Entrevista Tania Romano- Campeã - 2.ª Parte
Lugar e dia de nascimento?
10 Janeiro de 1983, en Trieste.
Como começaste a patinar e que idade é que tinhas?
Comecei como se fosse um jogo. Meus pais, bem não, mais concretamente a minha mãe levou-me a fazer um curso de verão.
Tinha 5 anos e meio e divertia-me muito a patinar. Depois comecei a participar em campeonatos , e gostava. A minha mãe vinha-me buscar e eu não queria sair nunca do ringue. Recordo-me perfeitamente. Foi uma verdadeira paixão desde o início.
Em que Clube patinas?
Polet. Sempre patinei neste clube.
Que treinadores te ensinaram mais?
Comecei com Peter Brlec, que foi o meu mestre, me ensenou muito, a base dos saltos e a técnica. Estive com ele dos 5 aos 14 ou 15 anos. Depois tambem treinei com Elvia Vitta, e lde seguida com Mojmir Kokorovec. Desde há um par de anos que treino às vezes tambem com Laura Ferretti, principalmente figuras obrigatórias.
Para que patinador(a) olhavas quando eras pequena? (qual a tua referência?)
Quando era pequena decorava os esquemas de Sandro (Campeão do Mundo italiano) e do Samo (campeão do Mundo italiano). Estava sempre atenta ao que eles faziam. Todas as manhãs ligava o vídeo e via os esquemas dos programa de livres dos dois e sabia-os de trás para a frente.
Antes de seres campeã do Mundo, que adversárias querias ganhar?
Quando era pequena eu não rendia muito em competição, falhava muito. Não pretendia ganhar a ninguém, o que eu queria era ganhar a mim mesmo. Porque com o medo e os nervos falhava muito. Talvez não só pelos nervos, mas também por mais coisas. Na verdade, ao entrar em competição eu mudava a minha atitude e eu queria combater este meu problema.
Tanja és o que muitos poderiam definir como a patinadora quase perfeita. Saltos triplos excelentes, com grande velocidade, com altura e deslise, própios da patinagem masculina. Piões de avião com boas posições corporais, controlo e velocidade de rotação.
Grande habilidade para realizar o trabalho de pés (passos de ligação) que tanto enriquece e aumenta o valor dos esquemas.
E acima de tudo tens uma elegância inata, fazes desde um simples cruzado para a frente, até aos mais complexos movimentos coreográficos, sem perder, com cada parte do corpo, o ritmo musical.
Tanja, há algum aspecto em que podes dar mais de ti? Ou seja, há algum aspecto que possa evoluir ainda mais?
Eu não sou perfeita, quem me dera. Creio que nunca o serei. Tenho muito que melhorar, na técnica e na coreografia. Nos saltos, creio, e espero, que há muito por aprender e melhorar, novos saltos. E na coreografía tambem. Nos ultimos anos trabalhei com vários coreógrafos e isso me serviu para me enriquecer. No entanto, considero que ainda tenho muito caminho pela frente. Tenho muito para evoluir.
Espero que ainda esteja para chegar.
A tua derrota mais triste?
Esta pergunta já me fizeram numa outra ocasião. E quando me perguntam sempre respondo que o pior campeonato foi o meu primeiro mundial, na Australia, em 1999.
Era o mundial de juniores. Pondo de parte que falhei todo o programa longo, naquele ano havia patinado muito bem o campeonato nacional italiano. Convocaram-me directamente para o mundial e ainda era juvenil. E logo nesse ano falhei. Vivi muito mal aquele mundial. Havia muitas expectativas criadas e logo tive o azar de me correr mal.