terça-feira, julho 26, 2005

Itália- Classificações do nacional de Cadetes

segunda-feira, julho 25, 2005

Tributo a todos o técnicos- treinadores- mestres

Dedico este post a todos os treinadores.
Falo em nome de todos os atletas, com muita admiração.
Especialmente a ti meu treinador...

Tu deixaste os teus sonhos para que eu sonhasse.
Derramaste lágrimas para que eu fosse feliz.
Tu perdeste noites de sono para que eu dormisse tranquilo.
Acreditaste em mim, apesar dos meus erros.
Ser treinador é ser poeta do amor.
É acreditar, quando todos já desistiram.
Jamais esqueças que eu levarei para sempre o pedaço do teu ser dentro do meu próprio ser...

Ai se...
«se eu pudesse

pudesse eu descolar os olhos do oceano,
onde permanecem fixos,
verdes como se fossem metáfora.
talvez eles viajassem outras viagens,
talvez lessem poemas,

talvez mirassem carinhosamente
outras paragens.
pudesse eu não ter impregnado em mim
o cheiro marítimo,
salgado como se fosse
lágrima derramada.
talvez sentisse outros sabores,
talvez entregasse a pele a algum lábio rouco,
talvez respirasse um ar
desconhecido e louco.

pudesse eu não ter esta presença vívida,
a tua ausência quotidiana , aguda,
como se fosse fantasma
ou surto delirante,
talvez minha razão fosse outra,
talvez empreendesse uma viagem solo,
talvez alcançasse as cores todas da aquarela.

mas não,
são sempre meus os olhos no horizonte.
olhos que vagam, lassos, verdes, no oceano.

silvia chueire»

Obrigado!


Jamais esquecerei...
Concierto de Aranjuez

terça-feira, julho 19, 2005

(XXXII) Campeonato Nacional de Seniores 2005

Vejam a diferença do site espanhol a falar do campeonato seniores e o site português a falar de semelhante prova. Uma miséria! Para Portugal. A diferença é mesmo de fundo.
Será que naquela federação ninguém sabe escrever sobre patinagem artistica ?

Vou dar-lhes uma ajuda.... Vamos simular que isto seria o espaço da patinagem artística do site da FPP. (da próxima vez vou-me preparar melhor para ser comentador)

NOTICIAS

(XXXII) Campeonato Nacional de Seniores 2005

Destaque:
Manuel Magalhães triunfa uma vez mais a competição masculina (livre e obrigatórias) .
Diana Ribeiro nos livres consagra-se campeã. Nas figuras obrigatória Liliana Andrade mantém os pregaminhos.


Os amantes da modalidade estavam à espera deste campeonato para ver os melhores patinadores da modalidade.
As expectativas criadas foram certamente altas. E na verdade não sairam desapontados. A qualidade dos oito primeiros atletas masculinos foi razoável boa.
O Manuel Magalhães apresentou um programa longo novo. O tema "Fado" foi muito bem interpretado. Tecnicamente o rpgrama teve algumas falhas. A velocidade de execução foi muito boa. Foi sem dúvida o justo vencedor. O segudo classificado Luis Reboledo apresentou uma melhoria significativa na vertente artistica. Quem conseguiu fazer um bom longo e recuperar foi Pedro Queirós que no final conseguiu o terceiro posto, após ter falhado o programa curto
Quando à senhoras o regresso da antiga campeoã, Ana Rita Falcão foia a grande novidade da prova. A primeira classificada, Diana Ribeiro foi a justa vencedora. A Diana apresentou o mesmo esquema do ano passado, teve uma boa execução de piões e nos saltos foi a que conseguiu estar mais segura. Relativamente ao segundo e terceiro lugar quem esteve presente assistiu a uma disputa muito acessa. Mesmo o corpo dos juizes da prova não esteve, entre si, de acordo. De qualquer maneira da incerteza da classificação ganhou a patinagem e o público presente pelo magnífico espectáculo.
Nas figuras obrigatórias masculinas, com três atletas, o Manuel Magalhães começou a prova um bocado abaixo do nível a que nos habituou, mas depois recuperou nas restantes figuras.
Nas figuras obrigatórias femininas Liliana Andrade voltou a conquistar a medalha de ouro.

