada para o exterior. Os braços deverão ser esticados, de maneira confortável, na sua posição natural, as mãos não dobradas nos pulsos e os dedos nem abertos nem dobrados.


Será que é importante? Ou, ao contrário, não interessa?
Free Hit Counters
Free Counter