Classificações:
SENIORES FEM. - FIGURAS OBRIGATÓRIAS
1º LILIANA ANDRADE IND 4,0 173,0
2º DIANA RIBEIRO CPBG 3,0 166,3
3º MAGDA SILVA CDPA 2,0 152,9
4º VERA RODRIGUES LMRA 1,0 135,3
5º PATRICIA KINEY PFC 0,0 121,2
SENIORES FEM. - PATINAGEM LIVRE
1º DIANA RIBEIRO CPBG 11,0 364,2
2º RITA FALCÃO AEFDTV 10,0 344,1
3º LILIANA ANDRADE IND 9,0 348,3
4º MAGDA SILVA CDPA 8,0 284,7
5º CRISTIANA ROMBA JA 7,0 261,5
6º ANA ISABEL RELVINHAS SLB 6,0 249,1
7º RITA LEANDRO CPBJ 5,0 235,2
8º TANIA CARVALHO CPSN 4,0 225,6
9º VERA RODRIGUES LMRA 3,0 224,2
10º CARSTA PEREIRA SCS 2,0 209,5
11º SHEILA RODRIGUES SCS 1,0 208,6
12º PATRICIA KINEY PFC 0,0 204,6
SENIORES MASC. - FIGURAS OBRIGATÓRIAS
1º MANUEL MAGALHÃES CPBG 2,0 141,7
2º TIAGO ROCHA CPBG 1,0 134,1
3º LUIS ROBLEDO CDPA 0,0 133,4
SENIORES MASC. - PATINAGEM LIVRE
1º MANUEL MAGALHÃES CPBG 10,0 371,5
2º LUIS ROBLEDO CDPA 9,0 351,1
3º PEDRO QUEIROZ CPBG 8,0 336,1
4º BRUNO NOVAIS GCO 7,0 331,6
5º ANGELO VICENTE IND 6,0 311,8
6º BRUNO COSTA CPSN 5,0 291,8
7º EMANUEL ESGAIO PNC 4,0 285,1
8º TIAGO ROCHA CPBG 3,0 281,1
9º BRUNO TEODOSIO SLB 2,0 268,1
10º IDALECIO PACHECO CPSC 1,0 237,9
11º WILSON OLIVEIRA CPAPP 0,0 192,5
SENIORES DANÇA - DANÇA FINAL
1º MARTA PEREIRA/GONÇALOPEREIRARCC 0,0 207,70
CLASSIFICAÇÃO POR CLUBES
1º CPBG Clube de Patinagem de Baguim 13,0
2º CDPA Clube Desportivo Paço de Arcos 6,0
3º AEFDTV Ass. Educ. e Desp. de Torres Vedras 2,5
4º RCC Rolar Custóias Clube 1,5
5º LMRA Liga Melhoramentos Recreios de Algés 1,5
6º GCO Ginásio Clube de Odivelas 1,5
7º JA Juventude Azeitonense 1,0
8º SLB Sport Lisboa e Benfica 1,0
9º CPSN Clube Pessoal Siderurgia Nacional 1,0
10º PFC Parede Foot-Ball Clube 0,5
11º CPBJ Clube de Patinagem de Beja 0,5
11º PNC Patinamar Nazaré Clube 0,5
13º CPAPP Clube Pat. Art. de Pico da Pedra 0,0
13º CPSC Clube de Patinagem de Santa Cruz 0,0
13º SCS Sporting Clube Santacruzense 0,0

segunda-feira, julho 18, 2005

TOP SECRET ! ! ! ! ! informação privilegiada

Segundo foi referido já saíram as (pré?) convocatórias!
Pergunta-se: porque não vêm publicadas no site da FPP?
É nestas alturas que me questiono para que serve o site.

Afinal os procedimentos continuam iguais: o secretismo das convocatórias. Ninguém sabe nada apenas alguns são os privilegiados na informação.
Afinal nada mudou.

O secretismo é inaceitável num estado democrático onde uma instituição como a FPP (de utilidade pública), tem elementos que não optam por fazer as coisas às claras.
Noutro dia escrevia que isto era um tipo de estilo que infelizmente faz escola em Portugal.

Logicamente que os amigos são sempre os privilegiados. São sempre os primeiros e, às vezes, os únicos a saber.
Por isso é que o beija-mão se institucionaliza.

O beija-mão faz bem ao ego. E há egos Enormes…

Neste tipo de acções não deve haver amigos, nem privilegiados: "Todos iguais"- Publicidade das acções no site.
Là vem a mulher se César, lá vem ela à colação

Transparência e Competência !
Será esmolar muito?

Camp.Seniores: o Nacional do ... tira teimas?

Em relação a este nacional de seniores vou, uma vez mais, pedir que escrevam a vossa opinião.

Porém, fazendo jus a este blog, vou deixar aqui a minha reflexão:
Do meu ponto de vista o nível geral foi baixo! Chamo a atenção para o facto deste ser (ou dever ser) o escalão maior da modalidade (não no sentido de número mas de qualidade). Naturalmente, quando falo do nível estou a referir-me ao geral e não de um ou dois atletas.

Independentemente de ser mais um campeonato nacional, havia um facto que me estava a suscitar alguma curiosidade. Era o regresso da Ana Rita Falcão. Confesso que me agradou muito vê-la, novamente, a patinar. Aliás, não fui o único, o público presente aplaudiu-a bastante (notava-se uma certa histeria colectiva).
Por razões muito diferentes, este regresso fez-me lembrar, há uns anos, o regresso à patinagem do Luís Rodrigues. O público nessa altura também ficou em êxtase. Com uma diferença, na altura, prejudicaram o patinador que deveria ter ganho o campeonato… (a patinagem tem dessas injustiças. É pena que quem agora lá está se esqueça disso).
Desta vez nada a apontar.

Disseram-me que a Ana Rita esteve afastada 6 anos da modalidade. Notável, por um lado. Como é que uma atleta que está afastada tanto tempo (da patinagem livre) consegue voltar ao seu melhor nível exibicional? Para ela, os meus sinceros parabéns!

Mas por outro lado, pergunto: como é que uma atleta que está parada 6 anos, regressa à competição e consegue lutar pelos primeiros lugares?
Se a patinagem portuguesa evoluísse normalmente, isso não era possível (é certo que a Rita não é uma atleta qualquer, aliás ela é, na minha opinião, uma das referências históricas da modalidade).
De qualquer modo, a patinagem em Portugal nestes últimos seis anos evoluiu muito pouco, quer em relação a quantidade, quer em qualidade. Continuamos, no essencial, com os mesmos problemas.
O que falhamos?

sexta-feira, julho 15, 2005

Itália-SOLO DANCE-Comunicado de 8 de Julho

Aqui vai a tradução livre do Comunicado. Para que conste:
«De acordo com o estabelecido no Regulamento da CEPA, na especialidade de Solo Dance divisão internacional, diz-se que na Taça da Europa 2005 poderão participar somente aqueles que em 2005 não participaram nos campeonatos europeus de cadetes, juvenis, juniores e seniores, nem no campeonato do mundo de júnior e sénior na especilalidade de par de dança. Portanto, com base na classificação do campeonato italiano de Solo Dance, e ao terminarem os próximos campeonatos italianos da especialidade de pares de dança depois das convocatórias para os campeonatos internacionais, serão conhecidas as convocatórias dos atletas que participarão na Taça da Europa 2005 calendarizado para a Nazaré (Portugal) de 28/9 a 1/10/2005
OSP – PASO DOBLE
Se informa (se precisa) que no campo internacional (Taça da Europa) na Dança Original (OSP) Paso Doble (categoria Juvenil), em ajuda ao que está referido no comunicado n.º 37/2004 de 15/12/2004, é possível fazer uma só paragem (stop) por sequência. A duração da paragem não deve exceder os 5 segundos
»
________________________
COMUNICATO UFFICIALE 24/2005 Roma, 8 luglio 2005
Pattinaggio Artistico
PRECISAZIONI - SOLO DANCE DIVISIONE INTERNAZIONALE
In merito a quanto stabilito dal Regolamento CEPA, nella specialità della Solo Dance divisione internazionale, si precisa che alla Coppa Europa 2005 potranno partecipare solo gli atleti che nel 2005 non parteciperanno a campionati europei cadetti, jeunesse, junior e senior, nonché ai campionati del mondo junior e senior nella specialità della coppia danza. Pertanto sulla base delle graduatorie determinate dal campionato italiano di Solo Dance, ed al termine dei prossimi campionati italiani della specialità di coppia danza dopo le convocazioni ai campionati internazionali, saranno rese note le convocazioni degli atleti che parteciperanno alla Coppa Europa 2005 in programma a Nazarè (Portogallo) dal 28/9 al 1/10/2005.
OSP - PASO DOBLE
Si precisa inoltre che in campo internazionale (Coppa Europa) nella Danza Originale (OSP) Paso Doble (cat. Jeunesse), in aggiunta a quanto già riportato nel comunicato nr. 37/2004 dd. 15/12/2004, è possibile eseguire una sola fermata (stop) per sequenza. La durata della fermata non deve eccedere i 5 secondi.
IL SEGRETARIO GENERALE
(Dott. Emilio Gasbarrone)

As regalias perdidas dos atletas de competição

Um pai de um atleta teve a gentileza de vir desabafar neste blog. Muito obrigado.
Escreveu esta mensagem:
«Tenho um descendente a patinar e eu como pai que gosta de patinagem por vezes custa-me incentivar o atleta a treinar, e depois chegam os campeonatos e é o que se vê. Eles privam-se de ter as regalias que os seus colegas de escola têm enquanto eles passam a vida a treinar todos os dias com temperaturas elevadas ou baixas até dá dó. Mas acho que os próprios atletas se começam a adaptar ao sistema que têm. »
Se me é permitido dar a minha opinião dizia o seguinte:
Este é um grande problema de difícil resolução, mas não é exclusivo da patinagem artística.
Em qualquer modalidade de competição (natação, ginástica desportiva, rítmica, etc., etc.) os atletas, pais, técnicos e dirigentes privam-se de fazer muita coisa em prol da modalidade.
Como tudo na vida, é uma questão de prioridades. Não se pode ter tudo. Quem sabe patinar bem e vai aos campeonatos, não pode passar os fins-de-semana inteiros no shopping ou na praia.
E quanto maior for a capacidade das pessoas, maiores são as exigências. Maiores são as perdas e danos relativamente às ditas regalias [que no fundo não são assim tantas as regalias - depende do ponto de vista - porque quem não faz nada, não tem qualquer ocupação, gasta muito tempo inutilmente].
Há que preparar os atletas para esse mundo de exigências. Seja no estudo, seja na patinagem, seja no mercado do trabalho. A vida é cada vez mais exigente e difícil.

Naturalmente, pode-se abordar esta questão por outros pontos de vista (escrevam para reflectirmos juntos).
Diria ainda que, agora de outro ponto de vista e relativamente ao “sistema”:
Temos que ser exigentes. Temos que ser críticos em relação a nós e aos outros. O dito sistema (federativo) tem que funcionar eficientemente e em defesa dos patinadores. O que na minha opinião não acontece.
Defendendo os atletas, defende-se a modalidade. Por isso sou dos que defende que, relativamente ao aspecto psicológico do atleta, deveria haver um psicólogo a colaborar na FPP para acompanhar durante a época os atletas, principalmente os de topo. Para lhes dar ânimo e força.
Isto talvez seja sonhar… mas talvez resultasse.

(in) capacidade para nos fazer sonhar

Os elementos da Federação correm cada vez mais divorciados do mundo real da patinagem. Alheios às necessidades e ao rigor da planificação desportiva do alto rendimento.

Ao discurso da mudança, respondem sem acção.
Não foram precisos muitos dias para ver que quem se apresentou para mudar e trabalhar nada fez de concreto e visível. Não se cumprem prazos. Vejam as promessas das convocatórias. Tudo se faz em cima do joelho. Marcam-se visionamentos e estágios inoportunos.
No final exigem “mundos e fundos”.
Quem está na federação tem que agir de uma forma modelar e eficientemente. Não pode falhar, muito menos adiar. De cada vez que somos confrontados com um problema sério a tentação é fugir às responsabilidades ou apontar o dedo a outro.

Quem vai para a FPP cai sempre no mesmo erro. Não se preocupa por dar uma imagem de eficiência. Parece que tudo é feito casuisticamente. Às criticas iniciais, deveriam responder com um mínimo de eficácia. Tenho a certeza que logo calavam os incrédulos. No entanto, é o que se vê.
Parecem estar mais preocupados com a táctica e com o estilo autoritário do que com uma estratégia de evolução e desenvolvimento da modalidade.

É por isso que a patinagem artística em Portugal está cada vez mais prisioneira de conflitos particulares e de acções sem sentido. Já ninguém acredita. O descrédito é maior quando não existem projectos nem se mostra capacidade para nos fazer sonhar.
Por favor, façam-nos sonhar!

Obviamente que nem todos são iguais, há uns mais iguais do que outros...
Por seu lado, os técnicos que têm a probabilidade de ter atletas em provas internacionais devem esforçarem-se por não perder o rumo, mesmo que possam surgir alguns percalços por via federativa. É o risco de se viver nesta bagunça.

quarta-feira, julho 13, 2005

Tributo a todos os patinadores

Gratifica-me ver que ainda há pessoas boas. Presto aqui e agora o meu tributo a todos os atletas que honradamente treinam e lutam pela Patinagem Artística.

Precisamos cada vez mais da credibilização da patinagem artística portuguesa e o seu rosto são os seus agentes. Precisamos de quem defenda os patinadores e os seus técnicos.

Tenho escrito que sem a credibilização da Patinagem não é possível a evolução e a harmonia. Corremos o risco de um regresso a um certo barbarismo. Vamos acreditar em quem?

Sonata piano nº 14 (1801), de Beethoven

Da vida vimos e à vida vamos
por esta mágoa de morte em que nos lemos.
Irmos é esperarmos.
E vir por onde vimos esquecermos.

E em vindo ou indo, se nos iluminamos,
exalta a cruz os signos em que vemos
irmos ou virmos em ainda estarmos
sendo pensados nos hinos e em os lermos.

E quando em vir esquecia acende-se na frente
de irmos; e ir se apaga na esperança.
Mas não na cruz ardente
que designa os signos na mudança
de serem lidos no cume do repente
se a solidão o estuda e no vagar o alcança.

Fernando Echevarria

segunda-feira, julho 11, 2005

Made by Filipe- Figuras Obrigatórias (FO)

«Há um tema que achava muito interessante "discutir"...
Figuras Obrigatórias e a importância das mesmas para os atletas e para as selecções.
Há anos que se ouve falar no fim das figuras obrigatórias...e no entanto esse dia ainda não chegou e parece que tão cedo não chegará...
Não há dúvidas que as FO são importantes (para os mais cépticos justifica-se que é mais uma prova para os atletas e a única para os que não conseguem evoluir em livres...ou mesmo evoluindo ainda não conseguem chegar aos lugares cimeiros) e que contribuem para um melhor domínio dos patins e para uma melhor postura...blá blá blá...
Os nossos atletas (alguns deles por gosto, outros por obrigação dos treinadores) continuam a apostar nesta especialidade. Alguns deles inclusivé só fazem FO ou então apostam mais em FO.
Mas será mesmo importante? será que não se devia dedicar essas horas à patinagem livre?
Digo isto porquê?
Não me lembro salvo raras excepções que um atleta tenha ido a um europeu ou mundial (penso que nunca) devido às FO.
Com que direito temos nós de dizer a um atleta para não desistir de FO quando fica em 1 ou em 2 e não vai a lado nenhum, mesmo que seja muito bom nessa especialidade?
Afinal os que desistiram de as fazer (ou dedicaram muito menos tempo) para se dedicarem a livres conseguiram evoluir e atingiram o objectivo de uma competição internacional.
Como sei que as opiniões são muito contraditórias gostava que os muitos que visitam este blog dessem a sua opinião sobre este tema.
Os atletas que dedicam horas e horas a FO agradecem...
É bom não esquecer que quase todos os títulos que os atletas individuais nacionais conseguiram a nível europeu e mundial foi à custa de boas FO...
...
E cada vez mais as grandes potências da patinagem apostam em pelo menos 1 atleta especialista em FO para ganhar e depois para os outros serve de complemento para o combinado...
Ass.: Filipe »
O meu comentário:
Ora cá está mais um motivo para reflectirmos.
Concordo com o que Filipe escreveu. Infelizmente aqui as FO são esquecidas. Mas o maior esquecimento é ao nível estratégico da fpp. Já por várias vezes, em Itália, o quarto classificado em livres vai lá fora para obter o primeiro no combinado.
Tenho começado a verificar que isto não anda porque não existe qualquer interesse nisso.
Os maiores responsáveis?
É só Observar...

Camp. Juniores: O nacional de...

Neste post do Nacional de Juniores mais uma vez opto por dar voz aos leitores.

Por favor, comentem este nacional.

Não estive presente, por isso, gostava de ouvir os vossos comentários.
Já agora, peço aos que presenciaram o favor de atribuir um título a este campeonato (por exemplo nos juvenis escrevi:" o Nacional dos extremos" para me referir à diferença de nível dos atletas).
Muito obrigado. Um abraço amigo.

sexta-feira, julho 08, 2005

Made by Filipe- Solo Dance

Cá vai um outro comentário magnífico. Tiro o meu chapéu a este senhor:

«A APP fez bem quando permitiu que os atletas de dança participassem no distrital de solo dance.
Eu sou da opinião que deviam inclusivamente poder participar nos nacionais, embora compreenda a posição de quem nunca fez dança, daqueles que já deixaram de o fazer ou daqueles que nunca fizeram nada e que agora se dedicam à solo dance, já que é uma especialidade como as outras.
Acho que aumentava e muito a qualidade dos campeonatos e permitia mais uma prova a esses atletas. Uma ideia...fazerem duas provas, uma aberta a todos e outra nos moldes actuais.
Em relação à opinião do benefício ou não da realização dos diagramas individualmente e depois em par, deixo uma sugestão...ia dizer para observar um par durante um certo período de tempo e que fizessem solo dance e ver as diferenças mas isso já não é possível...então basta perguntar aos atletas de dança a sua opinião, se eles sentem que fazendo solo dance melhoram ou não tecnicamente. E mesmo ao nível da forma como estão dentro do ringue.
Mas basta saber um pouco de dança ou então ter treinado um pouco que seja pares dança ou ter visto alguns treinos de dança para saber que um par não treina sempre em conjunto e melhora imenso se tanto o rapaz como a rapariga treinarem, e muito, separadamente.
Nenhum par aprende as danças obrigatórias por exemplo logo em par. Há todo um trabalho antes. Tanto individualmente como a nível das posições e técnica base. É fundamental.

Mas como isso já faz parte do passado agora é olhar em frente...cada um na sua especialidade...e trabalhar para a frente...
»

Se me autorizares, meu amigo, apenas digo o seguinte:
Concordo contigo. Em absoluto. Permitia-me apenas acrescentar que a dança em Portugal evoluiu muito quando foi introduzido o solo dance. A partir daí as coisas foram diferentes. Para melhor. Pois, vieram os títulos. Falo, naturalmente, em termos pessoais.

Uma outra opinião da qual peço licença para discordar. Discordo em absoluto deste colega anónimo:
«Concordo que a solo dance seja importante para O atleta que faz par, mas se tivermos em conta que há factores importantes a serem treinados num par, encarando-o como um só elemento, tipo: posições, troca de posições, forças, eixos, etc...não podemos afirmar claramente que a solo dance é ESSENCIAL para o par.
pode-o ser para O atleta, mas não para o par.
Por isso é que existe solo dance a pares de dança.
esperemos é que a solo dance tenha a importância suficiente na CEPA e CIPA para que, quem neste momento em portugal tanto aposta na solo dance ( e há muita gente a apostar ), tenha um futuro melhor do que o que tem hoje.E parece-me que é uma realidade.e não preciso estar na fpp, cepa ou cipa para afirmar o que acabei de afirmar»

Razão da minha discordância:
Ponto número um: o solo dance é mais uma especialidade que abre oportunidades a quem gosta da patinagem. Quem realmente gosta de patinar pode ficar até aos 80 anos porque agora há várias vias. Esta (solo dance) é mais uma via, não um refugo. Como o são os quartetos, o show (small e large) e a precisão.
Ponto número dois: o solo dance é essencial para o par, entre outras coisas, permite alcançar o equilibrio dos dois em termos técnicos. Aliás, para mim, esses desiquilibrios eram uns dos aspectos que atrasavam, a dança em Portugal. Depois os outros aspectos (posições, troca de posições, forças, eixos, etc...) surgem com uma naturalidade impressionante.
Quem dá treino sabe disso e o Filipe dá treino e por isso tem essa sensibilidade (leiam atentamente as suas palavras: está tudo lá).
Se o Filipe tivesse ficado apenas como juiz, muito provavelmente o seu sentido da patinagem (dança, neste caso) não estava tão apurado como agora manifesta.
Ponto número três: a teoria é uma coisa diferente da prática.
Por isso é necessário dar voz aos atletas de dança e aos seus treinadores. Já tivemos pódios europeus e mundiais. Vamos aprender com quem tem o “know-how”. Os teóricos devem aprender com os práticos que também tiveram que teorizar para evoluir.
Ponto número quatro: o solo dance só será uma aposta certa se a qualidade da nossa gente aumentar. Só aumentará a qualidade se houver competição. Os patinadores de dança têm a vantagem de ter mais horas de treino, mas com o andamento e evolução desta especilidade (solo dance) vai-se notar cada vez menos. Os campeonatos de solo dance sem os atletas da dança ficam mais pobres e com uma qualidade menor. O Povo já diz:«A necessidade aguça o engenho». Os atletas que só fazem solo dance têm que trabalhar mais para chegar ao nível dos outros. Vamos fazer um esforço para nivelar por cima.

Já disse e repito: deve-se criar grupos autónomos de trabalho. O pessoal da dança, que vive e respira dança, deve trabalhar separado com dos que fazem livres e obrigatórias.Assim também os pares artisticos (se existisse em Portugal, sobre isto brevemente vou escrever um post)
Como em Itália.
Há vivências diferentes. Ritmos e objectivos diferentes. A especialização e o espírito de cada disciplina devem seguir caminhos diferentes. Vamos aprender com os melhores. Quem ganha é, seguramente, a patinagem portuguesa.
Sejamos humildes!

Made by Filipe- Programação

O nosso amigo Filipe tem deixado neste blogue alguns comentários excelentes. Os meus parabéns! Tenho lido coisas com imenso sentido. E qualidade.
Obrigado estimado amigo, sirvo-me deste meio para te convidar a escrever mais neste blogue. Continua. Tens via aberta, amigo. Quero também abrir as portas aos outros que escrevem sob anonimato. Tenho lido também algumas coisas interessantes.

Já agora, leiam este delicioso comentário do Filipe:
«Falava-se de programação...
Vou deixar aqui uns links para melhor apreciarem a preparação das selecções de hóquei em patins.
Penso que depois de observarem bem vão perceber as diferenças entre as duas modalidades que pertencem à mesma federação e a forma como as mesmas estão organizadas.
Esperámos todos (penso que posso falar por todos) que esta nova comissão técnica que tem agora a colaboração de um preparador físico que trabalhava com o hóquei possa na próxima época apresentar um plano de preparação para as selecções nacionais de acordo com o calendário desportivo.
Também podem consultar no site da federação a seguinte notícia:Selecção Nacional de Seniores Masculinos - Realiza-se de 6 a 13 de Agosto de 2005, em San José, EUA, o 37º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins de Seniores Masculinos.E observem os estágios finais...A Selecção irá iniciar os Estágios Finais de Preparação, de acordo com o seguinte calendário:
1º Estágio 11 a 15 de Julho Luso
2º Estágio 18 a 23 de Julho Luso
3º Estágio 26 a 30 de Julho Taipas
4º Estágio 2 a 5 de Agosto San Jose / EUA»

Parabéns Filipe!
Realmente a patinagem artistica mais se assemelha a uma filha bastarda...

quinta-feira, julho 07, 2005

O Visionamento inútil- a falta de motivação e de

Um leitor muito especial considera que o visionamento do passado dia 3 de Junho não teve qualquer utilidade.
Este nosso leitor é nada mais, nada menos do que Fernando Andrade.
Como todos sabem este treinador português é o que maior palmarés possui a nível nacional e o internacional.
Por isso a sua opinião é muito importante.
Escreveu o seguinte:
«Este visionamento foi útil em que aspecto?
os juvenis tinham sido vistos na semana anterior. Os séniores e juniores vão ter campeonato nestas duas próximas semanas, nem sequer é preciso entender muito de micro ...macro... e ciclos ... para entender ... que para ver os passos de ligação bastava o nacional. não é caro amigo? sabe quem eu sou ?
Fernando Andrade
»

O meu comentário:
Pois muito bem! Ora aqui está mais um aspecto que vem demonstrar a eventual falta de ideias estruturadas deste corpo de Técnicos. Talvez lhes falte algo de estruturante (um documento de acção, com objectivos, alvos, planos, fases, critérios de selecção e demais elementos). Se lhes falta ideias que usem este documento e ponham de acordo com a realidade da patinagem artística: http://fpp.pt/ficheiros/pdf/hoquei-patins/seleccoes/DocOrientador_SNJuvenis.pdf

Para além disso, parece estar a agir de uma forma pouco consensual com os demais técnicos.
Tenho, por diversas vezes, referido que existe a necessidade dos elementos do corpo de Técnicos da fpp coordenarem os seus trabalhos com todos os técnicos envolvidos. A responsabilidade de coordenação, motivação, participação e sucesso dos trabalhos é, seguramente, do corpo de técnicos.
Por isso, referi, a necessidade de se convocarem os técnicos e junto deles explicarem o que pretendiam. Nada mais básico e elementar!
Nada foi feito! Pura e simplemente ignoram os demais técnicos.
As coisas são tratadas de forma descoordenada e distante. Um exemplo: pedem as músicas e depois não as passam.
Voltando à relação do corpo com os outros técnicos, diria que: o bom senso logo mostra-nos que ninguém pode impor nada a ninguém. Sob pena das coisas não funcionarem. Já bastou o tempo da Fátima Batista. Quando ela foi para a federação pretendia impor tudo a todos, até as técnicas dela. Nada mais errado.
Agora este corpo parece que quer impor ciclos e esforços complementares que do ponto de vista da periodização de cada técnico e dos seus atletas lhes causa perturbações. Para mais quando, aos olhos de pessoas reputadas, são inúteis. Qualquer pessoa atenta e inteligente ouve o que os seus pares têm para dizer.
Dito de um outro modo, existe a necessidade de respeitarem o trabalho dos técnicos e dos seus atletas. As coisas assim não podem funcionar positivamente. Andamo-nos todos a cansar sem necessidade.

Porque é que em Portugal, pretende-se sempre impor. Pede-se diálogo e respeito. Por uma questão de bom senso e de bom gosto deve-se motivar.

Porque não se trabalha ouvindo quem diariamente trabalha com os atletas? DIÁLOGO.
Tendo como objectivo principal motivar todos os intervenientes? MOTIVAÇÃO.
Será que dessa forma se obtinha um desempenho positivo para a modalidade? PRODUTIVIDADE

terça-feira, julho 05, 2005

Taxas de sucesso nos visionamentos e nas provas

Um leitor escreveu isto:
«que eu saiba, os atletas eram visionados somente nas duas oportunidades que tinham para executar cada elemento, logo a taxa de sucesso será a partir daí.Como ainda não é possível haver repetição de provas nos nacionais as coisas são diferentes, a taxa de sucesso é contada a partir de uma só execução e outros factores são analisados.Logo não é tão linear assim visionamentos-campeonatos nacionais com taxas de sucesso iguais. »

Ora cá está um tema que merece reflexão de todos.
Comentário:
O sucesso e insucesso de um atleta de livres durante a realização de uma qualquer prova tem imensas variantes em jogo.

Podemos distinguir dentro das provas dois tipos de provas: curto e longo.
No curto não se pode cometer erros. A taxa de sucesso deve ser a maior possível. Aqui os erros pagam-se caro. Resumidamente podemos dizer que o curto é a subtrair.
No longo, o erro já tem um certa margem de tolerância. O atleta sempre pode repetir o exercício. Resumidamente podemos dizer que o longo é a somar.
Por isso, existem atletas com mais perfil para executar os curtos e outros para os longos. Diga-se que o número de atletas que gosta de trabalhar sem margem de erro é muito pequena. Só mesmos os que têm espírito de campeão é que aceitam os constantes desafios de não errar.

Relativamente a outras variantes, podemos destacar algumas: a componente física do atleta, resistência, a dificuldade e exigência dos exercícios executados no esquema, o ritmo dos movimentos imposto pela música, etc. .

Assim, sou da opinião de que um qualquer visionamento onde apenas releva duas tentativas de cada exercício do esquema é simplesmente redutor. Não é, nem pode ser, isoladamente, um elemento eficaz de apuramento das inúmeras capacidades que em competição estão em jogo e que devem ser analisadas e avaliadas.

Admito estar errado. Gostaria de ouvir outras opiniões.

Para todos reflectirmos...

segunda-feira, julho 04, 2005

Visionamentos ou Formação?

Em 3/07/2005, decorreu em Baguim o visionamento dos atletas do Porto.
Onde esteve a formação ou avaliação referida nos comunicados federativos?

Comentário de um dos nossos leitores:
«Para quem lá esteve assistou a grandes treinos tanto de manha como d tarde. Só para salientar: as infantis fizeram o permitido com altas taxas de sucesso quase 100% em todos os exercícios, duplo axel completo da Marta (muitos), triplo touloup e triplo salchow da Marta e da Diana quase completos, duplo axel e triplo touloup d Joel completos, duplo axel d Catarina Coelho completo, triplo flip triplo lutz e triplo ritberger d Bruno e d Manuel completos, triplo lutz ritb triplo ritberger do Manuel. E como temos falado tanto d piões assistiu-se a um show d piões com vários atletas a realizarem calcanhares ext frente e trás c mais d 7, 8 voltas chegando inclusivé o Manuel às 12 voltas. Portanto os próximos campeonatos prometem».

O meu Comentário:
Uma vez mais considero que o corpo técnico (ou seleccionadora? Ninguém assume qualquer paternidade é tudo junto- quem estará a usurpar funções de quem?) da fpp errou ao convocar os atletas de livres, para esta altura da época.

Como todos nós sabemos, há atletas que ainda não fizeram provas. Por isso, estão numa fase crescente para atingir o “pico de forma” na data do nacional. Outros há que já tiveram o seu nacional e que agora deveriam estar a recuperar da carga competitiva. No desporto de alto rendimento a recuperação é tão importante como a preparação para a competição.

Os mais entendidos nestas coisas sabem que uma boa periodização do esforço pode prevenir muitas mazelas.

Infelizmente parece que este aspecto não é do conhecimento deles. O que se lamenta.
Mas se se partir do princípio que sabem, então ainda é mais grave porque conscientemente podem estar a causar danos aos atletas .

Qual a razão destes visionamentos? Estas acções provavelmente poderão pretender justificar o que daqui a um tempo não se irá conseguir justificar?
A ver vamos...
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